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sábado, 22 de abril de 2017

Força-tarefa: staff do Botafogo intensifica recuperação dos jogadores para semifinal


Contra o tempo, preparador físico, fisioterapeuta, fisiologista e nutricionista tentam minimizar efeitos da desgastante maratona de jogos e viagens para deixar atletas aptos em 48h




Saem os jogadores, entra o staff do Botafogo. A delegação alvinegra que desembarcou no início da manhã deste sábado no Rio de Janeiro segue a sua maratona e, às 16h (de Brasília) deste domingo, já tem pela frente o Flamengo na semifinal do Campeonato Carioca. Nos últimos 30 dias, foram oito jogos e trajetos desgastantes pela Libertadores – só para voltar do Equador a viagem teve mais de 10 horas. Nos dois dias entre o empate por 1 a 1 com o Barcelona de Guayaquil e o clássico, entram em cena preparadores físicicos, fisiologistas, fisioterapeutas e nutricionistas para otimizar o tempo e deixar todo mundo à disposição de Jair Ventura.


Logo depois de um jogo, esses profissionais se reúnem com os médicos e comissão técnica para decidir a ordem das tarefas dos jogadores. Sem tempo a perder, o trabalho é praticamente integral até mesmo em hoteis e aeroportos. Após o desembarque pela manhã, os atletas foram orientados a dormir e se reapresentarem à tarde para um treino fechado no Nilton Santos, onde inclusive os titulares são esperados em campo.



Confira como é feita a recuperação:


– Exame CK: calcula os níveis sanguíneos de creatina quinase (CK), que dão um panorama do desgaste e é um indicador de dano muscular;



Pimpão registrou seu exame CK ainda em Guayaquil (Foto: Reprodução)


– Banheira de gelo: crioimersão que ajuda na drenagem metabólica, aplicada após os jogos e ao longo da semana;



Camilo na banheira de gelo após o jogo com o Barcelona de Guayaquil (Foto: Reprodução)



– Academia: trabalho de reforço da musculatura;



Dudu Cearense na academia do hotel do Botafogo em Guayaquil (Foto: Reprodução)


– Banheira de hidromassagem: possibilita a vasodilatação e o relaxamento muscular, além de acelerar metabolismo e gerar a queima de calorias;



Gatito Fernández durante atividade na banheira de hidromassagem do hotel (Foto: Reprodução)


– Botas de compressão: câmara de ar que faz uma compressão e ajuda a drenar o "lixo metabólico" gerado no esforço do jogo;



Camilo também postou seu tratamento com as botas de compressão (Foto: Reprodução)


– Calça de compressão: espécie de meia muito usada durante viagens de avião capaz de minimizar o efeito da perna flexionada, que prejudica a circulação do sangue.



Calça de compressão são muito utilizadas durante longas viagens (Foto: Divulgação)


– Suplementação: ingestão de complexos vitamínicos, Vitamina C e Ômega 3;


Palavra dos especialistas:

– Ednilson Sena (preparador físico): "Fizemos trabalho na academia, de CK, fortalecimento muscular, corrida contínua de 15 minutos, crio e termoterapia... Começamos a suplementar os atletas para acelerar a recuperação. Amanhã (sábado) será feito um trabalho funcional, mais moderado, sem nenhum tipo de carga. Vamos ver os que têm condições de fazer trabalho com bola no campo. Consequentemente todos terão, eles estão aptos, sem nenhuma queixa de dor".


– Manuel Coutinho (fisiologista): "É uma logística complicada, mas não há como não levar nossos equipamentos de controle. São os instrumentos que temos para minimizar o impacto das viagens e quantidade de jogos nesses espaço curto de tempo. A primeira coisa é o sono, que desregula um pouco e é o principal fator na recuperação. Temos o cuidado na programação para que o atleta possa ter um turno vazio para poder dormir, recuperar e chegar o mais descansado possível".



Fisioterapeuta Guilherme Bianchi e nutricionista Rodrigo Vilhena em Guayaquil (Foto: Felippe Costa)


– Guilherme Bianchi (fisioterapeuta): "A recuperação pós-jogo começa no hotel com banheiras e os aparelhos que a gente dispõe. Monta uma estrutura no quarto, como se fosse um departamento médico, e já começa a recuperar os atletas tanto de desgaste do jogo quanto de eventuais dores musculares. Tivemos ainda um fator incomum: ficou um grupo, outro teve que voltar ao Rio, então montamos uma logística para receber os atletas que vieram e continuar tratando os outros".


– Rodrigo Vilhena (nutricionista): "Os cardápios são elaborados com 20 dias de antecedência e são enviados ao hotel para que eles possam se programar. Sempre acompanho a delegação, mas em viagens chego um dia antes para os ajustes finais. E fora do hotel a gente procura sempre ter um local adequado para refeições nos aeroportos e suplementação, que é individualizada para cada atleta, treino, jogo ou viagem".



Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima, Guayaquil, Equador, e Rio de Janeiro

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