Clube chegou a recusar quase R$ 200 mil mensais para o patrocínio master; mesmo com dificuldades financeiras, diretores adequam propostas pensando em resgatar credibilidade
A ascensão do Botafogo na Série B não é a única mudança de postura vivida pelo clube na temporada. Fora das quatro linhas, a diretoria faz um movimento pela profissionalização e transformou o modelo de negociações, seja com possíveis reforços ou com parceiros interessados em atrelarem sua marca ao time alvinegro.
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A dificuldade dos últimos anos na busca por patrocinadores prevalece também nesta temporada, mas, mesmo com a necessidade de fazer dinheiro novo, o clube mudou a estratégia pensando na valorização da Estrela Solitária no médio e longo prazo.
A nova forma de atuar no setor comercial teve início com as contratações do CEO Jorge Braga e do diretor de negócios Lênin Franco. A leitura dos executivos é que o Botafogo precisa recuperar a força da marca e, para isso, terá que adequar as propostas de acordo com o que pensa ser merecido.
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Jorge Braga, Lênin Franco e Durcesio Mello — Foto: Botafogo/Divulgação
No passado recente, o desespero por novas receitas fez o clube ceder e fechar contratos com valores bem abaixo do que estava acostumado a negociar. Exemplo disso foi revelado na última semana por Lênin. Ao anunciar parceria com a Estrela Bet para as mangas da camisa, o diretor de negócios disse que o valor acordado é maior do que o anterior, quando o time disputava a Série A.
O desafio agora é conseguir um parceiro para o master. No ano passado, o espaço mais nobre do uniforme ficou desocupado por alguns meses até o clube fechar parceria com a processadora de alimentos Gold Meat em novembro, mas por valores que a atual diretoria não considera aceitáveis.
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No caso da Estrela Bet, o Botafogo enviou uma proposta para a empresa ocupar o espaço master com valor estipulado, mas o parceiro fez uma contraproposta abaixo já visando outro lugar na camisa. Para agradar o novo patrocinador e conseguir um valor melhor, a saída foi ceder o espaço no peito nas partidas de maior visibilidade na Série B, contra Cruzeiro e Vasco.
O Botafogo já recebeu algumas propostas de patrocínios para o master e outros espaços, mas nenhuma agradou. O clube chegou a recusar quase R$ 200 mil mensais e ouviu ofertas até menores para o lugar mais notório da camisa. A leitura foi que o Bota passava uma imagem de que estava se vendendo por muito pouco. Com os contatos do novo diretor de negócios, a ideia é se reposicionar no mercado e resgatar a credibilidade, mesmo que isso possa sacrificar acordos para dinheiro imediato.
Apresentado pelo Botafogo, Rafael se emociona e diz que está realizando um sonho de infância (https://ge.globo.com/video/apresentado-pelo-botafogo-rafael-se-emociona-e-diz-que-esta-realizando-um-sonho-de-infancia-9860387.ghtml)
O receio é que, caso aceite um valor abaixo do que considera justo para o principal espaço da camisa, isso poderá gerar uma reação em cadeia e desvalorizar os demais espaços. A nova estratégia, então, visa fugir dos contratos ruins e conseguir nos próximos anos acordos vantajosos e que valorizem a marca do Botafogo.
O uniforme atual do Botafogo tem seis patrocinadores: Kappa (fornecedora de material esportivo, no lado direito do peito), Centrum (barra frontal), Tim (dentro dos números), Eletromil (barra traseira), Estrela Bet (mangas) na camisa, além do Cartão de Todos no meião dos jogadores.
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Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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