Um ano após ser demitido, em outubro de 2019, treinador retorna para ser o quinto no comando nesse ano e chega após clube esgotar alternativas com demissões, contratações e negativas
Até chegar ao nome de Eduardo Barroca, o Botafogo revirou o mercado durante o ano e esgotou opções no meio das cinco trocas de técnicos em 2020. Pressionado pelo risco de rebaixamento, o clube mudou o comando de novo como última aposta para fazer o time reagir, mas aumentou a crise que atrapalha a luta no Brasileirão.
Desde a saída de Paulo Autuori, em outubro, a diretoria buscou quem fizesse a equipe evoluir. Isso porque o resultado já não era aprovado mesmo com o experiente treinador. Bruno Lazaroni foi efetivado, mas durou menos de um mês. O preparador de goleiros Flávio Tênius teve que apagar incêndio e o argentino Ramón Díaz foi demitido antes mesmo de estrear.
Agora, a bola da vez é Barroca, que havia sido descartado há poucos meses, quando foi estudado antes de Lazaroni e Ramón. A preferência do Botafogo foi por um técnico com mais experiência, mas os nomes consultados estavam empregados, fora da realidade salarial ou não toparam o desafio.
Mesmo antes de fechar com Barroca, a diretoria estudou outros candidatos. Lisca, do América-MG, Marcelo Chamusca, do Fortaleza, e Mauricio Barbieri, do Bragantino, são bem avaliados, mas estavam empregados e demandariam esforço financeiro e de convencimento. Por isso, a escolha foi pelo retorno do treinador que teve bom momento em 2019.
O contrato será até o fim do Brasileirão. A depender do resultado, pode ser renovado. As partes sentarão para conversar em fevereiro, quando termina a atual temporada.
Eduardo Barroca, Botafogo, treino — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Jogadores apoiam Barroca
Foram 418 dias entre a demissão, em 6 de outubro de 2019, até o anúncio do retorno de Barroca, nesta sexta-feira. Tudo foi definido em poucas horas. Na noite da última quinta, a diretoria bateu o martelo pela saída de Ramón. Em seguida, fez contatos e conseguiu tirar o então treinador do Vitória.
Os jogadores não gostaram de mais uma troca de comando. Mas, tomada a decisão, a escolha por Eduardo Barroca foi bem recebida. O momento de bom futebol e resultados que aconteceu em parte de 2019 gerou lembranças positivas. Pesou a favor do novo técnico o fato de conhecer o elenco. Porque apesar das muitas mudanças, boa parte dos atletas veio das divisões de base e têm história com o treinador.
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A mudança relâmpago teve participação ativa do (na teoria) dissolvido comitê de futebol. A promessa era o afastamento de alguns cartolas tarimbados após a eleição da última terça-feira, mas a novidade adiou os planos. O presidente eleito Durcesio Mello foi consultado, mas não teve participação ativa.
Até fevereiro, a tendência é que o vice de futebol, Marco Agostini, e o gerente Túlio Lustosa comandem o dia a dia junto de uma equipe de transição de Durcesio, que assume em 2021. O que só será confirmado na prática. Dos "cardeais", o único que com certeza não participará mais é Manoel Renha, que saiu do Brasil para um compromisso familiar.
Barroca chega ao Rio de Janeiro na manhã deste sábado. A programação é que seja apresentado e comande o treinamento na parte da tarde, com oito dias de trabalho até a estreia, contra o Flamengo, pelo Brasileirão. Ele chega junto do auxiliar técnico Felipe Lucena e do preparador físico Anderson Gomes.
Fonte: Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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