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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Análise: Botafogo morde, resolve na bola parada e vence em volta triunfal de Gatito


Com muita disposição no primeiro tempo e mais preocupado em segurar o resultado na etapa final, time encerra jejum de cinco jogos




Melhores momentos: Botafogo 1 x 0 Corinthians pela 32ª rodada do Brasileirão


Bem postado em campo, pegador no primeiro tempo e iluminado por um retorno triunfal de Gatito. Assim foi o Botafogo na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, que encerrou jejum de cinco jogos no Brasileirão, no Nilton Santos.


O domingo alvinegro teve Rodrigo Lindoso, autor do gol, como atacante mais perigoso do Botafogo. Foi o maior finalizador da equipe, com quatro. Os dois zagueiros jogaram muito bem e impediram que o Corinthians, time que insistia no jogo aéreo (levantou 31 bolas), desse trabalho a Gatito.


Só não impediram no minuto derradeiro, quando Léo Santos conseguiu finalizar na risca da pequena área, e Gatito, com o joelho direito, operou um milagre. Vitória na conta do chá: gol na bola parada, uma atuação não tão inspirada, mas de fibra. Merecida.


Time combativo desde o início


Vencer era necessário, e o Botafogo entrou com espírito de decisão, mordendo. A firmeza de Igor Rabello, Jean e Carli, por exemplo, fizeram o time terminar o jogo com 38 desarmes (20 no primeiro tempo), 28 a mais do que o Corinthians. Rabello desarmou 11 vezes e Carli, nove. Bicões de Jean e Marcinho em divididas mostraram que o time não estava para brincadeira desde o primeiro tempo.


Meio com toque de bola na etapa inicial


Num 4-1-2-3 quando atacava, o Botafogo pôde ficar mais com a posse no início do duelo, já que Lindoso e Renatinho têm como característica o bom passe e o timing certo na hora de soltar a bola. Jean fez bem a proteção à zaga e deixou a dupla mais livre para dialogar com Valencia, Erik e Brenner.


Aos 20 minutos, por exemplo, o time de Zé tinha 65% de posse de bola e cinco finalizações - contra apenas uma do Corinthians. Ao final da etapa, o domínio diminuiu (foi para o intervalo com posse de 54%), principalmente após o gol alvinegro.



Lindoso comemora gol diante do Corinthians — Foto: André Durão


Produção cai no segundo tempo

Se foi mais perigoso e o melhor time da etapa inicial, o Botafogo pareceu mais preocupado em garantir a vitória e encerrar um jejum de cinco jogos no Brasileiro após o intervalo. Deu muito a bola para o Corinthians, mas o adversário viveu uma tarde muito infeliz no setor de criação. Os donos da casa só chegaram em contra-ataques, mas não aproveitaram.


Coadjuvante durante quase todo o jogo, Gatito decide

Pouco exigido durante quase os 90 minutos, mostrou segurança ao sair para cortar cruzamentos de Fagner e Pedrinho. Em chutes de Araos (dois) e Pedrinho, encaixou duas bolas e espalmou para escanteio no mais forte, disparado pelo chileno. Também agarrou cabeçada de Roger, mas nenhuma dessas se comparou ao milagre no fim.


Gatito salva! Goleiro pega no reflexo e garante vitória aos 49 do 2º tempo


Erik aceso

Erik foi uma excelente arma do Botafogo. Com velocidade e voltando para ajudar na marcação mais do que habitual, deu muito trabalho a Danilo Avelar, rival quem desconcertou com um drible no primeiro tempo. Correu muito e fez boas jogadas. Não vinha bem nos últimos jogos, mas se recuperou e foi peça importante. No último lance da partida, fez um contorcionismo para salvar um possível escanteio, saiu jogando e espanou a bola.


Brenner, "o experiente de 24 anos" e Lindoso matador
Após a abertura do placar, parou o jogo constantemente. Ficou no chão quatro vezes. Puxou marcação em lance que poderia matar o jogo na primeira bola da etapa final - Renatinho desperdiçou. Se não erra o passe final em contra-ataque no segundo tempo, teria uma atuação quase perfeita.


Lindoso fez o papel de centroavante mais perigoso. Além do gol de cabeça, atuou como meia em jogada que ele mesmo finalizou com uma testada na trave. Segurou a bola num momento em que Pimpão pedia na esquerda, arredondou para Erik e se mandou para a área. Ganhou pelo alto e quase fez mais um. Ótima atuação e nenhum erro de passe dentre os 17 tentados.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

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