Técnico admite cansaço e pouco tempo para trabalhar, mas diz que Botafogo está colhendo frutos do bom desempenho. Treinador projeta primeira duelo com Luxemburgo
Jair Ventura em coletiva após o treino desta terça-feira, no Estádio Nilton Santos (Foto: Twitter oficial do Botafogo)
Está difícil arrumar tempo até para respirar. Exagero à parte, o dia a dia do Botafogo, envolvendo em três competições, está corrido. Na quinta passada, por exemplo, o time jogou na Argentina, pela Libertadores. Três dias depois, o adversário foi o Bahia, no Rio de Janeiro, pelo Brasilierão. Nesta terça, o Alvinegro embarca para Recife, onde enfrenta o Sport pela Copa do Brasil. A equipe joga por um empate para avançar às quartas de final. Haja fôlego! Motivo para choramingar? Não para Jair Ventura.
- Muita correria. Mas que bom. Trabalhamos para isso. Para disputar o máximo de competições possíveis. Vemos times eliminados que sentem falta. Mas falta tempo para trabalhar. Temos às vezes cinco minutos para fazer ajustes. Mas é bom. O Botafogo está em três competições difíceis. Mas vamos buscar nossa classificação lá. O Sport é um time muito forte, muito rápido, mas vamos fazer o nosso melhor – disse o treinador, minutos antes de embarcar no ônibus rumo ao aeroporto do Rio de Janeiro.
No Recife, Jair Ventura vai enfrentar pela primeira vez Vanderlei Luxemburgo. Um duelo de gerações. O novo treinador do Sport é 27 anos mais velho. Antes do encontro, Jair prega respeito.
- Ainda não sei se ele vai fazer o jogo, mas só a presença dele já é uma situação diferente. Vai ser difícil enfrentar ele agora e vai ser difícil daqui a um ano. É sempre difícil enfrentar o Vanderlei.
Sobre a escalação, Jair avisou que terá força máxima, mas não descartou poupar um ou outro jogador por desgaste. A escalação? O treinador manteve o suspenso, como de costume.
- Não vou falar o time para vocês (risos).
Outros trechos da entrevista
Vai poupar?
- Trabalho muito com a fisiologia, estudamos os atletas, os indicadores. Às vezes acusam alguma coisa, a gente tem que preservar o atleta. Mas fora isso vamos com a força máxima. Não tem como poupar jogador nas oitavas de final. Jogo muito importante.
Gatito
- Titular absoluto não é não. Como vou falar isso. Não existe titular absoluto no Botafogo. O Gatito está lutando pelo espaço dele. Fez grandes defesas, teve atuações importantes e é importante no elenco, assim como o Saulo, o Helton... Titulares absolutos no Botafogo só o presidente e a torcida.
Mudança no comando do Sport
- Sou sempre contra a mudança de treinador porque o treinador precisa de tempo para trabalhar. Mas ao mesmo tempo, quando tem essa troca, quem não está tendo oportunidade ganha mais motivação.
Igor Rabello
- Foi importante essa saída. Ele saiu para o Náutico, e ganhamos um atleta. Vivenciou outro ambiente e jogou, o que é o principal. Voltou mais maduro, mais confiante. Ele está brigando pela titularidade com os demais. Temos Marcelo, Carli, Emerson. Estamos bem servidos nessa posição.
Volta à Ilha
- Depende do fator torcida. Se for meio a meio, não. Mas com 10%, muda um pouco. Mas o clássico é sempre bom jogar. Viemos de duas vitorias em casa. Mesmo como Flamengo como mandante, temos que encarar como um jogo em casa. Na Ilha ou em Volta Redonda. Vamos esperar.
Volta de Montillo
- Não trabalhamos com o prazo. Depende do atleta. Cada um tem seu prazo. Não é uma ciência exata até para não gerar expectativa.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar, GloboEsporte.com, Rio de Janeiro
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