Análise: vitória dá brecha para brilho de Gatito, que corresponde em reinício no Botafogo

Depois de ficar mais de um ano sem jogar, paraguaio confirma no clássico que se mantém como destaque da posição. Números coletivos mostram por que resultado quase escapou

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O Botafogo só venceu o Vasco por 1 a 0 graças a Gatito Fernández. Depois de ficar mais de um ano sem jogar, o paraguaio começou 2022 como titular, emplacou seis partidas seguidas e coroou, no último clássico, a volta por cima que confirma o status de destaque da posição no cenário nacional.


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O placar do jogo do último domingo sugere que Erison foi o grande herói. O centroavante, realmente, merece destaque por desencantar logo contra um rival, em lance de bom posicionamento na área. Mas foi graças ao goleiro que o placar seguiu inalterado, principalmente no segundo tempo.



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Foram 22 finalizações do Vasco na partida. Gatito foi obrigado a defender quase 10 bolas, algumas muito difíceis. Só pelos minutos finais do clássico já é possível perceber o nível da atuação. Aos 35 minutos, o goleiro espalmou cabeceio de Figueiredo. Aos 36, rebateu chute de Nenê. Aos 41, desviou cruzamento que tomava a direção de Raniel. Aos 46, buscou um chute colocado de Nenê que tinha endereço certo.


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Goleiro foi o melhor no clássico — Foto: Ronald Felipe/AGIF


O retorno em boa forma é ótima notícia para o Botafogo, que ganha um reforço caseiro para a disputa do Brasileirão. Gatito ficou fora de toda a temporada de 2021 enquanto se recuperava de lesão no joelho direito. Na ausência do camisa 1, Douglas Borges e Diego Loureiro foram as opções, mas acumularam críticas ao longo do ano.



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Vitória no coração

O resultado não chegou a ser injusto, mas o clássico saiu do controle do Botafogo em muitos momentos. O Vasco pressionou, teve mais volume, e criou oportunidades principalmente no segundo tempo. O Botafogo foi para o intervalo com mais chances claras, só que recuou quando o rival apertou na etapa final. Foi nesse cenário que Gatito apareceu para salvar a noite.


O Bota tentou apenas oito finalizações, enquanto o rival praticamente triplicou o número. A eficiência nos passes também foi ruim, com apenas 68% de precisão. O que explica o abafa final e os mais de 60% de posse de bola do Vasco.


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Apesar do sufoco, a vitória veio porque algumas qualidades também se destacaram. O Botafogo traz desde a temporada passada bom contra-ataque e jogadas de velocidade. Diego Gonçalves, Luiz Fernando e Erison deram trabalho para a zaga vascaína. Na defesa, Daniel Borges, Kanu e Carli fizeram bom jogo, além de Gatito.


No final, a força para suportar a pressão pode ser vista como positiva, já que este é um elenco que perdeu titulares, se apoia em muitos jovens e viu o treinador ser demitido nos últimos dias.


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Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro