Clube tem metas definidas dentro e fora de campo para a próxima temporada. Expectativa é de superar o faturamento de 2020, última vez em que frequentou a elite do futebol brasileiro
Nos primeiros meses do ano, ao cair para a segunda divisão, o Botafogo fazia as contas internamente e lamentava o tamanho do prejuízo não só esportivo, mas também financeiro. O rebaixamento significava um rombo que passou dos R$ 80 milhões. Agora, o fim de 2021 chega com o cenário reverso. Garantido na Série A, o clube espera receitas multiplicadas.
O retorno à elite do futebol brasileiro não é apenas a retomada da dignidade. Também representa uma quantidade muito maior de dinheiro circulando. Algo fundamental para quem quer sair do atoleiro de dívidas e começar a ter as contas no azul. Para reunir as expectativas da diretoria para 2022, a reportagem se baseou nas projeções apresentadas à Justiça no Regime Centralizado de Execuções, divulgado pelo ge em primeira mão.
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A começar pelos objetivos esportivos, nas três competições que o clube terá pela frente. Na Série A, a intenção é ao menos se manter sem muitos sustos, com uma 14ª posição. O objetivo no Campeonato Carioca é chegar vivo à semifinal. Sobre a Copa do Brasil, a expectativa é oitavas de final.
Essas metas do campo refletem, também, no balanço financeiro. Se as premiações dos torneios nacionais forem as mesmas, o clube colocaria no bolso R$ 21 milhões. O Estadual tem números mais imprevisíveis, mas não passa perto de se aproximar das outras competições.
Em outras áreas da gestão, espera-se que outras receitas também subam. A começar pelos direitos de transmissão, principal motivo da perda de dinheiro em 2021. Na temporada passada, foram R$ 89 milhões garantidos apenas com isso, valor que caiu drasticamente com o rebaixamento.
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O trabalho da diretoria vai ser para antecipar essas receitas. A perspectiva interna é de que a verba da televisão, por exemplo, caia somente perto do início do Brasileirão, o que pode atrapalhar na montagem do time para a temporada. O ideal é fazer as contratações nos primeiros meses e depois reforçar o elenco pontualmente.
Além dessa, outras fontes menores também são projetadas para formarem o bolo. Sobre patrocínios, a expectativa é conseguir ao menos R$ 13 milhões. O clube quer subir a arrecadação com o Estádio Nilton Santos, com o programa de sócio-torcedor e também espera começar a faturar com outras alternativas, como os mercados de streaming e fan tokens. Venda de atletas é outra possibilidade.
Tudo isso para sustentar uma folha salarial para o futebol que deve passar dos R$ 5 milhões. Hoje, o clube gasta cerca de R$ 2 milhões por mês com o departamento de futebol. O Botafogo espera uma receita total de R$ 182,9 milhões. Como comparação, esse valor é R$ 40 milhões maior do que as contas de 2020, último ano em que o clube frequentou a elite do futebol brasileiro.
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Fonte: Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro
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