Ao ge, goleiro diz que sua permanência "não tem nada a ver com ficar na Série A" e revela incômodo com comentários sobre recuperação
Com complicações no edema ósseo que sofreu no joelho direito, Gatito Fernández não deverá vestir a camisa do Botafogo mais nesta temporada. Enquanto o goleiro e o departamento médico do clube estudam caminhos para uma melhor recuperação, o paraguaio se diz "revoltado" por estar sem jogar e revela incômodo com comentários que lê nas redes sociais.
- Simplesmente tive uma contusão grave e o tratamento está em andamento ainda. Não tem ninguém mais revoltado do que eu. Minha família e meus amigos percebem isso todos os dias - disse Gatito ao ge.
A reportagem apurou que um medicamento aplicado no joelho do goleiro quando ele defendia a seleção paraguaia, em jogo contra o Peru, no dia 8 de outubro, pode ter piorado a situação de Gatito. O Botafogo já havia alertado aos paraguaios da lesão do jogador, que ainda não estava liberado para atividades de impacto. A última vez em que Gatito entrou em campo pelo Botafogo foi no dia 23 de setembro, no empate em 0 a 0 com o Vasco, que classificou os alvinegros às oitavas de final da Copa do Brasil.
- O que me incomoda é ouvir alguns comentários de que não estou me esforçando para voltar por causa da situação do time. E como o Botafogo estava em 2018 e 2019? Também foram anos difíceis e sempre estive junto. Por que seria diferente agora? Tenho metas pessoais, como ser o estrangeiro com mais jogos pelo Botafogo, por exemplo. Sem atuar não vou conseguir - afirmou o goleiro.
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No início desta semana, o ge trouxe a informação de que o goleiro poderia sair caso o Botafogo seja rebaixado à Série B do Brasileirão. Gatito garante que sua permanência não depende do futuro do time, mas sim do mercado e que poderia sair caso haja uma proposta boa para as duas partes.
- Eu tenho contrato com o Botafogo até o final de 2021. Minha permanência não tem nada a ver com ficar ou não na Série A. Até porque nos anos anteriores já recebi algumas propostas e preferi ficar. O Botafogo é gigante e isso basta pra qualquer atleta se encher de orgulho por vestir essa camisa. Em qualquer divisão. A questão é de mercado e, se surgir algo bom para todas as partes, vamos sempre conversar.
Gatito Fernández abre o jogo sobre lesão e futuro no Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
O goleiro conta que, nos bastidores, tem dado suporte aos companheiros e está em contato constante com todos os setores do futebol profissional.
- Neste último jogo contra o Athletico, eu estava com o grupo no estádio. Nas semanas sem jogos a convivência nos treinos é mais intensa. Conversando com os companheiros podemos ajudar também de alguma maneira. É muito melhor estar em campo, mas como estou aqui há muito tempo, tenho a liberdade de poder usar a experiência como exemplo ou inspiração.
Outras declarações de Gatito
Lesão
- Infelizmente foi um problema mais grave que esperávamos. Minha dedicação e dos que me cercam e intensa e todos no clube sabem. O que me deixa também muito chateado é ouvir de algumas pessoas em redes sociais, por exemplo, que já estou clinicamente recuperado. Isso é mentira. Ou que estaria envolvido em "mais uma polêmica". A única que aconteceu, e já me desculpei, foi o episódio do VAR.
Muito se fala que o Botafogo perdeu líderes ao longo da temporada e não conseguiu repor isso. Pelo tempo de casa e experiência, por que não conseguiu tomar a frente, apesar de ser referência?
- Talvez você esteja falando sobre me posicionar em entrevistas, coletivas. Estou há muito tempo sem atuar e seria um desrespeito com os que estão lutando em campo ficar de fora falando sobre o time. Internamente tenho minhas convicções e, mesmo sem estar jogando, procuro colaborar conversando com todos os setores do futebol profissional.
Pela sua importância no Botafogo, você esperava uma valorização maior, como um projeto para longo prazo?
- Sim, isso eu já disse. Embora entenda a difícil situação do clube. Mas uma sinalização mostraria desejo de um projeto a longo prazo, sem dúvida.
Confiança no Botafogo
- Eu acredito nesse grupo e não podemos desistir. Até porque, se não conseguirmos, temos de saber que fizemos todo o possível.
Fonte: Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
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