O sonho dos alvinegros por Maicon parece ter chegado ao fim. Depois de 23 dias, o lateral-direito não apareceu para treinar neste final de semana e não deve mais voltar ao Botafogo. A pedido de Jair Ventura, o clube abriu as portas para o ex-jogador da Seleção recuperar a forma física, mas a diretoria nunca manifestou intenção de contratá-lo. Por outro lado, o técnico e alguns dirigentes eram favoráveis à ideia, mas não conseguiram convencer o presidente Carlos Eduardo Pereira, que recebia muitos pedidos de torcedores pela internet para assinar com o experiente ala, de 35 anos.
Maicon treinou alguns dias no Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Justamente a idade avançada e o período de inatividade – o lateral está há um ano sem jogar, desde que acabou seu contrato com o Roma, da Itália – foram os fatores de maior peso na decisão da diretoria, que garante nunca ter falado em valores. Na última sexta-feira, Maicon foi visto na sala do gerente de futebol alvinegro, Antônio Lopes. O teor da conversa não foi revelado, mas havia uma preocupação interna no clube com a repercussão que o caso estava ganhando.
A carência na posição de lateral-direito no elenco – Jonas e Marcinho operaram os joelhos e só voltam em 2018, e Luis Ricardo ainda está na transição após a cirurgia no tornozelo – fez a pressão da torcida aumentar. Com Maicon precisando de clube, e o Alvinegro – que já tinha tentado contratá-lo no ano passado –, necessitando de um ala, parecia que o útil iria se unir ao agradável para os dois lados. Mas ficou só na impressão.
Maicon chegou até a participar de um coletivo com os reservas do Botafogo na última quinta-feira. Ainda demonstrou falta de ritmo, mas estimava-se que com mais um mês estaria pronto para jogar. O GloboEsporte.com entrou em contato com Seu Manoel, pai de Maicon, mas ele se mostrou surpreso e disse não saber se o filho ainda continuará treinando no Botafogo. Já Erla Sisenando, irmã e empresária do lateral, não respondeu aos contatos da reportagem.
Desde que Maicon apareceu de surpresa no clube, no dia 6 de abril, esperava-se que aconteceria o mesmo que aconteceu com Daniel Carvalho. Em 2015, o veterano meia pediu para treinar no clube e acabou contratado pouco depois. Porém, o lateral-direito virou mais um Tartá, ex-atacante do Fluminense que também teve as portas abertas para trabalhos físicos em 2016, mas ficou por aproximadamente só uma semana no Alvinegro.
Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima, Rio de Janeiro
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