Histórias de indisciplina no Equador do "Cazares melhorado" são tidas como coisas do passado. Aos 24 anos, casado e com uma filha pequena, reforço pretende vida nova no Alvinegro
Gabriel Cortez será o segundo "Loco" da história do Botafogo. Apelido que dá esperanças ao torcedor porque evoca o nome de Sebastián Abreu. Por enquanto, o novo reforço não quer ser comparado ao atacante uruguaio. Mas, fora de campo, o meia equatoriano mostrou uma autenticidade que faz lembrar o ídolo alvinegro.
O GloboEsporte.com foi atrás de jornalistas equatorianos e pessoas ligadas ao atleta para buscar informações sobre a origem do apelido de Cortez. Segundo Mayra Ubidia, repórter e comentarista da DirecTV Sports, a razão de o chamarem de "Loco" é curiosa e um tanto generosa.
- Na sua terra, que é Esmeraldas, ele, quando começou a ganhar dinheiro, foi a seu povo e sua cidade e começava a lançar dinheiro para ajudar a sua gente. Aí, por causa disso, falavam: "É o Loco Cortez, o Loco Cortez". E porque também tem uma personalidade super espontânea, hiperativa e alegre.
Gabriel "Loco" Cortez chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira — Foto: Davi Barros/GloboEsporte.com
Considerado por membros da diretoria alvinegra como "um Cazares melhorado", Cortez sofreu no passado com problemas de indisciplina. Apesar da constante menção à alegria e espontaneidade do jogador - inclusive nas comemorações dos gols -, alguns jornalistas ressaltam que pela experiência no Equador, Cortez não é um jogador simples de se lidar.
Revelado pelo Independiente del Valle, e integrante do time vice-campeão da Libertadores, o meia brigou com o treinador do clube ao ser substituído em uma partida. De acordo com Leo Herrera, outro jornalistas ouvido pela reportagem, os problemas continuaram no Emelec.
- Ele foi sacado do time titular em 2017. Pouco depois, disse para um veículo daqui que não queria renovar porque tinha propostas do Barcelona de Guaiaquil e do México, para onde foi. Porém, sofreu com muita lesões. Na temporada passada esteve no Emelec com muitas intermitência (lesões e pouco espaço enquanto era dirigido por Rescalvo). Quando Rescalvo assumiu, teve um problema de indisciplina além da lesão - viajou ao México para tratar de assuntos pessoais sem a permissão do treinador - e se ausentou por vários dias. Quando voltou, seu nível já estava muito abaixo do demonstrado em 2017.
Gabriel "Loco" Cortez, quando atuava pelo Emelec, seu último clube antes do Botafogo — Foto: Reprodução/Instagram
- Infelizmente jogou pouco no Emelec, infelizmente. Ele gostava de festas com os jogadores, álcool e isso diminuiu o rendimento dele, lastimosamente. É um grande jogador, grande jogador, mas tinha muitos problemas de indisciplina fora de campo. Dentro de campo, quando está disciplinado, é indiscutível que é um craque - afirmou Andrés Marriot.
"Se ele tivesse a cabeça no lugar durante toda a carreira, não conseguiríamos contratar. É muito bom" - disse um dirigente alvinegro à reportagem
Com mais uma experiência no exterior, Cortez terá a oportunidade de mostrar a maturidade que pessoas ligadas a ele e ao Botafogo pregam que agora, casado e com uma filha, o atleta adquiriu. É o que falta para, aos 24 anos, embalar de vez na carreira. Quem o viu jogar ou convive com ele destaca o potencial e elogia a qualidade do meia equatoriano.
Caberá a Cortez mostrar dentro de campo o que a torcida espera dele. Assim como foi com o primeiro "Loco" do clube. Ele terá até o fim desta temporada, quando termina o acordo atual com o Botafogo, que será assinado após os exames médicos.
Caberá a Cortez mostrar dentro de campo o que a torcida espera dele. Assim como foi com o primeiro "Loco" do clube. Ele terá até o fim desta temporada, quando termina o acordo atual com o Botafogo, que será assinado após os exames médicos.
Fonte: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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