Antes de novo reencontro com os paulistas, paraguaio lembra defesa que garantiu vitória aos 49 minutos do segundo tempo; resultado afastou time do Z-4 e iniciou série invicta
Gatito Fernández volta ao gol do Botafogo no domingo, às 18h, contra o Corinthians, após defender a seleção paraguaia no empate com a Arábia Saudita - o amistoso o tirou do jogo contra o Athletico-PR. No ano passado, também em novembro, viveu outro retorno à meta botafoguense diante do Timão. Este, porém, foi muito mais especial.
Gatito Fernández volta ao gol do Botafogo no domingo após partida pela seleção paraguaia — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Enfim livre da contusão mais grave da carreira, um problema no punho que o tirou dos jogos por quase sete meses, Gatito voltava a um Botafogo em situação parecidíssima com a atual. O time de Zé Ricardo, com 35 pontos, tinha apenas um a mais em relação à que equipe que abria o Z-4 e ocupava o 15º lugar. Além disso, amargava sequência negativa de cinco jogos no Brasileiro.
O de Alberto Valentim é 14º e soma 36, um a mais do que o Fluminense, o primeiro dos quatro que ocupam a zona da degola. A diferença é que faltam cinco rodadas para o fim da competição. Antes do duelo alvinegro do ano passado, restavam sete.
Gatito salva! Goleiro pega no reflexo e garante vitória aos 49 do 2º tempo
Naquele 4 de novembro de 2018, o Botafogo entrou diferente. Sufocou o Corinthians, foi superior o tempo inteiro e estava próximo de interromper a seca com 1 a 0 no placar. Gatito era mero espectador até que a bola se ofereceu para o zagueiro rival Léo Santos no melhor estilo "é só fazer". Aí que o paraguaio, "como um gato!", tirou com o joelho direito salvou. (veja acima).
Um ano depois, Gatito não esquece a defesa e nem tampouco o significado daquela vitória. O Botafogo emplacou sequência de seis jogos sem derrotas e mudou seu status na competição. De candidato ao rebaixamento a postulante à Libertadores. O gringo se inspira no passado de olho no presente para livrar a equipe das últimas posições.
- Esse jogo contra o Corinthians do ano passado foi muito especial. Eu vinha de uma contusão difícil, a pior que tive na carreira, e fiquei quase seis meses fora. Voltei nesta partida e pude fazer aquela defesa no final. Dali embalamos uma boa sequência de resultados. É o que estamos precisando e vamos em busca - afirmou.
Gatito se estatela no chão após Leandro Vuaden apitar o final do jogo. Era a senha para que companheiros fizessem uma avalanche sobre o gringo — Foto: Fred Gomes
Aquele jogo só não foi o mais importante de Gatito na temporada passada por um motivo simples. Sete meses antes, ele pegara dois pênaltis em decisão que terminou como herói e campeão carioca diante do Vasco.
- Posso dizer que foi o segundo jogo mais importante da temporada para mim, depois da final contra o Vasco no Estadual. Eu não tive uma contusão tão séria assim na carreira e voltar ajudando o time me deixou muito realizado.
Gatito, após defesa à queima-roupa, sorri. Léo Santos se lamenta muito — Foto: André Durão
Um ano depois da defesaça, Gatito, sempre econômico nas palavras, explica o que fez para impedir um empate que teria gosto de derrota e manteria o time perigosamente próximo do Z-4.
- No momento ali, eu tentei antecipar o chute e deu certo. Estava muito perto e era a única chance que eu tinha. Foi percepção.
Preparador e profissional a quem Gatito Fernández se refere como "professor de goleiros", Flávio Tenius tratou o momento como especial para todos do Botafogo. Uma das pessoas mais próximas e importantes para o paraguaio durante o período difícil, Flávio afirma que o pupilo fez o que esperavam dele.
- Teve aquela contusão muito difícil. Voltou num jogo importantíssimo em que a gente precisava muito da vitória. Conseguiu fazer uma defesa no finalzinho ajudando a gente a vencer. A partir daí, a gente engrenou várias vitórias.
- Eu acompanhei todo aquele período difícil. Então foi muito especial para ele, para mim e para todos do Botafogo que vivenciamos aquele momento muito difícil. Conseguiu voltar e ajudar o nosso time, como sempre faz. É um goleiro muito regular e sempre ajuda a equipe de diversas maneiras. Foi muito bacana e especial - encerrou Tenius.
Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro
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