Técnico afirma que a parte defensiva só deu certo ao longo da partida, mas até lá já estava 2 a 0 para o Flamengo; para ele, seus comandados estavam melhor no segundo tempo
Melhores momentos de Flamengo 2 x 0 Botafogo pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Dois gols logo aos seis minutos do primeiro tempo modificam qualquer estratégia. A derrota para o Flamengo por 2 a 0 na noite deste sábado foi exatamente assim. No segundo jogo no comando do Botafogo, Marcos Paquetá não conseguiu fazer com que a marcação encaixasse logo de início, o que atrapalhou todo o planejamento da partida. A constatação do técnico é que essa harmonia só foi alcançada no decorrer do jogo.
- Sempre difícil sair atrás muito cedo, isso realmente te faz sair para o jogo e buscar o resultado. Se abre e dá os espaços. Tentamos fazer uma marcação, e ela não encaixou. Foi encaixando durante o jogo, mas você fica exposto. Tínhamos que correr riscos. No segundo tempo, acho que o time se portou melhor. É um desgaste muito grande. O outro jogo também foi dessa maneira. Intervalo muito curto de recuperação, tem muita coisa para consertar e evoluir.
Marcos Paquetá enxergou deficiência na defesa no início do jogo (Foto: Alexandre Durão)
A falta desse encaixe no início do jogo deixou Marcos Paquetá pensativo. Segundo ele, faltou uma marcação mais forte no momento em que o Botafogo estava sem a bola e que isso deixou que o Flamengo jogasse com mais liberdade.
- Temos que pensar bem. A pressão, a dobra na marcação. Isso faltou hoje. Não houve pressão na bola, e isso facilitou para jogar. No segundo gol, não houve o rebote. E o Flamengo tem uma boa qualidade de jogadores.
Outros tópicos da coletiva de Paquetá
Gols rápidos
Foram dois gols em dois minutos. A diferença é brutal. Até o emocional do jogador fica abalado. Corrigimos no intervalo, acho que jogadores foram briosos. Se entregaram no final. O ponto importante foi a luta
Expulsão de Aguirre
Costumo não falar sobre arbitragem porque não tem razão de falar. O árbitro está ali e tem que julgar. Talvez pelo histórico, a arbitragem traga a informação. É um jogador agressivo... Nós estudamos os árbitros, e eles também estudam. Árbitro sabe a característica de cada jogador. Tem jogador que reclama, tem jogador que chega mais duro. Talvez ele pesou nisso.
Entrada de Saulo
Saulo entrou num jogo difícil. Sabíamos que sofreríamos muitos contra-ataques com qualidade, mas ele se portou bem. É um menino muito promissor.
Situação de Gatito
Gatito está se recuperando bem. Esperamos que mais ou menos em duas semanas esteja apto para voltar a treinar com bola e com a mão. E voltar aos jogos.
Objetivo de ir para a Libertadores
Tratamos o campeonato jogo a jogo. Nossa meta é ficar na faixa da Libertadores. Sabíamos que tínhamos dois jogos difíceis e fora de casa. Foram tratados com muita atenção e carinho. Foram difíceis.
Derrotas que trazem maturidade
Isso amadurece também, a equipe amadureceu, e eu também, em relação aos jogadores. A gente pôde rodar alguns jogadores. Tenho que buscar o resultado.
Botafogo passivo na marcação de meio-campo?
Fiz uma decisão no sentido de bloquear no meio, mas o posicionamento custou a encaixar a marcação no início. Eles fizeram duas trocas, vieram diferentes, e isso custou a encaixar a marcação.
Acerto durante atendimento a Jefferson
Ali para falar na beira do campo com o estádio do jeito que estava é difícil. Com a parada do Jefferson, conseguimos ajustar. No segundo tempo, conseguimos melhorar ainda, era normal o Flamengo se retrair e buscar o contra-ataque. (...) Deu para dar uma ajeitada, mas a ruim é que o Jefferson saiu, então você perde uma substituição
Comportamento do time
O mental dos jogadores foi muito bom nesses dois primeiros jogos, com exceção nos 20 primeiros minutos dos jogos. Estamos muito chateados, mas podem ficar tranquilos que vamos corrigir.
Botafogo cruzando muito
Temos que melhorar na saída de contra-ataque. Percebi quando cheguei, temos que melhorar a transição. Tenho uma visão diferente. Temos que ser mais verticais, e é isso que estamos tentando fazer para dar um salto maior.
Aguirre
Aguirre é agressivo por natureza. Joga um futebol de força, de trombada e luta. Talvez aqui não estejamos acostumados com isso. Campeonato na Itália é pesado. Esse tipo de falta não é nem para falta ou para amarelo lá e aqui foi vermelho. Ele tem que ter um controle emocional maior, até porque há uma cobrança muito grande com fair play em relação ao respeito dos atletas uns com os outros e nas entradas. Temos que controlar essa ansiedade. É mais para cima do que para baixo. Ele tem que estar mais para o meio para terminar o jogo bem.
Reforços
Não é novidade para ninguém das dificuldades do clube, mas não adianta trazer só mais um jogador. Tem que ser um jogador para resolver as necessidades que temos. Tenho certeza que a diretoria busca soluções financeiras para essa questão. Estamos correndo atrás. Pessoal da nossa análise de desempenho está observando, mas tudo é muito difícil. Você contratar um jogador hoje não é simples. Vamos ver se encontramos um jogador que possa nos atender.
Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro
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