Meio-campista que vai atuar no Alvinegro em 2020 teve começo de carreira igual ao de destaque do Liverpool e chega ao Glorioso com objetivo de superar período de lesões
Meia em ação pelo Athletico Paranaense (Foto: Miguel Locatelli/Athletico-PR)
A diretoria do Botafogo finalmente supriu o desejo de contratar o camisa 10 para 2020. A chegada de um meio-campista criativo era uma das prioridades do comitê de futebol desde a saída de Leonardo Valencia e o nome escolhido para a função foi o de Bruno Nazário. O jogador de 24 anos chega por empréstimo de um ano junto ao Hoffenheim-ALE e com uma cláusula de compra de 1,2 milhão de euros (R$ 5.443.800,00, na cotação atual).
A trajetória de Nazário é similar, em partes, com a de Roberto Firmino, atual titular do Liverpool, constantemente convocado para a Seleção Brasileira e uma das estrelas do futebol mundial. Os dois foram criados nas categorias de base do Figueirense e se transferiram, ainda jovens, ao Hoffenheim.
Bruno Nazário, inclusive, chegou ao time alemão muito pelo sucesso de Roberto Firmino na Europa. O Hoffenheim enxergou um modelo de negociação similar com o meio-campista e fez questão de tentar repetir o resultado positivo. Não à toa, os dois brasileiros chegaram à equipe azul a branca com 18 anos, mas os desempenhos no Velho Continente foram distintos.
Se Firmino é peça-chave no atual campeão da Liga dos Campeões, Bruno Nazário não teve espaço no Hoffenheim e acumulou empréstimos. Com apenas dois jogos na Alemanha, o brasileiro foi cedido ao Lechia Gdansk na temporada 2014-15. Em solos poloneses, foram 37 partidas disputadas, a primeira grande sequência que teve na carreira profissional.
Bruno Nazário e Roberto Firmino em treino do Hoffenheim (Foto: Reprodução/Instagram)
Desempenho no Brasil
Em 2016, Nazário foi contratado pelo Cruzeiro, mas, em uma equipe com diversas opções ofensivas, não teve espaço com Deivid, Paulo Bento e Mano Menezes, os três técnicos da Raposa no ano. O meia deixou Belo Horizonte com apenas cinco partidas disputadas.
O Guarani, time que atuou no ano seguinte, é, até agora, o ponto alto da carreira de Bruno Nazário. O meio-campista liderou o Bugre na campanha de recuperação contra a zona de rebaixamento na Série B e, em 2018, trouxe o título da Série A2 do Paulista para o Alviverde. Pela equipe do interior de São Paulo, foram 70 jogos e 15 gols marcados.
O destaque no Guarani abriu os olhos do Athletico-PR, que o contratou na metade de 2018. Mais uma vez, Bruno lutou contra uma forte concorrência na posição de armador e até teve um começo animador, mas uma lesão sofrida no joelho em setembro o afastou oito meses dos gramados. Na temporada passada, o meia não voltou para a equipe titular, mas chegou a ser uma recorrente opção para Tiago Nunes no segundo tempo das partidas.
No Botafogo, Bruno Nazário terá liberdade para assumir a titularidade na criação da equipe comandada por Alberto Valentim - Leandrinho, retornando de empréstimo junto ao Sport, será a opção direta. As duas lesões sofridas no joelho direito durante a passagem pelo Athletico Paranaense, contudo, terão que ser superadas para uma sequência positiva.
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Criatividade é o ponto-chave
Bruno Nazário se destaca pela capacidade associativa. Os passes são a forma que o meio-campista consegue se envolver diretamente com o jogo. No último Campeonato Brasileiro, o atleta teve média de 15 passes certos por partida - destes, 12 foram dados para frente ou no campo ofensivo, com 78% de acerto. Vale ressaltar que o atleta fez 14 duelos na competição. Os dados foram retirados do site "Sofascore".
Na Copa do Brasil, o meio-campista foi fundamental para a classificação do Athletico contra o Flamengo, no Maracanã. Dos pés do camisa 77, saiu a assistência, entre os defensores rubro-negros, que resultou no gol de Rony, responsável por empatar a partida e levar a decisão para os pênaltis. Apesar de ter perdido a cobrança na marca da cal, Nazário foi importante para a passagem do CAP.
Nazário, canhoto, também pode atuar pelos lados do campo, mas chega no Botafogo realmente com a ideia de assumir o controle da criação das jogadas do time. A equipe comandada por Alberto Valentim, portanto, achou o armador que tanto procurava.
Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)
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