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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Zé Ricardo rebate gritos de "time sem vergonha" da torcida do Botafogo: "Grupo de muito brio"


Alvinegro apenas empatou com o Bangu na segunda rodada da Taça Guanabara e deixou o campo sob protestos. Para o técnico, houve evolução, mas há o que melhorar: "Ainda não foi o suficiente"


O Botafogo segue sem vencer no Campeonato Carioca. Nesta quarta-feira, o time de Zé Ricardo ficou no 0 a 0 contra o Bangu no retorno ao Nilton Santos. Após a derrota para a Cabofriense na estreia, o reencontro com a torcida não foi dos mais harmoniosos. No fim do jogo, a torcida puxou o coro de ''Time sem vergonha'', pediu a contratação de reforços e xingou o lateral-direito Marcinho. O técnico disse que respeita, mas não concorda com as manifestações de alguns torcedores.


- Sempre vamos respeitar as manifestações do nosso torcedor. Ela que faz o clube, mas não somos obrigados a concordar. Gritar ''time sem vergonha''... Rebato isso de forma veemente. Sei do grupo que tenho, de muito brio e que vai dar a resposta. Pode demorar mais ou menos, depende de quando conseguiremos reproduzir em campo o que temos treinado.


"Sempre respeitamos a opinião da torcida. Seja a opinião de um estádio cheio ou até um pouco vazio como hoje", afirmou Zé Ricardo.


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Zé Ricardo orienta o time contra o Bangu — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Durante a entrevista coletiva após o empate, Zé Ricardo fez uma avaliação da segunda partida do Botafogo na Taça Guanabara. Para o técnico, a equipe agradou em alguns momentos, mas ainda falta acertar situações e há que se tirar lições do confronto.


''Sou cobrado pela imprensa, pela torcida e pela gente mesmo. A evolução será gradativa, o entrosamento vem com o tempo. Hoje apresentamos situações que me agradaram, mas ainda não foi o suficiente dentro do que desejamos''.


- Acho que a gente procurou tentar fazer um jogo mais elaborado. Sincronismo pelo meio com a bola já houve melhor entendimento. Com o cansaço natural e as trocas, perdemos o pouco sincronismo que tínhamos. Ficou muito aberto, não foi agradável o fim. Esse tipo de jogo aberto, solto, não é nem de perto o que a gente deseja. Temos que tirar essa lição para os próximos jogos - acrescentou o treinador.


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Após a partida, não teve zona mista e nenhum jogador falou com os jornalistas, a não ser na saída de campo. Na próxima rodada, o Botafogo já tem um clássico: vai receber o Flamengo no Nilton Santos, no sábado, às 17h.


Outras declarações de Zé Ricardo:

Novas caras no time nesta quarta

- Gabriel se portou bem, estava preparado. É jovem, mas tem experiência. Alex Santana sentiu a volta, teve queda de rendimento natural no segundo tempo. Alessandro, como falei, era questão de dar tempo ao tempo, sem pressão. Vamos observar a evolução deles.


Luiz Fernando no meio

- No Brasileiro, em alguns momentos, utilizamos o Luiz Fernando de meia central. Não é um organizador tradicional, mas dá dinâmica. Poderia trabalhar as infiltrações com o Aguirre. Ainda tem que evoluir. Pimpão se recuperou e o Erik jogou os 90 minutos porque fez toda a pré-temporada com o Palmeiras.


Ponto final nas mudanças

- Temos que colocar um ponto final nas saídas. Eles saíram, foram importantes aqui, têm qualidade, mas outros estão chegando. Demora para a engrenagem acontecer. Queremos um jogo mais elaborado e isso requer tempo. Atleta que está chegando às vezes não está no ritmo ideal. Wenderson tem se comportado bem, apenas o segundo jogo dele. Alex também pode agregar muito. Não posso garantir se isso vai acontecer na próxima rodada.


Renovação

- A gente só tinha feito contatos telefônicos. Foi a primeira vez que meu representante e a diretoria se encontraram. Foi algo bem natural. Acredito no Botafogo e o Botafogo acredita em mim. Tomara que isso perdure durante todo o período de extensão do contrato. Claro que depende de resultados.


Alessandro

- Pela ausência do Leo Valencia e do Marcus Vinícius, só tínhamos o Alessandro como meia no banco. Já esperávamos que ele entrasse. Não foi porque a torcida pediu. Continuo insistindo que precisamos ter calma com ele, quase não teve base. Precisa trabalhar e jogar partidas de alto nível. Entrou com espaço, fez boas jogadas, mas depois abafou pelo entusiasmo, ansiedade. Demonstra a inexperiência que ele tem em partidas de Série A. Vamos ter muita calma porque o clássico exige.


Clássico

- Flamengo é favorito por tudo o que aconteceu nos últimos anos. Alguns dos novos contratados devem jogar contra a gente. Mas, independentemente dos reforços, o Flamengo já tem uma equipe forte. Vai ser um jogo difícil, mas temos o fator casa ao lado e uma vontade grande de evoluir e vencer. Tomara que a gente esteja bem equilibrado e concentrado, vou cobrar isso. Se bobear, eles têm uma capacidade técnica de definir a partida.


Aguirre

- Estava no nosso planejamento que o Aguirre jogasse uma partida e o Kieza a outra. Os dois estão se empenhando muito nos treinamentos. Kieza viria para o banco, mas teve uma bolha no pé.


Carli e Valencia contra o Flamengo?
- Foram casos diferentes. Carli teve cansaço muscular, tem histórico de sentir isso no início do ano. Não temos previsão para sábado ou para quarta. Sobre o Valencia, ele tomou uma pancada na panturrilha, inchou bastante. Enquanto tiver o edema é difícil dele jogar. Ele está fazendo tratamento em dois períodos e tomara que se recupere para sábado.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá — Rio de Janeiro

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