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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Ajuda a hospitais e crianças órfãs: como Kalou, reforço do Botafogo, atua fora de campo


Atacante criou a "Fundação Kalou" em parceria com o irmão Bonaventure para ajudar pessoas na Costa do Marfim; vida do jogador alvinegro já foi retratada em filme



Depois do impacto com Keisuke Honda, o torcedor do Botafogo vai conviver com outro astro internacional com atuação marcante dentro e fora de campo. Aguardado no Rio de Janeiro nos próximos dias, Salomon Kalou chegará ao Brasil com o bom exemplo de ações que realiza além do futebol por meio da "Fundação Kalou".


A aposta do Botafogo em resultados positivos com a contratação de Salomon Kalou tem como base não apenas a carreira vencedora como jogador, mas também seu comportamento longe dos gramados. O clube espera que o atacante marfinense seja exemplo para os companheiros, considerando que atualmente o time alvinegro está repleto de jovens em formação.


- Ele ajuda financeiramente três hospitais na capital do seu país, tem trabalhos beneficentes, fala fluentemente quatro línguas, é um sujeito que tem posições interessantes sobre o mundo. É um vencedor, saiu para a Europa com 16 anos e venceu. É um tipo de exemplo muito importante para os nossos jovens - disse o vice-presidente comercial e de marketing, Ricardo Rotenberg, ao ge.


Fundação Kalou



Kalou com pacientes em tratamento de doença nos rins — Foto: Reprodução/Fundação Kalou


Com o sucesso em campo nos tempos que defendeu o Chelsea, da Inglaterra, Kalou deu um passo grande fora das quatro linhas ao iniciar a Fundação Kalou em 2009 com a doação de cerca de 600 mil dólares (cerca de R$ 2,75 milhões em valores atuais). O objetivo era financiar obras de caridade voltadas para saúde e educação em seu país natal.



O projeto é financiado com a ajuda do irmão e ex-jogador Bonaventure Kalou, com quem o atacante alvinegro atuou por um tempo no Feyenoord, da Holanda, e na seleção da Costa do Marfim.


Na área da saúde, a Fundação Kalou se dedica a ajudar especialmente pessoas com problemas de rins e/ou estômago. Além de ajudar hospitais no tratamento dessas doenças, o projeto planejou a construção de um centro de diálise renal em Bouaké, segunda maior cidade do país africano.



O envolvimento do atleta ajudou a aumentar os locais para esse tipo de procedimento na Costa do Marfim.



Fundação Kalou ajuda meninas órfãs que vivem em um centro na cidade de Grand-Bassam — Foto: Reprodução/Instagram


Nos últimos dez anos, milhares de pacientes com doença nos rins receberam tratamento graças à Fundação Kalou, que facilita o acesso à diálise das pessoas mais carentes e que moram em lugares mais distantes.


Além da ajuda na saúde, a Fundação Kalou também é voltada para o auxílio a crianças órfãs e carentes. O jogador, sempre que tem a oportunidade, se reúne com os jovens beneficiados por seus projetos, como aconteceu em celebrações do Natal nos últimos anos.



Salomon Kalou celebra Natal com crianças ajudadas por meio de sua fundação — Foto: Reprodução/Instagram


História que virou filme

A história de vida de Salomon, da infância ao sucesso como jogador de futebol, é retratada pelo filme "O Elefante Amado" (l'éléphant chéri, no título original), que mostra outro lado do atacante, que abre sua vida e fala também sobre a paixão em ajudar aos outros.


Salomon Kalou, nascido na cidade de Oumé, tem dez irmãos e cresceu vendo a família enfrentar dificuldades financeiras, mas o esforço da mãe Helene e o forte laço de amizade cultivado entre os familiares o deu força para perseguir o sonho, como já revelou em entrevistas passadas.


Luta contra o racismo


A atuação de Kalou além do futebol ultrapassa as iniciativas promovidas por sua fundação. O atacante já emprestou sua poderosa voz para a causa antirracista, como aconteceu há três anos. Ele se juntou aos companheiros de Hertha Berlim para um protesto durante a execução do hino nacional, quando os jogadores do time alemão se ajoelharam em manifestação contrária a episódios de racismo na ocasião.


- As pessoas não podem negar que esse tipo de comportamento (racista) existe... Para mim, racismo é como terrorismo - disse Kalou em entrevista à ESPN em 2017.




Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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