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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Marcação no campo rival e muita criação: por que o Bota venceu com autoridade



Com a torcida empolgada e apoiando, comandados de Alberto Valentim imprensam Atlético-PR no campo de defesa e vencem sem sustos







Melhores momentos: Botafogo 2 x 0 Atlético-PR pela 12ª rodada do Brasileirão


Em seus últimos cinco jogos, o Botafogo só não atuou bem no empate contra o Ceará, no último dia 6. Nesta quarta, no Nilton Santos, os comandados de Alberto Valentim jogaram como time grande, mostraram quem manda em seu campo e imprensaram o Atlético-PR na vitória por 2 a 0.


Não foram cirúrgicos, algo que Alberto tem pedido ao time. Se fossem, sairiam com uma goleada, como o próprio disse em entrevista coletiva. Mas tiveram atuação que deixou os mais de 10 mil alvinegros presentes ao Niltão elétricos durante a maior parte do duelo.


Atlético encurralado
O Botafogo desde o início resolveu marcar no campo do adversário. No segundo tempo, Valentim, admitiu que em alguns momentos baixou a linha, porém não escondeu o desejo de seguir combatendo na frente.


Botafogo procurou ficar a maior parte do tempo no campo do adversário (Foto: Footstats)

Os três atacantes que iniciaram a partida, por exemplo, conseguiram roubadas de bola. Duas para Pimpão, mesmo número para Luiz Fernando e uma para Kieza.

Kieza, aliás, novamente foi muito combativo, mas pecou ao não aproveitar nenhuma de suas seis finalizações.

Foram 21 finalizações e 11 chances reais de gol. O Furacão só teve três oportunidades claras.

Meio-campo com passe calibrado
Embora tenha terminado com menos posse (41%), o Botafogo teve paciência com a bola nos pés. Atletas que mais tocaram na bola dentre os alvinegros, Matheus Fernandes (31), Lindoso (30) e Valencia (26) quase não erraram passes. Matheus uma vez, e os outros duas vezes cada.



Lindoso bate bem o pênalti e abre o placar no Niltão (Foto: Luciano Belford/SSPress/Botafogo)

Renatinho, que entrou no segundo tempo, descolou passes decisivos para Kieza e Ezequiel. Melhorou bastante a produção alvinegra e não errou nenhum de seus oito passes.

Luiz Ricardo e Pimpão em alta
Jogadores que já sofreram muita rejeição no Botafogo, Luiz Ricardo e Pimpão foram celebrados pela torcida.

O primeiro, apesar dos cinco erros de passe, apresentou-se o tempo inteiro na frente e teve atuação defensiva segura.

No lance que resultou no pênalti cobrado com perfeição por Rodrigo Lindoso, ele cruzou bola na medida para Kieza, que desperdiçou debaixo da trave. No rebote, K9 rolou para Lindoso chutar em cima do braço de José Ivaldo.



Luís Ricardo teve boa atuação contra o Furacão (Foto: Luciano Belford/SSPress/Botafogo)


Pimpão, além de levar pânico ao lado direito da defesa atleticana com arrancadas, mais uma vez chamou atenção pela disposição na recomposição.

Gol estranho em jogada eficaz
A bola parada de Valencia virou arma alvinegra. Banalizada no início da temporada, época em que o time abusava do chuveirinho, ela segue aparecendo, mas os resultados têm sido mais concretos.

Nesta quarta-feira, apesar do gol esquisito, que acabou anotado na súmula como contra de Renan Lodi, a jogada foi muito bem construída. O chileno levantou, Yago desviou e Igor apareceu para tentar colocar na rede. Doze minutos depois, mais uma cobrança, Igor raspou, e Lindoso quase anotou o terceiro.


Números do jogo
Botafogo 2x0 Atlético-PR



Posse de bola: 41%x59%
Finalizações: 21x20
Chances reais: 11x3
Cabeçadas: 3x1
Bolas levantadas: 17x20
Escanteios: 8x9
Faltas: 11x9
Passes errados: 19x26
Desarmes: 23x22
Roubas de bola: 18x10
Contra-ataque: 3x1


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro

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