Irmãos financiadores do futuro CT alvinegro, ilustres botafoguenses encomendam auditoria para auxiliar administração do clube, mas citam dono do Chelsea e descartam "comprar" a instituição
João Moreira Salles escreveu carta explicando intenção dos irmãos — Foto: Reprodução / TV Globo
Financiadores do futuro CT do Botafogo, os irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles podem ajudar ainda mais o Alvinegro nos próximos anos. Os ilustres botafoguenses encomendaram uma auditoria sobre o clube junto a "Ernst & Young" com a intenção de oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras. Tudo ainda muito embrionário, mas assunto que vem dominando todas as conversas entre torcedores nos últimos dias.
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Internamente em General Severiano, comenta-se a possibilidade de o clube separar a sede social do futebol, de forma a permitir que os irmãos "patrocinem" o time com um aporte financeiro especulado em R$ 300 milhões. Porém, para isso seria preciso mudar o Estatuto do Botafogo primeiro. Em carta enviada ao jornalista Juca Kfouri, do "UOL", João admitiu ajudar, mas descartou assumir o clube como o bilionário russo Roman Abramovich fez com o Chelsea, da Inglaterra.
Confira a carta na íntegra:
"Caro Juca,
Muito obrigado pela referência generosa ao Waltinho e a mim na coluna que você publicou ontem, e que só agora li.
Escrevo para esclarecer que não estamos analisando a compra do Botafogo.
E isso por várias razões.
Para falar de apenas uma delas: embora seja procedimento corrente em várias partes do mundo, nem eu, nem Waltinho, nos vemos na figura de alguém que compra um time e se torna dono dele.
Só digitar a frase já parece absurdo, para não dizer constrangedor.
Time é coisa coletiva, não mercadoria de um torcedor só, ou de dois.
Por outro lado, está claro que o atual modelo de controle e gestão dos clubes brasileiros fracassou, e que é preciso estudar novas formas de estruturá-los.
É com isso, e apenas com isso, que Waltinho e eu estamos comprometidos.
Ao cabo do trabalho que estamos financiando (com total anuência do clube), o Botafogo conhecerá maneiras alternativas de organizar a sua existência legal, seja se tornando uma empresa, seja virando uma fundação sem fins lucrativos, quem sabe amparado por um fundo patrimonial.
Caberá então ao Botafogo escolher o seu caminho.
Independentemente do desfecho, Waltinho e eu não seremos proprietários de coisa alguma.
Não temos vocação para Abramovich.
Forte abraço, e bom fim de ano
João"
Independentemente do desfecho, Waltinho e eu não seremos proprietários de coisa alguma.
Não temos vocação para Abramovich.
Forte abraço, e bom fim de ano
João"
Fonte: GE/Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro
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