Volante foi um dos pontos positivos do time na desastrosa campanha de 2020; nomes como Pedro Castro e Matheus Frizzo ganham frente, mas Romildo e Kayque também esperam chances
O Botafogo perdeu na última sexta-feira o principal destaque da temporada 2020. Negociado com o Vancouver Whitecaps, do Canadá, Caio Alexandre se despediu do clube onde foi criado e se tornou titular já no primeiro ano como profissional. Apesar da campanha desastrosa e da queda para a Série B, o volante de 22 anos foi um dos poucos pontos positivos do time. A caminho de disputar a MLS, ele abre caminho para outros jovens e para reforços que chegam com potencial para assumir a vaga.
A verdade é que desde que chegou ao Botafogo, Marcelo Chamusca já não contava com Caio Alexandre, que está em processo de negociação desde a reta final do Campeonato Brasileiro. O técnico aproveitou os últimos três jogos para fazer testes e observar jogadores que tem à disposição. No meio de campo, cinco nomes revezaram na posição de volante.
No primeiro momento, Luiz Otávio ganhou vaga no time de Chamusca. Questionado pela torcida, o volante faz um início de temporada regular após assumir o lugar que na última temporada era de Zé Welison, que se recuperou de torção no tornozelo nas últimas semanas.
Caio Alexandre é um volante moderno, criativo e que organiza o jogo. Foi assim que sobressaiu no Botafogo em 2020: com passes de qualidade e boa movimentação, terminou a temporada em alta. A visão de jogo e a capacidade de quebrar as linhas adversárias fizeram do meio-campista a válvula de escape do time, que na maioria das vezes dependeu do jovem na transição e construção do jogo.
Pedro Castro em Moto Club x Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Para assumir essa responsabilidade, dois nomes saem na frente com Marcelo Chamusca. A principal opção nesse momento é Pedro Castro. Nas duas primeiras partidas com a camisa alvinegra, o volante mostrou boa mobilidade, bom toque de bola e fez o jogo andar. Grata surpresa, o reforço ainda fez um belo gol de falta na goleada sobre o Moto Club pela Copa do Brasil.
Com apenas 31 minutos jogados, Matheus Frizzo teve espaço para surpreender. Também tem familiaridade com a bola e se movimenta bem. Assim como o parceiro de time, fez um golaço de voleio contra o adversário maranhense.
Pedro Castro e Matheus Frizzo se credenciam como boas opções para o espaço deixado por Caio Alexandre. Mas, a exemplo do volante, outros crias da casa buscam oportunidades com Chamusca. Rickson, que voltou de empréstimo do América-MG, participou de dois jogos. Romildo apareceu bem na reta final da última temporada e ainda trabalha a parte física após fratura na mão. Kayque entrou bem quando solicitado e renovou até o fim do Carioca. O próprio Zé Welison quer retomar espaço.
Volantes escalados por Marcelo Chamusca:
Botafogo 0x0 Boavista (Campeonato Carioca): Luiz Otavio, Rickson e Zé Welison;
Botafogo 3x0 Resende (Campeonato Carioca): Luiz Otavio, Pedro Castro e Zé Welison
Moto Club 0x5 Botafogo (Copa do Brasil): Luiz Otavio, Pedro Castro, Matheus Frizzo, Zé Welison e Rickson
Pelo estilo de jogo, Chamusca gosta de um meio de campo técnico para facilitar as transições rápidas para o ataque. Bom passe e capacidade de articulação se encaixam no perfil do time do treinador. Além do substituto de Caio Alexandre, o comandante precisará buscar um nome para a vaga de Bruno Nazário. O Botafogo já assinou com o meia Felipe Ferreira, mas outros reforços para o setor são aguardados nos próximos dias.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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