Quase 15 anos depois, jogador retorna ao futebol brasileiro após passar por Inglaterra, França e Turquia. Na bagagem, leva experiência e repertório de quem atuou no nível mais alto do esporte
Rafael não volta ao futebol brasileiro apenas 13 anos mais velho. O jogador foi para o futebol europeu antes dos 18 anos como um jovem lateral-direito. Agora, retorna mais experiente e versátil como atleta depois de jogar também no meio de campo e no ataque.
No estrangeiro, o momento da carreira mais acompanhado pelos brasileiros foi nas temporadas pelo Manchester United, de onde ele saiu em 2015. De lá para cá, Rafael se desenvolveu na França e na Turquia para não ficar preso apenas ao lado direito da defesa. O próprio jogador falou sobre isso na entrevista coletiva de apresentação no Botafogo.
- Todo mundo sabe que sou lateral, mas o Enderson vai ver o que precisa. Eu, sinceramente, gosto de jogar de lateral e de segundo volante. Joguei muitas vezes de ponta na Europa, mas minhas duas posições preferidas são essas. Vai depender da escolha do professor e da minha adaptação com a equipe - explicou.
Rafael já começou a treinar com o Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Para saber mais sobre os outros passos da carreira de Rafael na Europa, o ge foi atrás de quem acompanhou de perto, tanto na França quando na Turquia. A começar por um ex-companheiro que dividiu o campo com o botafoguense, o zagueiro Léo Duarte. Eles disputaram juntos a última temporada pelo Istanbul Basaksehir.
- Aqui, ele atuou dessa forma e foi muito bem quando precisou se adaptar à posição de volante. Além disso, ele também atuou como ponta, jogando na frente do lateral. Ele tem muita inteligência e bagagem para atuar em posições diferentes - disse ao ge.
- É um lateral completo, que sabe marcar bem e sabe apoiar bem. Ele tem bastante força física e velocidade também, além de sempre dar a vida dentro de campo - completou.
Botafogo tem nove vitórias em 11 jogos sob o comando de Enderson Moreira (https://ge.globo.com/video/botafogo-tem-nova-vitorias-em-11-jogos-sob-o-comando-de-enderson-moreira-9863982.ghtml)
Depois de deixar a Inglaterra, Rafael jogou no Lyon e no Basaksehir. A experiência em outras posições no campo veio principalmente na Turquia, onde o atleta atuou muitas vezes como segundo volante. No total, foram mais de 300 jogos e sete gols no Velho Continente.
A chegada do Rafael foi uma surpesa muito grande para o futebol turco, porque ele ainda era jovem e estava jogando em altíssimo nível. A chance de jogar a Liga dos Campeões provavelmente teve muito peso nessa decisão, além dos brasileiros que estavam no time. Ele jogou 21 partidas, foi titular em 18 e deu uma assistência. Ele sempre se mostrou muito voluntarioso e era uma das principais armas do time
— Volkan Agir, jornalista baseado em Istambul
O Rafael chegou ao Lyon para ajudar a equipe com toda a experiência de Liga dos Campeões que ele adquiriu no Manchester United. Começou a passagem como titular, renovou contrato, mas perdeu espaço nas temporadas depois. Ele sempre mostra uma relação muito legal com a torcida, tinha uma química muito forte. Foi um período de cinco anos em que ele foi muito relevante, mas não chegou a ser unanimidade.
— Raphael De Angeli, repórter do Grupo Globo e ex-correspondente na França
Seriedade no campo e resenha fora dele
Pelo convívio na última temporada, Léo Duarte conta que Rafael é muito sério na hora do trabalho, mas também sabe comandar os momentos de festa. E que o Botafogo aparecia com certa frequência entre os assuntos com o lateral. O zagueiro, que é cria do Flamengo, lembra de quando quase foi "barrado" de um churrasco.
- Ele ama de verdade o Botafogo, é botafoguense roxo! Uma vez eu fui num churrasco com a camisa do Flamengo em que estava escrito “Rei do Rio” com a intenção de provocá-lo, e ele brigou comigo e não queria nem me deixar entrar no churrasco - brincou.
- Brincadeiras à parte, ele sempre disse que foi um sonho dele e de sua família vestir a camisa do Botafogo, e agora felizmente ele está podendo realizá-lo - continuou.
Léo Duarte em campo pelo Istanbul Basaksehir — Foto: BSR Agency/Getty Images
O zagueiro acredita que vestir a camisa do clube do coração será combustível ainda maior para o estilo dedicado e raçudo de Rafael, que terá a primeira experiência no futebol brasileiro como profissional. Há 14 anos, ele foi ainda como jogador de base para o Manchester United.
- A torcida pode esperar dele raça, qualidade, dedicação e profissionalismo. Ele é uma pessoa que valoriza muito a família, e creio que vai ajudar demais o Botafogo. Por ser tão apaixonado pelo clube, imagino que ele será um torcedor jogando dentro do campo.
O podcast ge Botafogo está disponível nas seguintes plataformas:
Spotify - Ouça aqui!
Google Podcasts - Ouça aqui!
Apple Podcasts - Ouça aqui!
Pocket Casts - Ouça aqui!
▶️ Clique e aperte o play ▶️
Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!