Novo treinador tem quase o dobro de aproveitamento do antecessor, precisa de menos finalizações para marcar um gol e apenas 3,1% dos chutes adversários viram gols
Cada torcedor vê, à sua maneira, as diferenças no Botafogo de Enderson Moreira para o de Marcelo Chamusca. Mas o que os números mostram na Série B - além de o aproveitamento ser quase o dobro - é que o time é mais eficiente, mesmo tendo marcado um gol a menos nos 10 jogos do técnico mineiro. Isso porque o Botafogo precisa, em média, de uma finalização a menos para marcar um gol (7,5 contra 8,9). Todos os números desta reportagem são do scout da Globo.
Ainda na parte da frente, um número que pode ajudar a explicar o motivo de o Botafogo ter maior eficiência é a quantidade de finalizações que acertam o gol. Considerando chutes e cabeçadas que terminaram em gol ou que o goleiro defendeu, com Enderson as finalizações do Botafogo tinham a direção do gol em 41% das vezes. Com o técnico anterior este número era de 36,8%.
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Enderson Moreira tem aproveitamento de 83,3% contra 43,3% de Marcelo Chamusca com o Botafogo na Série B — Foto: Alexandre Durão
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Quando o Botafogo ataca, outros dois números chamam a atenção e indicam que o time de Enderson Moreira trabalha mais em busca de ataque dos espaços nas costas do adversário e menos nas jogadas individuais. Com a lesão de Ronald contra o CRB (ainda no período de Chamusca), sobrou ao atual técnico contar com Diego Gonçalves como atacante com mais característica de drible já que Marco Antônio é mais meia - função ocupada por Chay na escalação alvinegra.
Dessa forma, o número de dribles do Botafogo caiu pela metade. De 119 nos 10 primeiros jogos da competição, passou para 60 nos 10 últimos. E para ilustrar a busca por espaço entre a zaga e o goleiro, a quantidade de impedimentos marcados contra o Botafogo foi de 14 para 30.
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Além da eficiência ofensiva, o Botafogo também tem se dado melhor na defesa. Com apenas quatro gols sofridos, o time de Enderson Moreira viu os adversários terem duas finalizações a mais por partida em média. Mesmo assim, o número gols sofridos nesses 10 jogos é bem menor que os 14 no período com Marcelo Chamusca. De 102 finalizações sofridas com Chamusca, 13,7% viraram gols. Com Enderson, apenas 3,1%.
Outro dado que chama a atenção é a diminuição no número de desarmes, por mais que tenha uma diferença de apenas uma falta cometida a mais, os desarmes diminuíram no período. De 18 por jogo, agora a média é de 15,9. Confira todos os números citados nesta matéria (e outros) na tabela abaixo.
As estatísticas ajudam a explicar como o Botafogo joga, mas não é possível determinar isso sem assistir às partidas. Alguns ressaltam que o ânimo do time mudou, outros falam que há mais compactação e estudo do adversário, coisas que não necessariamente é perceptível por números.
O time de Enderson Moreira volta a campo no próximo sábado às 16h30 (de Brasília), quando recebe o Londrina no Nilton Santos, pela 23ª rodada da Série B. Com 38 pontos, o Botafogo ocupa a terceira colocação, mas pode ser ultrapassado pelo Goiás, que tem um jogo a menos. A vantagem para o quinto colocado é de três pontos.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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