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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Os Moreira Salles estudam "ajuda" ao Botafogo, mas avisam: "Não temos vocação para Abramovich"


Irmãos financiadores do futuro CT alvinegro, ilustres botafoguenses encomendam auditoria para auxiliar administração do clube, mas citam dono do Chelsea e descartam "comprar" a instituição





João Moreira Salles escreveu carta explicando intenção dos irmãos — Foto: Reprodução / TV Globo


Financiadores do futuro CT do Botafogo, os irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles podem ajudar ainda mais o Alvinegro nos próximos anos. Os ilustres botafoguenses encomendaram uma auditoria sobre o clube junto a "Ernst & Young" com a intenção de oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras. Tudo ainda muito embrionário, mas assunto que vem dominando todas as conversas entre torcedores nos últimos dias.


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Internamente em General Severiano, comenta-se a possibilidade de o clube separar a sede social do futebol, de forma a permitir que os irmãos "patrocinem" o time com um aporte financeiro especulado em R$ 300 milhões. Porém, para isso seria preciso mudar o Estatuto do Botafogo primeiro. Em carta enviada ao jornalista Juca Kfouri, do "UOL", João admitiu ajudar, mas descartou assumir o clube como o bilionário russo Roman Abramovich fez com o Chelsea, da Inglaterra.


Confira a carta na íntegra:


"Caro Juca,

Muito obrigado pela referência generosa ao Waltinho e a mim na coluna que você publicou ontem, e que só agora li.


Escrevo para esclarecer que não estamos analisando a compra do Botafogo.


E isso por várias razões.


Para falar de apenas uma delas: embora seja procedimento corrente em várias partes do mundo, nem eu, nem Waltinho, nos vemos na figura de alguém que compra um time e se torna dono dele.


Só digitar a frase já parece absurdo, para não dizer constrangedor.


Time é coisa coletiva, não mercadoria de um torcedor só, ou de dois.


Por outro lado, está claro que o atual modelo de controle e gestão dos clubes brasileiros fracassou, e que é preciso estudar novas formas de estruturá-los.


É com isso, e apenas com isso, que Waltinho e eu estamos comprometidos.


Ao cabo do trabalho que estamos financiando (com total anuência do clube), o Botafogo conhecerá maneiras alternativas de organizar a sua existência legal, seja se tornando uma empresa, seja virando uma fundação sem fins lucrativos, quem sabe amparado por um fundo patrimonial.


Caberá então ao Botafogo escolher o seu caminho.


Independentemente do desfecho, Waltinho e eu não seremos proprietários de coisa alguma.


Não temos vocação para Abramovich.


Forte abraço, e bom fim de ano


João"


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro

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