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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Pedro Raul alcança melhor média entre artilheiros do Botafogo desde os tempos de Loco Abreu


Atacante faz seis gols em jogos oficiais em 2020 e analisa lance contra o Flamengo: "Meu gol mais bonito". Números são os maiores desde 2011, quando o camisa 13 marcou 26 vezes


Seis gols em 12 jogos oficiais. Ainda é o início, mas os números de Pedro Raul empolgam o Botafogo, que há tempos não via um atacante com essa eficiência. Mais precisamente, há 10 anos, quando Loco Abreu era a grande referência do ataque alvinegro.



Pedro Raul, gol, Flamengo x Botafogo — Foto: André Durão/ge


A média de 0,5 gol por jogo coloca o camisa 9 à frente dos outros artilheiros do período. Vale lembrar que a temporada apenas começa o momento de maior exigência, com o Brasileirão e as fases finais da Copa do Brasil. Mas o atacante já está na cola dos goleadores das últimas duas temporadas, por exemplo. Alex Santana, em 2019, e Brenner e Kieza, em 2018, precisaram de mais de 40 partidas para marcar 10 gols.



- Verdade, são números que me agradam. Se contarmos o amistoso são sete gols. Na verdade, eu não busco ultrapassar ninguém e sim fazer meu melhor pelo Botafogo. Se isso acontecer, será de forma natural. Tenho objetivos aqui no Botafogo, mas com o grupo e não de forma individual - disse Pedro ao ge.


Artilheiros do Botafogo desde 2010


O último gol do atacante foi no clássico do último domingo, contra o Flamengo, que terminou em 1 a 1. Pedro entrou no segundo tempo e marcou de voleio, nos minutos finais, de um ângulo que parecia improvável. O empate do rival aconteceu logo depois, mas ficou o sentimento de boa atuação.


- Na verdade era a minha única opção. Se eu coloco a bola para o meio da área a chance de fazermos o gol era mínima, porque tinha muitos jogadores deles, então eu tentei arriscar e fui feliz. Realmente é muito difícil aquela jogada, porque tem que pegar em cheio, "na veia", como dizem. Se não for dessa forma, você isola a bola. Mas fiquei feliz pelo gol, bom que dá mais confiança para os próximos jogos - comentou o camisa 9.




Reveja o lance


Bate-bola com Pedro Raul

O gol contra o Flamengo foi o mais bonito da carreira?


- Foi um gol bonito porque gerou improviso da jogada. Ninguém treina um voleio, são situações de jogo que acontecem e a gente tem que estar pronto para finalizar. Mas ao meu ver foi o meu gol mais bonito sim, ainda mais em um clássico, no Maracanã. Acho que isso contribui também.



Gol de voleio foi o sexto na temporada — Foto: André Durão/ge


Como tem sido a briga por posição com Matheus Babi, que também começou bem?

- Matheus é um menino do bem, vem treinando muito bem e vem merecendo as oportunidades que vem tendo. Não existe Pedro contra Matheus, os dois estão aqui para ajudar o Botafogo e podemos ajudar a equipe atuando junto, como já foi visto isso, principalmente pelo alto.


Esperava-se que jogasse um ou outro, mas vocês atuaram juntos nas últimas rodadas. O que Autuori pediu?


Contra o Atlético-MG ele pediu pra fixar bem os zagueiros, mas como eles jogavam com muito jogo interior pelo Allan, eu ficava bastante preocupado em cortar a linha de passe dos zagueiros para o primeiro homem de meio campo. Um dos motivos da gente ter ficado bastante recuado. Mas foi uma estratégia do jogo, que deu certo pela eficiência da marcação e do empenho do time. Contra o Flamengo ele pediu para o Babi abrir mais pela direita, pra que eu pudesse jogar centralizado.



No início do ano, você colocou uma meta mínima de 10 gols, mas já está quase alcançando. Dá para aumentar?

- Não falei que tenho meta de 10 gols. Apenas disse que gostaria de fazer o quanto antes. Apenas isso. Estou me aproximando do número, mas isso vem em segundo plano. Se o Botafogo estiver bem na competição e eu conseguir ajudar de outras formas, está valendo também. Não sirvo apenas para gols (risos). Posso contribuir dando espaço para outros jogadores e ajudando com passes.



O último gol do atacante foi no clássico do último domingo, contra o Flamengo, que terminou em 1 a 1. Pedro entrou no segundo tempo e marcou de voleio, nos minutos finais, de um ângulo que parecia improvável. O empate do rival aconteceu logo depois, mas ficou o sentimento de boa atuação.


- Na verdade era a minha única opção. Se eu coloco a bola para o meio da área a chance de fazermos o gol era mínima, porque tinha muitos jogadores deles, então eu tentei arriscar e fui feliz. Realmente é muito difícil aquela jogada, porque tem que pegar em cheio, "na veia", como dizem. Se não for dessa forma, você isola a bola. Mas fiquei feliz pelo gol, bom que dá mais confiança para os próximos jogos - comentou o camisa 9.



Fonte: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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