Auxiliar técnico comandará Alvinegro na partida contra o Goiás; Bruno defende trabalho do ex-treinador e fala em simplicidade e motivação para o jogo desta quarta-feira
O auxiliar técnico Bruno Lazaroni comandará a equipe principal do Botafogo pela segunda vez na noite desta quarta-feira, contra o Goiás, no Nilton Santos. O interino, em coletiva nesta terça, defendeu o trabalho de Eduardo Barroca, demitido no último domingo após derrota para o Fluminense, e disse que a responsabilidade pelo mau momento é também da comissão e dos atletas.
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- A responsabilidade é muito grande de estar trabalhando nessa instituição. É importante dizer que eu estava totalmente comprometido, alinhado, sendo muito leal, compartilhando as decisões junto ao Barroca. É um momento que todos nós somos culpados, não apenas o treinador que toma as decisões naquele momento.
- Os jogadores e demais membros da comissão técnica, todos nós temos nossas responsabilidades e poderíamos, de uma forma ou outra, termos feito uma coisa a mais e melhor para que ele permanecesse. A decisão foi tomada e cabe a nós agora tentarmos reverter esse quadro de resultados.
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Bruno Lazaroni deu coletiva nesta terça — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
Depois do empate em 0 a 0 com o Santos em abril de 2018, Bruno teve pouco tempo para preparar a melhor estratégia em sua segunda chance como comandante do Botafogo. Ciente de que não dá para fazer mudanças abruptas, o auxiliar aposta na simplicidade e na motivação para buscar o resultado positivo no Nilton Santos.
- Principalmente é passar confiança, mostrar a eles que nós tivemos momentos bons na competição, que eles são capazes. Quando nós enfrentamos o Goiás no primeiro turno nós vínhamos de três vitórias consecutivas, e eles não estavam vindo de um momento tão bom e venceram a gente. A gente tem totais condições, se resgatarmos nossa identidade, nossa forma de jogar com alegria, ousadia e principalmente com simplicidade que é o que esse momento pede, a gente pode criar um repertório maior de finalizações, não tomar gols. É mais ou menos esse o caminho.
Mais declarações de Bruno Lazaroni
Conversou com o elenco sobre demissão de Barroca?
- Não conversei com eles diretamente a respeito disso, a primeira conversa com todos será hoje. Ontem foi só com os atletas que não foram titulares. Hoje que vou passar a confiança pra eles.
Atitude dos jogadores em defender Barroca
- Acho que foi muito bacana da parte deles, mostra que temos um grupo de caráter e leal. Quando um sente a dor do outro a gente fica mais próximo de sair dessa situação.
Vontade de ser treinador
- Eu venho me preparando. Joguei profissionalmente por 12 anos, além do Brasil em outros três países. Depois que parei de jogar, procurei me capacitar, fiz faculdade de Educação Física, fiz todos os cursos da CBF. Então encaro isso com muita naturalidade. As coisas acontecem naturalmente e, se em algum dia isso vier a acontecer, vou ficar feliz. Tenho planos, óbvio, mas o momento agora é de ajudar o Botafogo.
Pegou conselhos com o pai (ex-técnico Sebastião Lazaroni)?
- Claro que sim, ter um coach praticamente dentro de casa e não utilizá-lo seria pouco inteligente da minha parte. Conversei com ele, ele me passou um pouco da experiência dele nos diversos clubes que trabalhou. Foi, tem sido importante e vai ser importante pro resto da minha vida. Espero que ele venha ao jogo e a gente possa sair com um bom resultado.
O que mudar contra o Goiás?
- Eu compartilho das ideias, da forma, estava presente nas decisões do dia a dia, então é tentar resgatar os bons momentos que nós tivemos, trabalhar com simplicidade e sinceridade, mostrar a eles que são capazes. Temos que aumentar nosso repertório ofensivo e melhorar nossa parte defensiva, mas isso é muito mais na conversa, mostrando vídeos e passando confiança, porque já fizeram coisas boas.
Alex Santana volta?
- Acredito que não. Está sendo avaliado pelo Departamento Médico, mas não é provável que ele consiga jogar.
Ataque
- Tem sido um desafio pra gente isso, a gente vinha conversando e conhecendo sobre o que precisávamos melhorar. É muito mais tentar passar confiança para eles, criar alguns padrões para que a gente possa criar um repertório maior de cruzamentos e finalizações de fora da área, melhorar nossa bola parada ofensiva, continuar insistindo com movimentos de infiltração na última linha. Mostrar que eles já fizeram isso.
Motivação é a principal estratégia
- É passar confiança, não vejo de outra forma, porque eles vêm trabalhando e lutando. Contra o Fluminense, acredito que tenha sido isso, um espírito de luta, mas claro que a gente tem que fazer algo a mais para melhorar. Cabe a cada um de nós olharmos para dentro, observarmos, avaliarmos e termos atitude para ser melhor que o adversário, jogar bem para estarmos mais próximos da vitória.
Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro
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