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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Vinte anos de Série A, homenagens... Flavio Tênius vive dias especiais no Botafogo


Preparador fala em desejo de trabalhar com Jefferson, elogia Diego Cavalieri e diz que torcerá por boa atuação de Gatito, pelo Paraguai, mas também por vitória do Brasil





Preparador de goleiros do Botafogo, Flavio Tênius concedeu coletiva nesta quinta — Foto: Fred Gomes


O experiente preparador de goleiros do Botafogo, Flavio Tênius, comemora uma marca especial em 2019: este é o 20º Campeonato Brasileiro em que o profissional atua. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, Flavio falou sobre a relação com os arqueiros alvinegros e destacou o envolvimento com o clube da estrela solitária.


"Passei quase a minha juventude toda no bairro de Botafogo. Quase todos da minha família eram botafoguenses. O Botafogo sempre foi muito forte na minha criação".


- Comecei no Bonsucesso e depois passei três anos no Botafogo. Depois vim trabalhar e estou aqui desde 2010, com uma breve saída em 2015. Estou trabalhando no lugar certo. Me dou muito bem com o clube, as pessoas aqui, os companheiros de trabalho. Tenho prazer em vir trabalhar. Tem a cobrança também, o que faz parte de qualquer grande clube. O Botafogo faz parte da minha vida - completou o preparador de goleiros.


Flavio revelou que tem conversado diariamente com Gatito Fernández nesse período em que o jogador defende a seleção paraguaia. Nesta quinta, o goleiro enfrentará o Brasil. O preparador disse esperar que o amigo faça boa partida, mas torcerá pela seleção brasileira.


Tenho falado com Gatito quase que diariamente desde que se apresentou à seleção paraguaia. A relação do preparador com os goleiros é mais forte. Trabalhamos com poucos jogadores, a relação é mais próxima, mais íntima. Passo muito tempo com eles. A gente tem trocado ideias. Sou brasileiro, vou torcer pelo Brasil, quero que a Seleção vença, pois precisamos ganhar títulos e voltar ao cenário. Mas torço para que Gatito faça mais uma bela partida, faça seu melhor.



Outras declarações de Flavio Tênius:


20º Campeonato Brasileiro como preparador de goleiros

- Esse é meu vigésimo campeonato da Série A. Número expressivo. Me sinto muito motivado, gosto do que faço. Tive a oportunidade de trabalhar em grandes clubes. Estou no futebol há muitos anos, como treinador de goleiros já são 26. Tenho um curso de gestão também, quero continuar no futebol. Acho que tudo isso pode me ajudar num terceiro momento. Tenho vontade de continuar em outra área e, quando eu achar que deu como preparador, tenho me preparado para isso".


Diego Cavalieri

- Foi uma surpresa o nome de Cavalieri. A gente precisava de um novo goleiro e, quando surgiu o nome dele, todos aprovamos de imediato. Uma oportunidade especial. Ele foi quase que o responsável pelo título brasileiro do Fluminense de 2012 para mim. O que ele fez eu vi poucos goleiros fazerem. Passei a reparar mais nele depois disso. Ele sabia que chegaria para ser o segundo goleiro, não se importou, acreditou na oportunidade que o Botafogo estava oferecendo. É incrível, com a experiência e tempo de futebol, ele se mantém muito motivado, sempre quer treinar mais. Ele ajuda muito fora de campo também, com sua experiência aconselha os mais jovens.


Noite de homenagens no Conselho Deliberativo:

- A homenagem à minha esposa já estava marcada e, dois dias antes, Jefferson me ligou dizendo que seria homenageado e fazia questão que eu estivesse lá para entregar o título. Foi muito legal, lados familiar e profissional juntos. Minha esposa começou cedo no Botafogo e ganhou tudo que disputou. Depois jogou na Itália, seleção brasileira, foi campeã internacional, uma carreira muito legal. Conheci Jefferson no Cruzeiro, onde teve a oportunidade de jogar pelo profissional com 17 anos. O reencontrei dez anos depois, teve a chance de ser convocado para a Seleção e fez uma história linda pelo Botafogo. Foi uma noite muito bacana. Acompanhei minha esposa e fui padrinho do Jefferson.


Possibilidade de trabalhar com Jefferson

- Tenho essa vontade (de trabalhar com Jefferson) e tenho me preparado para isso. Ele nunca tinha me mostrado esse desejo. Abriu a cafeteria dele lá (interior de São Paulo). Até hoje não me trouxe uma latinha de café (risos). Ele fala que o café é bom, mas não manda para eu experimentar. Com a experiência que ele tem como jogador, acho importante se preparar para assumir uma função. Com a ligação que temos com o clube, seria legal trabalharmos juntos. Quem sabe?


Grandes goleiros alvinegros nos últimos anos

- Não tenho dúvidas que a qualidade do jogador é fundamental. A gente sempre teve grandes goleiros. O que vem depois ajuda também, mas com o trabalho e dedicação deles a gente tem conseguido bons resultados.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Fred Gomes — Rio de Janeiro

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