O Botafogo não voltou bem da parada da Copa América. Ao ser derrotado por 1 a 0 pelo Atlético-MG na quarta-feira, em casa, completou quatro jogos sem marcar. Diego Souza, centroavante e um dos líderes da equipe, afirma que o time tem se empenhado a melhorar ofensivamente, mas trata tal processo como natural, citando a evolução no sistema defensivo como um exemplo.
- Nossa equipe toma poucos gols, a gente tem acertado isso de ser uma equipe com um sistema defensivo sólido. Aos poucos, a gente vai criando as oportunidades. A gente sabe que precisa melhorar muito para que isso possa acontecer.
- Estamos no caminho certo, as coisas tendem a acontecer. A gente já sofreu bastante, era uma equipe que levava muito gol. Agora trabalha bastante para atacar bem, fazer gols e dar trabalho aos adversários. Tenho certeza que isso vai acontecer.
Diego Souza botafogo entrevista — Foto: Fred Gomes
Em relação ao confronto com o Galo, Diego afirma que o time está vivo na competição e considera uma vitória no Independência, na próxima quarta-feira, como algo normal.
- As coisas não estão ruins como as pessoas dizem. Tenho certeza que na quarta-feira que vem que a gente possa estar conversando diferente. Não é nada anormal conseguir uma vitória lá, qualquer vitória nos deixa na competição.
- Foi um jogo atípico. Tomamos um gol em uma falha nossa. O adversário criou boas oportunidades depois que isso aconteceu. Com a experiência que eu tenho, o resultado deixou a gente vivo. Poderia ser pior.
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Humildade no fim do jogo para não sofrer um revés mais duro
- Quando estava com um a menos, a gente começou a ficar com a bola. Isso é experiência. A gente estava muito mais perto de tomar um segundo gol do que igualar a partida. Tivemos a humildade de perder de 1 a 0 para na semana que vem, com todo respeito ao Atlético-MG, jogar bem e conseguir uma simples vitória. Não tem crise, não tem que abaixar a cabeça.
- Sabíamos que a sequência depois da parada seria muito difícil, mas a gente tem a cabeça tranquila e vai dar a volta por cima com certeza.
Jogo contra o Flamengo
Jogo bom, todo jogador gosta. A gente vem de dois resultados negativos no Campeonato Brasileiro. Nada melhor do que um clássico para que você consiga se recuperar e ter uma boa vitória. O adversário tem uma equipe badalada, bajulada. É um adversário que todos dizem que vai lutar pelo título. Temos respeito por eles, mas temos totais condições de fazer um grande jogo.
Falta mobilidade a você em campo?
- Não vejo como problema físico, a gente tem todas as análises de desempenho e sabe o que vem fazendo e no que melhorar. Acho que é questão de encaixe. A gente, com todo respeito, está um pouco pobre no setor ofensivo. Sempre fui jogador de combinação. Uma hora ou outra, conseguimos triangulação, mas estamos devendo a nós mesmos e ao nosso torcedor um jogo mais combinado. A gente trabalha para combinar e fazer os gols.
Insiste que estão devendo ofensivamente
- Depois que o Barroca chegou, as coisas melhoraram e melhoraram muito, só que nem tudo se dá conta. A gente melhorou muito no sistema defensivo, a gente tem uma posse de bola muito boa na parte de trás até chegar à parte ofensiva.
- Na parte ofensiva, a gente deve isso. A gente tem conversado, tem pensado no que pode melhorar. Infelizmente não tem encaixado, mas tenho certeza que vai ter que encaixar. A qualidade da nossa equipe indica que isso vai melhorar.
Fase ruim do rival e protestos com pipoca em aeroportos de Flamengo e Palmeiras
Nossa fase também não é boa. Mas o respeito por eles não é por investimento, é pelos jogadores que tem. Elenco de qualidade. Por isso, mais um jogo difícil. O que acontece do lado deles, eles que se resolvam lá.
- Esse tipo de manifestação acho ridícula. Enquanto não acontecer alguma coisa grave, não vão tomar as providências para que isso possa acabar. Independentemente da paixão, que mexe com família e tradição, mas nesse ponto já é demais.
- Se você, como ser humano, toma uma atitude que se vira contra você, toma pancada de todo mundo e vira mau exemplo. Tem que ter atenção, cobrança. Nossa profissão já vem com esse peso, isso é normal, mas chegar a esse ponto já é demais.
Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro
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