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sábado, 5 de dezembro de 2020

Após derrota para o Flamengo, auxiliar admite situação "muito ruim" do Botafogo no Brasileirão


Em estreia da comissão, Felipe Lucena esteve à beira do gramado no lugar de Eduardo Barroca, que testou positivo para Covid-19, mas não conseguiu evitar o 5º revés consecutivo da equipe





Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Flamengo pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro



Após a derrota do Botafogo por 1 a 0 para o Flamengo, neste sábado, o auxiliar-técnico Felipe Lucena concedeu entrevista coletiva e admitiu que a situação da equipe no Campeonato Brasileiro é "muito ruim". O time, que não vence há oito jogos, perdeu as últimas cinco partidas e amarga na penúltima colocação, com apenas 20 pontos. O lanterna é o Goiás, que soma 16.


Lucena comandou a equipe no lugar de Eduardo Barroca, que testou positivo para o novo coronavírus na última semana. Esta foi a estreia da comissão técnica do clube, a quinta desde o início da temporada.


– A partir do momento que nós aceitamos esse desafio, a gente sabia da situação do clube na tabela da competição, sabíamos que enfrentaríamos uma situação que não é nada... Na verdade, neste momento, é (uma situação) muito ruim – disse o auxiliar.


– Mas chegamos para passar confiança para os jogadores, para eles pegarem o mais rápido possível nossa metodologia de trabalho para conseguir sair dessa situação incômoda. Fizemos uma grande semana de trabalho, os jogadores assimilaram muita coisa que a gente pensa, para gente conseguir o objetivo final que é terminar com o Botafogo na primeira divisão da competição – completou.



Felipe Lucena em entrevista coletiva após derrota do Botafogo para o Flamengo — Foto: Reprodução



Confira as outras respostas da coletiva:


ANÁLISE DO JOGO

– Nós tínhamos o combinado de começar o jogo bem forte, foi o que aconteceu, começamos em cima do Flamengo. Tivemos o mesmo número de finalizações do Flamengo na partida. Na verdade, eles tiveram 14, nós 13. E, dos dois clubes, três finalizações no gol. Independentemente do volume, da posse da bola, que a deles foi maior do que a nossa, a gente finalizou a mesma quantidade que eles no gol e uma finalização a menos em todo o jogo. O combinado era realmente começar forte, a gente conseguiu fazer isso...


– No andamento do jogo, pela qualidade também do adversário, ele foi empurrando o Botafogo para trás. A gente ficou acoado ali no final do primeiro tempo e início do segundo, mas no final da partida a gente também teve chance de empatar o jogo e, pelo menos, conquistar esse ponto que não aconteceu. Agora não adianta a gente lamentar, a gente tem que pensar naquilo de bom que aconteceu no jogo, naquilo que a gente pode levar para o próximo, que já é o São Paulo na quarta-feira, para gente conseguir o resultado lá e já começar a sair dessa situação incômoda que a gente está no momento.



FALTA DE APOIO PELOS LADOS DO CAMPO

– A gente tinha uma estratégia de início de jogo: criar superioridade por dentro, pelo meio. O Flamengo empurrou quatro jogadores em cima da nossa última linha e ficava com dois jogadores só para marcar no meio. A gente levava o Nazário um pouco mais para dentro, com o Rhuan, para quando a gente roubasse a bola, a gente usar o lado de campo e explorar bastante as costas da defesa do Flamengo. Era uma estratégia nossa, que, no início do jogo, acredito que deu certo. Depois, a gente parou de usar essa situação, continuou forçando muito jogo por dentro, conseguiu até êxito em algumas situações. Em outras, dava o contra-ataque para o Flamengo.


– A gente precisa continuar passando confiança para os jogadores. É um grupo de grandes jogadores, é um grupo que acredita que pode sair dessa situação e não vai ser uma derrota no clássico que vai tirar essa nossa confiança, tirar a confiança do nosso treinador, naquilo que ele acredita. E a gente vai seguir nesses 15 jogos para tirar o Botafogo dessa situação. E confiamos que isso vai acontecer.


ERROS FREQUENTES NA SAÍDA DE BOLA


– A gente usou uma estratégia para manter a posse de bola no 1º tempo. O adversário, no início do jogo, teve dificuldades em marcar a gente, mas durante o 1º tempo eles empurraram a gente para trás, também com a qualidade. Eles já se comportam assim desde o ano passado, com o treinador antigo, de pressionar os adversários no campo. E a gente estava se desgastando muito, se defendendo e com pouco espaço para contra-atacar. Nossa estratégia de 2º tempo foi de ter mais a bola, aproximar os nossos jogadores, para respirar, ter o controle maior do jogo. Infelizmente aconteceu um fato isolado, a gente errou uma saída de bola e sofreu um gol. Nada que vá mudar o nosso pensamento, a gente pensa, sim, no Botafogo ter o controle do jogo, do Botafogo, quando não tiver a bola, pressionar o adversário.



CONFIANÇA DO GRUPO


– Se nós aceitamos o desafio, nós sabíamos da condição do Botafogo já vinha. Isso não abalou em nada nossa escolha. A gente chegou aqui realmente para passar confiança aos jogadores, entenderem que eles podem, é um grupo experiente. Alguns deles de Copa do Mundo. Eles entendem a situação de que eles precisam voltar a vencer para gente sair dessa situação. E o nosso desafio como comissão técnica é transmitir essa confiança para que a gente volte a vencer na competição. Não vai ser uma derrota num clássico, num gol esporádico... Acredito que quem assistiu ao jogo, viu duas equipes, talvez com propostas diferentes, mas que finalizaram o mesmo número de gol. Daqui pra frente, é a gente passar confiança aos jogadores. Não só eu, mas nosso comandante Barroca, esperar ele voltar da Covid, e a gente dar continuidade ao trabalho. A gente ainda tem 15 jogos pela frente para tirar o Botafogo dessa situação.


O QUE LEVAR DE BOM PARA O PRÓXIMO JOGO?

– Nosso início do jogo em que a gente pressionou o adversário, criou situação de gol. O adversário não criou oportunidades. Talvez hoje no Brasil uma das equipes que criam mais oportunidades no gol adversário não criou contra a gente. Defensivamente, a gente foi bem forte. Uma equipe bem sólida, bem consciente. Em um lance de saída de bola nossa, não de ataque deles, a gente deixou a desejar em uma situação e sofreu o gol. Nada que vai abalar nossa confiança. O torcedor pode esperar muito trabalho para gente sair dessa situação.



Fonte> Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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