Atacante do Botafogo revela ameaças de torcedores por telefone, mas perdoa o que classificou como "momento de fúria": "Fazer com que essas pessoas que estavam criticando venham a me aplaudir"
A queda de rendimento do Botafogo no segundo semestre de 2017 coincide com a de Rodrigo Pimpão. De líder em assistências no ano e maior artilheiro do clube em Libertadores, empatado com Jairzinho e Dirceu com cinco gols, às vaias ao final da temporada. O atacante viu a lua de mel criada com a torcida se transformar em perseguição fora de campo. O que ainda o incomoda.
Convidado para um futebol beneficente neste sábado, organizado por Camilo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Pimpão voltou a jogar ao lado do ex-companheiro e a dar entrevista para a imprensa. Ele voltou a demonstrar incômodo com as críticas e revelou ter recebido ameaças após seu número de telefone vazar em grupos de "WhatsApp".
– Muita crítica, meu telefone vazou nas redes sociais e recebi milhões de mensagens, de ligações. Tive que trocar de número. Às vezes tem elogios, mas te xingarem, ameaçar tua familia... Isso já passou, não existe mais. Futebol a gente joga, se dedica ao máximo dentro de campo, todo dia a gente está lá trabalhando. Tem dia que as coisas não acontecem, que a bola não entra, a vitória não vem, e na raiva alguns torcedores acabaram me ameaçando – contou, mas sem guardar mágoa:
Pimpão se emociona após gol da vitória sobre Atlético Nacional (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo)
– São coisas que não quero falar porque a torcida do Botafogo já me deu muitas alegrias. Saí de campo uma vez emocionado após a vitória sobre o Atlético Nacional (da Colômbia, quando o Botafogo se classificou para as oitavas de final da Libertadores), eles gritando meu nome. Então não critico esse momento de fúria, mas é assim. Agora temos que apagar esse final e começar o ano da mesmo forma, mas finalizar ele bem. Vamos pensar degrau por degrau.
Aos 30 anos e com mais dois de contrato com o Botafogo, Pimpão se vê experiente para lidar com esse tipo de situação. Mas admite que se fosse mais jovem pediria para deixar o clube. O atacante, que tem 109 jogos, 21 gols e 19 assistências, chegou a receber sondagens após o Campeonato Brasileiro, mas descarta sair e quer voltar a ser reconhecido pelos alvinegros.
– Já passei por muitas situações, são 10 anos de profissional e a gente aprende muita coisa. Acho que se eu fosse mais jovem pediria para sair do Botafogo. Mas com a experiência que tenho, pelos clubes que já passei, situações, vou tentar reverter essa imagem que alguns torcedores criaram minha. Essa é a melhor resposta, dentro de campo. Fazer com que essas pessoas que estavam me criticando no final da temporada venham a me aplaudir pelo meu trabalho, minha dedicação. Então é sempre fazer o melhor para que essa crítica acabe e venham os elogios.
Fonte: GE/Por Felippe Costa, Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!