Alvinegro errou quase tudo o que tentou e teve medo de arriscar em alguns momentos na derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro; distância para a zona de rebaixamento é de três pontos
Melhores momentos de Botafogo 0 x 2 Cruzeiro pela 29ª rodada do Brasileirão 2019
Dez rodadas se passaram no segundo turno do Brasileirão, e o Botafogo nada. Com apenas duas vitórias e oito derrotas, o time não mostra sinais de reação e está a três pontos do Z-4. O novo revés, desta vez para o Cruzeiro, por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, no Nilton Santos, mostra que o time precisa de mudanças radicais para espantar o fantasma do rebaixamento nas próximas nove partidas.
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Primeiro tempo sonolento
Aos 25 minutos do primeiro tempo, Cacá aproveitou cobrança de escanteio para abrir o placar para o Cruzeiro no Nilton Santos. Já o Botafogo só acertou a meta de Fábio aos 30, em chute fraco de Valencia.
O Cruzeiro pouco chegou ao gol defendido por Gatito, mas conseguiu encurtar os espaços do Botafogo, que se viu obrigado a apostar no jogo aéreo. Com mais volume no fim da primeira etapa, o time de Alberto Valentim aumentou as finalizações - chegou a cinco -, mas não teve êxito.
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Botafogo tem oito derrotas em 10 jogos no segundo turno — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Mais volume, mesmos erros
Dois lances no segundo tempo resumem bem a partida do Botafogo no Nilton Santos. Em um deles, Igor Cássio, que entrou no intervalo, está frente a frente com o marcador no lado esquerdo do ataque, mas prefere voltar o jogo do que partir pra cima. Já no fim, Luiz Fernando recebe na direita e cruza: a bola vai parar na pista de atletismo do estádio.
O Botafogo errou quase tudo o que tentou e teve medo de arriscar em alguns momentos. Recuperar a confiança dos atletas é outro desafio para Valentim nessa reta final.
O Botafogo teve bem mais volume de jogo que o Cruzeiro. Com 60% de posse de bola, terminou a partida com 12 escanteios, 19 finalizações e oito chances reais de gol. O time mineiro só teve duas chances reais, que foram transformadas em gols.
Mesmo abdicando do jogo, o adversário fez o que precisava - aproveitar as oportunidades - e também o que não precisava - muita cera -, o que afetou o emocional dos alvinegros.
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Gabriel discute com Fred por cera do atacante — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Em noite festiva no Nilton Santos, que registrou o maior público do Botafogo temporada, a torcida deixou o estádio desanimada com o que assistiu e torcendo por uma reviravolta daquelas difíceis de acreditar nos próximos jogos.
Desespero
Com tudo dando errado, o desespero de Valentim aumenta quando olha para o banco de reservas. O elenco é limitado e não há ninguém com perfil decisivo para mudar a história do jogo.
O técnico resolveu apostar novamente em Igor Cássio, que não conseguiu brilhar como fez contra o CSA, há duas rodadas. Alex Santana, um dos principais finalizadores da temporada, voltou a entrar, mas ainda sem o mesmo ritmo após oito jogos fora. Vinicius Tanque, jogador que estava no futebol português até o meio do ano e não fazia parte dos planos do Botafogo, nada acrescentou.
Valentim sabia dos problemas que encontraria no Nilton Santos antes de assumir o Botafogo. Em seus primeiros jogos, manteve a base que vinha sendo usada por Barroca. Para a sequência, precisará de mais criatividade e ousadia para enfrentar dois dos melhores times do campeonato: Santos e Flamengo vêm aí.
Botafogo desperdiçou muitas chances contra o Cruzeiro — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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