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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Análise Itaú BBA: relatório mostra "gestão pés no chão" no Botafogo, mas cobra ainda mais austeridade


Estudo sobre finanças do futebol brasileiro mostra dificuldade do clube para fechar as contas




O Botafogo está em situação financeira bastante delicada, segundo mostra a análise anual do Itaú BBA sobre as contas dos clubes brasileiros. Por mais que em 2017 o clube tenha feito uma "gestão equilibrada e controlada", o futuro será difícil para o Botafogo.


"Fica cada vez mais difícil imaginar como o clube fará para se livrar das dificuldades e da pressão de caixa que se avizinha", dizem os analistas. "Em 2017 todas as fichas surgiram na mesa: pagamento elevado de impostos atrasados, investimentos, compensação de adiantamentos realizados no passado" E o clube só fechou as contas do ano graças a adiantamentos.


Receitas e dívidas do Botafogo — Foto: infoesporte


O custo do futebol do Botafogo subiu pouco – foi de R$ 90 milhões em 2016 para R$ 102 milhões em 2017, ano em que disputou a Libertadores – e impactou menos nas contas do ano.


O Botafogo gastou 54% de sua arrecadação com futebol em 2017, menos do que os 70% do ano anterior.


Ainda assim, foi pouco. As dívidas voltaram a subir (de R$ 692 milhões para R$ 721 milhões), o que levou os analistas do Itaú BBA a fazerem uma previsão pessimista:


"O problema é o tamanho da dívida em relação à capacidade de pagamento. Quando começar a vencer os Impostos, pode haver dificuldade para o clube."


A receita recomendada para o Botafogo sair do buraco em que se meteu e enfrentar os desafios que se aproximam é ainda mais austeridade.


O estudo da situação financeira dos clubes nacionais divulgado ano a ano pelos analistas do Itaú BBA abre sua avaliação relativa a 2017 alertando que se repete um ciclo de "mais dinheiro, mais gastos, nenhuma preocupação com o futuro". O relatório deste ano, divulgado com exclusividade pelo Globoesporte.com, diz que "seguimos esta jornada nos repetindo e andando em círculos".


De modo geral, a análise chama atenção para o fato de "despesas e custos continuarem crescendo e ocupando o salto de receitas", ao passo que "investimentos gerais não mudaram muito, nem as dívidas. E lembra: "O Profut começará a vencer, as regras de distribuição de direitos de TV mudarão, e isso vai pressionar o fluxo de caixa dos clubes em 2019".


Fonte: Ge/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

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