Clube espera pagar ao menos parte dos salários de março nesta semana. Diretoria tenta resistir a pressão por retomada do Campeonato Carioca e busca soluções para administrar crise financeira
O Botafogo entra no mês de junho com trabalho a fazer e muitas decisões a tomar. Enquanto continua a queda de braço nos bastidores contra a pressa pelo retorno do Campeonato Carioca, o clube faz contas internamente e se esforça para diminuir a dívida com jogadores e outros funcionários.
A diretoria alvinegra mantém o discurso em favor do isolamento social e contra a volta ao trabalho sem a liberação expressa das autoridades públicas. No entanto, a pressão pela retomada do campeonato promete chegar ao ápice nesse mês.
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Estádio Nilton Santos, do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Em oposição junto do Fluminense, o Bota observa e inicia um planejamento. O clube aceitou projetar possíveis datas, como admitiu em nota oficial, mas não espera tomar ações práticas pela volta do trabalho presencial nos próximos dias. Liberados para treinos em casa, alguns jogadores passam a quarentena em outros estados do Brasil.
O Botafogo pode voltar em junho, mas vai se basear na posição dos governantes e na curva de mortes pelo novo coronavírus.
Clube quer evitar atraso de 3 meses
Em outra frente, a diretoria tenta administrar a crise financeira agravada pela pandemia. O grande objetivo nos próximos dias é diminuir a dívida com jogadores e demais funcionários. Há esperança de pagar salários ainda nesta semana, como publicou primeiro o site UOL Esporte.
Atletas não frequentam o Nilton Santos desde 15 de março, contra o Bangu — Foto: André Durão
O GloboEsporte.com apurou que o Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SindeClubes) solicitou na Justiça cerca de R$ 500 mil que serão usados para pagar parte dos vencimentos de março.
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No momento, o clube deve os meses de março e abril para atletas e outros colaboradores, fora direitos de imagem e vencimentos de dezembro para parte do elenco de 2019. Maio vencerá no próximo dia 5.
Em meio à crise, o clube demitiu mais de 40 funcionários há um mês. Outros fornecedores tiveram os serviços cortados. O clube estuda, ainda, acionar a MP 936 para reduzir jornadas e suspender contratos de trabalho. Até agora, a diretoria optou por não cortar parte dos salários dos jogadores.
Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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