Quem esperava que Alvinegro fosse manter intensidade do clássico, viu outra coisa: um time que tomou vários sustos do lanterna, pouco incomodou e contou com a sorte para vencer
Melhores momentos de Botafogo 2 x 0 Avaí pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro
O Botafogo repetiu as atuações apáticas que marcam o segundo turno do time, mas com uma diferença: venceu. O triunfo por 2 a 0 sobre o Avaí na noite desta segunda-feira, no Nilton Santos, tirou o Alvinegro da zona de rebaixamento e dá certa tranquilidade em momento no qual as vitórias precisam ser mais frequentes.
Pela segunda vez depois de sete jogos, Alberto Valentim terá uma semana cheia de treinos. Será importante para acertar os erros, que não são poucos. O jogo contra o Avaí é o retrato do que tem sido o Botafogo no returno.
Depois de uma partida firme, com intensidade e entrega diante do Flamengo, a equipe voltou ao modo sonolento de antes. Quem esperava que o Botafogo fosse manter a postura do clássico, viu outra coisa: um time que tomou vários sustos do lanterna, pouco incomodou e contou com a sorte para vencer.
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Botafogo abriu o placar com gol contra no Nilton Santos — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
O primeiro gol saiu após cruzamento de Cícero e desvio de Ricardo para o próprio gol. Isso aos 12 minutos da etapa inicial. O Botafogo até atacou, mas sem o ímpeto da última partida, e conseguiu apenas uma finalização na meta defendida por Vladimir durante o primeiro tempo.
Além da desorganização ofensiva, chamou atenção os inúmeros espaços cedidos ao Avaí, time com o pior aproveitamento do segundo turno (tem apenas quatro pontos). O visitante propôs o jogo no Nilton Santos e incomodou o goleiro Gatito Fernández especialmente em jogadas criadas pelas laterais. Um empate na primeira etapa não seria injusto.
Os erros continuaram no segundo tempo. Começando pelo técnico Alberto Valentim, que tirou Rhuan, o principal jogador de ataque, aos 11 minutos. Ele mesmo admitiu o equívoco após a partida.
- Talvez eu tenha me precipitado um pouco em tirar o Rhuan. Talvez tenha sido um erro. Minha ideia era que Lucas Campos entrasse muito forte pelo lado direito e que o Leo (Valencia) marcasse muito forte para que não baixássemos mais a linha. Acho que me precipitei.
Nos primeiros 45 minutos, o Botafogo se aproveitou da velocidade de Rhuan para criar as principais oportunidades. Deu belo passe para Igor Cássio, teve chance de ampliar, arriscou no um contra um e conseguiu faltas perigosas pelo lado esquerdo. Sem ele, o time perdeu na frente.
Rhuan fez boa partida contra o Avaí — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Igor Cássio, Valencia e Alex Santana não estiveram em boa noite. Assim como Rickson, mas o volante merece um desconto. Jogou improvisado na direita e vinha de apenas nove jogos na temporada, sendo três como titular. João Paulo, Carli e Gabriel conseguiram dar ritmo ao time atrás.
Com o Avaí em cima, o Botafogo conseguiu aos 39 da etapa final o gol que precisava para acalmar a tensão no Nilton Santos. Lucas Campos foi derrubado na área, e Diego Souza marcou de pênalti.
O camisa 7, que ficou no banco nas duas últimas rodadas, voltou a ser utilizado por Valentim após pressão da torcida, que gritou pelo nome do atacante no segundo tempo. O jogador realmente não vinha rendendo o que se espera dele, mas será que vale deixar Diego Souza no banco em meio à série de desfalques? Sua experiência e qualidade podem fazer diferença nesse momento delicado.
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Fato é que o Botafogo não jogou nada bem contra o Avaí. Sofreu diante de um adversário que pouco fez nesse Brasileirão. A torcida, mais uma vez, deu um belo show no Niltão, mas não merecia ver o que viu. De bom, ficam apenas a atuação de Rhuan e a festa do torcedor. O resto foi mais do mesmo. E foi chato.
Torcida do Botafogo explode no Niltão. Detalhe para os dois torcedores aqui ao lado: Marcinho e Gilson acompanham a partida. #trnilton
Para o próximo jogo, contra o Athletico-PR, domingo, às 18h, na Arena da Baixada, Valentim terá mais uma baixa: Yuri recebeu o terceiro amarelo e não joga. Marcinho e Gilson, em recuperação de lesões, dificilmente voltam, assim como Marcelo e Pimpão. O técnico terá mais uma semana de pouca paz.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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