Punido com três partidas em julgamento no TJD-RJ, volante alega que par de cartões vermelhos foram fatalidade e avisa: "Jogador violento tenho certeza que não sou"
Julgado e punido na última quarta-feira, no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), com três jogos após bolada no árbitro na final da Taça Rio, Bruno Silva aceitou a suspensão que só irá cumprir no Campeonato Carioca de 2018. Sob risco de pegar um gancho de 180 dias, considerou justa a punição. Revelou até um "puxão de orelha" do técnico Jair Ventura após acumular também outra expulsão na Copa do Brasil. Mas avisou: não se considera um jogador violento e tampouco vai mudar seu estilo de jogo.
– Conversou comigo, puxou a orelha também. Mas jogar Libertadores é isso, o juiz deixa o jogo correr, aí vai no campeonato estadual e qualquer esbarrão é falta. Não vou mudar minha forma de jogar. Serei o mesmo Bruno até agora. Essas duas expulsões foram uma fatalidade, não vou colocar coisas na cabeça. Jogador violento tenho certeza que não sou. A gente fica chateado, não quero ser expulso. Tenho 70 jogos aqui e duas ou três expulsões. Todo mundo corre esse risco. Vou me cuidar para tomar menos cartões, mas minha forma de jogo vai ser a mesma – disse.
Bruno Silva tem três expulsões ao todo em 69 jogos com a camisa do Botafogo, sendo uma no ano passado. O jogador também lidera o ranking de amarelos no elenco na temporada, com seis cartões, mas atribui muita culpa aos critérios dos árbitros no estadual. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o volante falou ainda sobre a derrota para o Barcelona de Guayaquil, do Equador, na terça, quando viu da arquibancada, e a expectativa para a estreia no Campeonato Brasileiro.
Confira outros trechos da coletiva:
BRASILEIRO DE 2016 PARA 2017
Mais preparado. Ano passado foi bom para a gente aprender, cometemos muitos erros no começo. Serviu de lição. Mantivemos uma base, por isso resultados vieram esse ano. Ficou muito do time do ano passado. Encontramos uma forma de jogar, que até hoje está. Foi importante ter sofrido no começo. Esperamos começar já sabendo o que não errar.
JAIR VENTURA
Cara que merece o que está acontecendo com ele. Trabalhador, aceita conversar, escuta opinião do jogador, dá liberdade para a gente conversar. Coloca da melhor forma para a equipe se sair bem. Vai alçar voos mais altos ainda"
JULGAMENTO
Falei lá, não tive a intenção. Achei que foi uma pena justa, apesar de não ter intenção, corri o risco, fiquei ciente disso. Ontem resolveu. Agora é esquecer, colocar a cabeça no lugar e focar na Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil.
SEMANA LIVRE
É importante, tem tempo para o Jair consertar os erros. Muito concentrado estressa o jogador. Ainda mais eu, que concentro com o Sassá, bom ter uma folguinha dele também (risos). Mas é importante para melhorar, veio no tempo certo"
DERROTA TERÇA
Acho que pelo jogo que no Equador, não que a gente entrou pensando que ia ser fácil, mas que ia ter uma certa facilidade. Mas sabíamos que eles tinham um contra-ataque forte, lá sofremos também. E jogando em casa, com a torcida apoiando, tem que ir para cima, a gente ia procurar a vitória e naturalmente ia correr riscos. Foi um resultado atípico. Nossa equipe não fez uma grande partida, perdeu, mas dá para recuperar. Só depende da gente, não tem nada de preocupante. vamos esquecer e pensar agora na estreia do Brasileiro. Depois, voltamos a pensar na Libertadores.
GRÊMIO NA ESTREIA
Estávamos conversando sobre isso, estreamos já contra o Grêmio, equipe com quem a gente fechou ano passado. Fiz o gol da vitória, que garantiu o Botafogo na Libertadores. São boas as lembranças. Espero que domingo possa estar em campo ajudando a equipe. Quem sabe volte a fazer mais um gol.
Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro
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