Ainda enforcado por dívidas, Alvinegro respira com R$ 3,7 milhões do Olympique e, como formador, cobra R$ 500 mil da negociação entre São Paulo e Torino. Mas terá que dar R$ 200 mil ao Palmeiras
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Venda de Dória ao Olympique de Marseille levou quatro anos para ser paga (Foto: AFP)
Classificado para a semifinal da Copa do Brasil, perto de uma vaga nas quartas de final da Libertadores e disputando posição no G-6 do Campeonato Brasileiro, o Botafogo vai se reestruturando não só dentro, mas também fora de campo. Desde o ano passado, o clube equacionou suas dívidas, obteve novos patrocinadores, extinguiu os salários atrasados e passou até a pagar premiações ao elenco por metas, o tradicional bicho.
A corda afrouxou, só que ainda está no pescoço. Internamente em General Severiano, dirigentes reconhecem que o futuro segue preocupante, principalmente pelo fato de os valores das parcelas equacionadas aumentarem ano a ano. Por isso, fontes extras de receita ganham maior importância, seja com premiações em torneios ou negociações de jogadores. Sem vender ninguém na janela internacional, o clube mesmo assim lucrou.
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Hoje no Torino, Lyanco rescindiu com o Botafogo por atraso de salários na base (Foto: Divulgação / Torino FC)
No mês passado, a diretoria recebeu a última parcela da venda de Dória ao Olympique de Marseille, da França, no valor de € 1 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões). O zagueiro foi negociado em 2014 por € 6 milhões divididos em quatro pagamentos por três anos: € 1 milhão em julho de 2015; € 2 milhões em julho de 2016; € 2 milhões em dezembro de 2016 e € 1 milhão em julho de 2017. Alguns pagamentos atrasaram, e o Glorioso chegou ameaçar ir à Fifa no ano passado.
Em outra frente, o clube busca receber cerca de R$ 500 mil como clube formador de Lyanco, vendido em março pelo São Paulo ao Torino, da Itália, por € 6 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões). O Botafogo, que tem direito a 2,5% pelo tempo que o jovem passou em suas categorias de base, aguardou para que lhe fosse repassada a quantia. Como não recebeu, entrou com uma representação na Fifa através do advogado Eduardo Carlezo.
Botafogo precisará pagar R$ 200 mil ao Palmeiras
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Escalação de Victor Luis contra o Palmeiras deu dor de cabeça no Bota (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Em contrapartida, uma outra dívida já foi adquirida por uma falha de planejamento. A escalação de Victor Luis, emprestado pelo Palmeiras, contra o time detentor de seus direitos econômicos na última quarta-feira rendeu ao clube uma multa de R$ 200 mil e causou um certo desconforto internamente devido a difícil situação financeira do clube. A informação foi divulgada pelo "UOL" na quinta-feira e foi confirmada pelo GloboEsporte.com.
A permissão deste tipo de cláusula em contrato de empréstimo de jogadores chegou a ser proibida pela CBF nos últimos anos, só que a entidade voltou a incluí-la em seu regulamento de registro e transferências de atletas de 2017. Internamente, o Botafogo alega que o vínculo com Victor foi feito anteriormente à liberação da CBF, mas reconhece o erro e aguarda um contato do Palmeiras para tentar negociar. Em São Paulo, dirigentes alviverdes admitem que farão a cobrança em breve.
Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro*Colaborou: Felipe Zito
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