Precisando vencer o rival por dois gols de diferença para ser campeão carioca, Alvinegro estuda jogo do Cruz-Maltino pela Libertadores e tem lições a serem tiradas para a final de domingo no Maracanã
Após começar a semana lavando roupa suja, o Botafogo agora estuda a melhor estratégia para buscar o título do Campeonato Carioca – após perder o jogo de ida por 3 a 2, o Alvinegro precisa ganhar do Vasco por dois gols de diferença para ser campeão direto; vitória por vantagem mínima levará a decisão para os pênaltis. E a noite da última quarta-feira foi de "dever de casa".
Melhores momentos de Cruzeiro 0 x 0 Vasco pela Libertadores 2018
Com o rival em campo pela Libertadores, jogadores e comissão técnica pararam para assistir pela televisão ao empate por 0 a 0 do Vasco com o Cruzeiro no Mineirão (veja os lances no vídeo acima). E foi possível fazer observações em cima do time de Zé Ricardo que podem virar lições para a decisão deste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. O GloboEsporte.com aponta o que mais chamou a atenção:
TIRAR FOCO DA BOLA AÉREA
Embora o jogo aéreo seja a grande deficiência do Vasco na temporada, os dois últimos jogos do Cruz-Maltino mostram que o adversário se limitar a alçar bolas na área não é garantia de gols. O Botafogo insistiu nos cruzamentos no domingo passado durante o segundo tempo e não obteve sucesso – é verdade que Brenner fez um, mas é pouco diante da quantidade de levantamentos. Nesta quarta, o Cruzeiro cruzou 25 bolas na área, só conseguiu três cabeçadas e não levou perigo nesse tipo de jogada. Paulão, Erazo e Martín Silva, com saídas arrojadas, foram bem.
MAIS ESPAÇO PELA DIREITA
Rafinha recebe livre em um dos buracos pelo lado direito da defesa vascaína (Foto: Reprodução)
A tendência é que o Botafogo encontre um Vasco com uma postura semelhante à do Mineirão, com menos posse de bola e mais marcação, uma vez que o rival joga pelo empate. Porém, mesmo recuada, a defesa cruz-maltina comete falhas e proporciona buracos, principalmente pelo lado direito. Foi nas costas de Rafael Galhardo que o Cruzeiro encontrou mais espaços para atacar, explorando as velocidades de ora Rafinha, ora Arrascaeta. Um dos destaques do Alvinegro, o lateral-esquerdo Moisés pode inverter com o ofensivo Marcinho e atacar mais pelo seu setor.
BLITZ NOS PRIMEIROS MINUTOS
No primeiro jogo da final, Renatinho abriu o placar para o Botafogo com três minutos de jogo, aproveitando falha de Paulão. E o Cruzeiro por pouco não repetiu o roteiro quarta-feira, com Thiago Neves tirando tinta do travessão. A Raposa viveu seu melhor momento na partida logo no início, fazendo uma marcação sobre pressão e forçando o erro adversário. Domingo, o Vasco não terá o volante Wellington, suspenso, e deve precisar mudar o esquema tático. O que pode favorecer outra blitz inicial. Mas o Alvinegro precisará ficar muito mais atento a contra-ataques.
DUPLA A SER MARCADA
Paulinho luxou o cotovelo esquerdo e pode ficar fora da final do Carioca (Foto: Felipe Schmidt)
O melhor do Vasco contra o Cruzeiro foi Paulinho. O rápido atacante era quem puxava os contra-ataques e foi quem mais finalizou do time, com três arremates e um "quase gol". Mas o jovem caiu de mau jeito em uma disputa no segundo tempo, luxou o cotovelo e corre risco de ser desfalque na final. Se jogar, é o cara a ser marcado. Mas Carli, Rabello e Cia. precisarão ter atenção redobrada a Pikachu. Autor de dois gols no primeiro jogo da final, o baixinho esteve discreto no Mineirão, mas vive grande fase e vira e mexe aparece como elemento surpresa na área.
Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima, Rio de Janeiro
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