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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

CEO revela que Botafogo conversa com a Prefeitura sobre extensão da cessão do Nilton Santos


Jorge Braga afirma que Botafogo busca extensão do período de uso do estádio para poder negociar "naming rights" e conseguir novas receitas para o clube



Em atualização


Na noite de aniversário de 117 anos do Botafogo, o clube realizou uma live no YouTube com o presidente Durcesio Mello, o CEO Jorge Braga e também o diretor de negócios Lênin Franco. Um dos momentos da live contava com perguntas do torcedor nas redes sociais para Jorge e Lênin. Em determinado momento, o diretor-executivo respondeu sobre novas receitas que o clube busca, mais especificamente sobre o Estádio Nilton Santos.


- A preocupação em rentabilizar o estádio é enorme. O acordo com o painel de led está bem avançado, basta ser submetido ao Conselho Deliberativo. Não só essa, como muitas outras iniciativa. Perguntam muito também sobre naming rights.





Botafogo busca ampliar cessão do Estádio Nilton Santos com a Prefeitura — Foto: André Durão / ge



- A gente tem conversado exaustivamente com todos os parceiros do mercado, qualquer grande investimento desse tipo tem a ver com prazo de período que o parceiro pode usar o estádio. Hoje temos mais 10 anos de prazo de concessão do Nilton Santos e estamos conversando com a Prefeitura para ampliar esse prazo. Essa ampliação que permite o retorno dos investidores e destrava todas essas iniciativas. Tem dívidas e problemas jurídicos, mas em breve teremos boas notícias.


Além da preocupação em ficar mais tempo com a cessão do estádio, há a preocupação com o que acontece dentro dele. O gramado tem chamado a atenção de forma negativa e até o Botafogo já foi vítima do "montinho artilheiro" na última derrota. A própria diretoria do clube reconheceu o incômodo com o gramado atual do estádio.


- Ninguém está satisfeito com o gramado, se pudéssemos faríamos um campo novo. Temos cobrado duramente o fornecedor que trata da grama e exigido fazer mais com menos. Se o conjunto de ações que nos foi prometido não for resolvido eventualmente até a substituição do fornecedor é uma opção.




Botafogo lança nova camisa na cor azul


Além do Nilton Santos, outros temas também foram abordados por Lênin, Jorge e Durcesio. O CEO explicou como andam algumas questões financeiras, como pagamento de salários e tentativa de voltar ao Ato Trabalhista. Confira essas e outras respostas abaixo.



Salário

- Isso tem sido uma luta diária e talvez essa gestão tenha pecado por não dar perfeita transparência à questão financeira. Quando cheguei em março o caixa só sobrevivia questão de semanas, mas o compromisso com o pagamento em dia está sendo mantido. Manter salários em dia é obrigação de qualquer administrador correto. Hoje o nosso camisa 10 são os salários em dia.


Ato Trabalhista

- Em função do não pagamento em dezembro de 2020 o Botafogo foi questionado. Entramos com recurso para manter essa importante repactuação, que é um pedaço grande das nossas dívidas. A gente acha que nosso mérito é bom e vamos continuar recorrendo para que ele seja mantido. Nesse momento estamos sofrendo os resultados do não pagamento de uma das parcelas do Ato.


Compra de Chay

- A gente tem acompanhado de uma forma mais estruturada, com indicadores de performance, o desempenho individual e coletivo do grupo. Toda boa oportunidade, quando a gente percebe que precisa reforçar, a gente se debruça toda ela. O Chay ocupa um espaço no coração da torcida e no nosso coração, só que esse espaço veio junto com a valorização das condições do atleta.


- Estamos em conversas avançadas para tentar conciliar a expectativa do jogador e dos seus agentes com as possibilidades financeiras do Botafogo. Ainda não temos solução, mas esperamos ter uma resposta em breve.


S/A

- Essa lei do clube-empresa vai ser muito importante para os clubes de maneira geral, não só o Botafogo. O Botafogo está um pouco na frente porque já foi aprovado em conselho, foi o primeiro clube que deu a largada nesse projeto de clube-empresa, que chamamos de S/A aqui. Ela vai voltar e vai ser aprovada do jeito que estava. Isso vai dar uma segurança jurídica, toda uma atração para os investidores. Não gosto de prometer data porque prometi no passado e não me dei bem, mas acho que em breve a gente vai começar a ter notícias.



- Porque o futebol brasileiro ainda é o futebol brasileiro, ainda é o grande celeiro de craques. Existe muita gente lá fora, muito investidor e até clubes interessados em investir no futebol brasileiro. Não sei quando, não posso prometer isso mais. Tenho minha expectativa, mas não vou falar. Brevemente o torcedor botafoguense vai ter uma notícia boa.


Patrocínio máster

- A gente não pode cravar uma data, eu tenho 20 dias de clube. A gente está reestruturando todo o projeto comercial, precificando, ajustando as entregas para os patrocinadores. Eu tenho uma rede de relacionamentos grande e estou usando dela para tentar atrair o maior número de empresas possível. Não é só patrocínio máster, a gente precisa trazer receita, temos várias propriedades disponíveis na camisa do Botafogo, faz parte do trabalho gerar essa credibilidade no mercado, que o Botafogo perdeu, mas sem dúvidas vai recuperar.


CT

- A colaboração da torcida é fundamental, mas temos recebido sugestões muito parecidas. O CT é fundamental, nenhum time tem uma história grande, sustentável e de valor se não tiver um centro de treinamentos. As discussões estão evoluídas, estamos resolvendo as questões financeiras, tributárias e jurídicas nesse momento.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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