Time venceu sete das dez primeiras partidas; nas seguintes, perdeu seis e não fez gols em sete
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Eduardo Barroca chegou ao seu 20º jogo à frente do Botafogo contra a Chapecoense. Se o aproveitamento foi muito positivo na primeira metade, o mesmo não se repetiu nas últimas dez partidas.
Na primeira parte do trabalho, Barroca e seus comandados conseguiram resultados expressivos. Sete vitórias e três derrotas, com aproveitamento de 70%. O ataque não foi brilhante, mas teve média superior a um gol por jogo (13 em 10), e a defesa foi vazada apenas sete vezes.
Jogos sem sofrer gols com Barroca: oito, cinco deles nos 10 primeiros.
Nos 10 jogos posteriores, o aproveitamento despenca para 26,6%. Apenas duas vitórias, dois empates e seis derrotas, três delas no Nilton Santos, onde o time ainda não tinha sido derrotado sob seu comando. O ataque marcou menos do que a metade, apenas seis vezes. E a defesa, antes com média inferior a um gol por partida, caiu: 11 gols sofridos.
Jogos sem marcar gols com Barroca: 10, sete deles nos 10 últimos.
Pode-se ligar a queda do setor defensivo ao fato de que Barroca conseguiu usar a mesma dupla de zaga em apenas cinco oportunidades na segunda metade de seu trabalho: Carli e Gabriel desfalcaram o time em três jogos cada.
Duplas de zaga nos últimos 10 jogos
Grêmio Carli e Gabriel
Cruzeiro Carli e Gabriel
Santos Carli e Gabriel
Atlético-MG Carli e Marcelo
Flamengo Carli e Gabriel
Atlético-MG Marcelo e Cícero
Avaí Marcelo e Gabriel
Athletico-PR Carli e Marcelo
Corinthians Marcelo e Gabriel
Chapecoense Carli e Gabriel
Barroca também conviveu com diversos problemas no período em que o aproveitamento caiu drasticamente. Asfixiado financeiramente, o Botafogo por pouco não completou três meses de salários atrasados, o que dá direito aos jogadores buscarem a rescisão contratual unilateralmente.
Erik, principal jogador do time desde o segundo semestre do ano passado, caiu muito de produção e foi negociado pelo Palmeiras às vésperas do clássico com o Flamengo.
Se era um dos poucos que fugia à característica de time lento do Botafogo, a outra opção de estilo semelhante nem entrou em campo. Biro Biro, contratado em julho, teve uma síncope durante treinamento em seu 16º dia de trabalho e precisou se afastar das atividades.
Gols com Eduardo Barroca
Diego Souza 4
Alex Santana 4
Cícero 4
Erik 2
Luiz Fernando 2
Bochecha 1
João Paulo 1
Benevenuto 1
Em coletiva após o empate com a Chapecoense, Barroca citou as baixas, afirmou que todos estão cientes das sérias dificuldades do Botafogo e resumiu que só dispõe de soluções caseiras por ora.
- Desde que cheguei, perdemos Kieza, Ferrareis, Erik, Biro Biro e agora o Jonathan. Diante desse cenário, é preciso ser realista. A gente tenta buscar as soluções da maneira que estamos tentando, que é tentar em casa. Diante do cenário do clube, é difícil buscar fora do Botafogo.
- Não cabe fazer reclamação. Tanto direção quanto jogadores encaram a situação de frente.
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Barroca tem desafios a superar nos próximos jogos — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Sem opções factíveis no mercado para mudar a cara do time, Barroca terá de dar prosseguimento ao que vem fazendo: trabalhar finalizações à exaustão durante os treinamentos. Além disso, dar atenção especial à criação de jogadas.
O Botafogo segue como time que menos finaliza no Brasileiro, com 137 (9,13 por jogo), e tem o terceiro pior ataque da competição (ao lado do Cruzeiro), com apenas 14 gols.
A defesa caiu, mas segue com média aceitável de gols sofridos (0,93 - 15 em 16 jogos). Atacar mais, criar e chegar à meta adversária com maior frequência é a urgência do momento.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Fred Gomes — Rio de Janeiro
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