Dirigente se aproximou da diretoria alvinegra no fim de 2019 e, junto a Paulo Autuori, ajuda a exercer o papel que antes cabia a Valdir Espinosa, falecido em fevereiro passado
Enquanto a diretoria do Botafogo define a estratégia para o retorno aos treinos e tenta minimizar o impacto da crise, um dirigente tem tido a missão especial de acompanhar o elenco de perto durante a pandemia. Integrante do comitê executivo de futebol desde dezembro de 2019, Marco Agostini foi nomeado vice-presidente de futebol após a pré-temporada.
Se a atuação do dirigente foi vista como importante no fim da última temporada, seu papel se tornou fundamental nos últimos meses. Agostini é a voz do comitê no contato direto com atletas, comissão técnica e funcionários e tem tentado tranquilizar o grupo em tempos de isolamento social e crise financeira.
Cabe ao VP, por exemplo, conversar com o elenco sobre os atrasos salariais. Na última semana, o Botafogo pagou março aos jogadores, mas segue devendo abril (férias) e maio, além de direitos de imagem.
O falecimento de Valdir Espinosa no final de fevereiro exigiu uma atuação mais forte de Agostini nos bastidores. O clube não contratou outro profissional para o cargo de gerente técnico e, junto a Paulo Autuori, o VP ajuda a ocupar o papel que antes cabia ao treinador campeão carioca em 1989.
+ Marco Agostini inicia primeiro cargo no Botafogo em 2020
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Marco Agostini, vice-presidente de futebol do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Agostini foca na reorganização administrativa do departamento de futebol, sendo responsável pela interação com setores como comercial, marketing, comunicação, jurídico e sócio-torcedor. Para facilitar o entendimento entre as áreas, o dirigente tem reuniões frequentes com os gestores e aproveita o período de pandemia para aperfeiçoar o funcionamento do clube.
- Tenho buscado implementar processos e otimizar o fluxo de trabalho de forma integrada e orgânica com todos os setores do clube. A atuação em interação com as áreas de apoio é fundamental para o resultado em campo, e entendo que aperfeiçoar esse processo é importante - disse o VP.
Na relação com a imprensa, Marco Agostini ainda é tímido e prefere ficar fora dos holofotes. Escolhido no início do ano para ser o contato dos jornalistas, o VP acabou se esquivando desse papel mais público. Assim como nas negociações: ele participa, opina, mas deixa a decisão para outros membros, como Carlos Augusto Montenegro, Ricardo Rotenberg e Manoel Renha.
Durante a quarentena, o dirigente, que é formado em Gestão de Esportes com foco no clube-empresa, participa ativamente das reuniões online entre atletas e comissão técnica e esteve no Estádio Nilton Santos nesta terça-feira, acompanhando a realização de testes da Covid-19 em funcionários, jogadores e familiares próximos.
- É uma forma de trabalhar alinhada com o conceito sistêmico e holístico que o nosso comandante Autuori sempre fala. Essa interação é necessária para que todos possam somar forças e convergir em prol do melhor para o Botafogo neste importante momento de transição do clube.
A proximidade com o técnico Paulo Autuori e o auxiliar Rene Weber, inclusive, rendeu elogios do comandante alvinegro em entrevista coletiva virtual durante a quarentena.
- O Agostini está fazendo um trabalho muito bom, incansável. Tem nos apoiado muito e tentado tudo de todas a maneiras. Sou testemunha da seriedade - disse Autuori.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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