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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Conselho Deliberativo aprova Plano de Metas do Botafogo para 2019, e novos VPs são empossados


Órgão se reuniu nesta quarta-feira em General Severiano para debater orçamento do clube, previsto para mais de R$ 250 milhões; houve sete votos contrários





O Conselho Deliberativo do Botafogo aprovou, em sessão na noite desta quinta-feira em General Severiano, o Plano de Metas para 2019. Sete conselheiros votaram contra. O orçamento previsto é superior a R$ 250 milhões. No início da reunião, os novos VPs Paulo Mendes (relações institucionais) e Ricardo Rotenberg (comercial) foram empossados: o primeiro foi aprovado por 47 votos a 8, e o segundo por 45 a 10.


Após o VP de finanças, Luiz Felipe Novis, apresentar o orçamento, alguns beneméritos fizeram ressalvas. Houve críticas a algumas despesas previstas no documento e à falta de informações detalhadas em determinados pontos. Teve pedido para que o orçamento fosse revisado e que o futebol ganhasse mais destaque em detrimento de outros esportes. Algumas reclamações foram rebatidas.


Durante a sessão, foi discutida ainda a ajuda dos irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles, que encomendaram uma auditoria sobre o clube junto a "Ernst & Young" com a intenção de oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras. Na ocasião, o presidente Nelson Mufarrej citou as dificuldades financeiras do Botafogo.



Sessão do Conselho Deliberativo aconteceu em General Severeriano — Foto: Giba Perez / GloboEsporte.com



Ressalvas


O orçamento do Botafogo para 2019 foi aprovado com as seguintes ressalvas:


Com base no princípio da transparência, perseguidos por todos os poderes do clube, sugerimos que o valor de R$ 37,2 milhões constante do item de receita extrordinária/placas publicitárias, quando efetivamente arrecadado no exercício, forme uma reserva técnica, e que sua aplicação e destinação seja objeto de ampla divulgação junto ao Conselho Deliberativo;

Que a diretoria e os gestores setoriais dos esportes amadores busquem ações proativas com vista a serem autossuficientes e sustentáveis, na forma elencada do Plano de Metas também apreciado por este Conselho Fiscal;

Fica reiterada a necessidade quanto ao cumprimento dos prazos para o envio dos documentos a este Conselho Fiscal, ainda que as justificativas para o atraso no envio da proposta de 2019 tenham sido acatadas por esse colegiado.



Orçamento

O orçamento divulgado pelo Botafogo, com receita no valor de R$ 251.683.492, prevê ganhos de R$ 40 milhões em vendas de atletas, R$ 37,2 milhões em receitas extraordinárias (placas publicitárias) e R$ 16 milhões em patrocínios no uniforme. Novis disse que a previsão sobre vendas dos direitos econômicos foi feita a partir do valor de mercado dos jogadores e que o clube precisa vender mais atletas. Como exemplo, citou o Palmeiras, que orçou R$ 80 milhões em negociações de jogadores.


Em uma parte do plano orçamentário divulgado pelo clube, cita-se que há “restos a pagar” relativos ao ano de 2018 na ordem de R$ 33,68 milhões. Por isso, o Conselho Fiscal aumentou o limite de antecipação de receitas, o que autoriza a diretoria a antecipar R$ 35 milhões.


Estima-se um superávit operacional bruto mínimo de R$ 72,3 milhões, com despesas calculadas em R$ 133.657.087. Estão previstos, por exemplo, gastos na ordem de R$ 150 mil por mês para novos acordos cíveis e trabalhistas.


Entre os objetivos expostos estão reduzir a dívida do clube e os riscos de bloqueios de receitas, obter recursos de patrocínios junto a órgãos públicos, tornar gestão financeira do Estádio Nilton Santos mais enxuta, e aproximar mais o clube do seu torcedor.



Futebol

Nas metas para o futebol, a mais ousada é classificar para a Libertadores de 2020 e figurar entre as cinco primeiras posições do ranking nacional da CBF. O clube coloca também reforçar a equipe, aumentar o número de seguidores nas redes sociais e ampliar a quantidade de sócios-torcedores.


As despesas com atletas profissionais em 2019 estão calculadas em R$ 3 milhões por mês. Já para o futebol feminino, o resultado negativo é especulado em R$ 1.079.998. Com o futebol de base, o clube espera despesas superiores a R$ 1,6 milhão.



Outros esportes

A receita para esportes gerais consta R$ 1.701.440 e para o remo, 2.720.000. As despesas estão em R$ 7.010.672 e 2.723.812, respectivamente.


"Nas despesas da Vice-Presidência de Esportes Gerais foram orçados os gastos para a manutenção da Equipe Profissional de Basquete até maio de 2019. A manutenção da equipe será realizada através do montante de R$ 1,8 milhão do saldo do Projeto Incentivado captado em 2018", explica o documento.


Novis explicou que, caso não haja patrocício, a equipe de basquete será reduzida a partir de maio para gerar menos despesas.


Entre as metas, foram citadas melhorar as condições do Complexo Esportivo, aumentar o número de sócios para o vôlei e basquete e manter a hegemonia estadual e nacional do remo.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

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