Em apenas dois jogos, time já apresenta dinâmica característica do técnico português
O otimismo da torcida do Botafogo com o momento do time é visível nas arquibancadas - na quarta, por exemplo, quase 30 mil assistiram à vitória por 3 a 0 sobre o Ceilândia em Brasília, no Mané Garrinha - e em qualquer conversa que envolva as perspectivas trazidas pelos investimentos de John Textor. Mas não são "só" os seis gols em dois jogos e as cifras milionárias que vêm alimentando a esperança do torcedor: o estilo de Luís Castro também começa a empolgar quem assiste aos jogos comandados pelo português.
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A mudança entre o time que terminou a disputa do Carioca é visível. Não só pelos reforços que chegaram - 11 ao todo -, mas também pela postura do time em campo. Além da já famosa intensidade cobrada do início ao fim das partidas (e também dos treinos, como relatamos aqui), a formação e a dinâmica de jogo marcam a participação ativa do treinador nessa construção.
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Prova disso é um lance aos cinco minutos do segundo tempo contra o Ceilândia (assista abaixo). A jogada começa em uma cobrança de lateral ainda no campo de defesa alvinegro, quando Saravia entrega a bola para Philipe Sampaio, que aciona o goleiro Diego Loureiro na entrada da pequena área.
Botafogo Way: Botafogo mostra boa troca de passes em construção de ataque (https://ge.globo.com/video/botafogo-way-botafogo-mostra-boa-troca-de-passes-em-construcao-de-ataque-10510654.ghtml)
Nem a marcação apertada dos donos da casa força o goleiro a dar um "tentador" chutão para afastar o perigo. Loureiro toca para o lado, onde, no bico da pequena área, Kanu recebe e lança para Daniel Borges no flanco esquerdo. O que se vê a partir do avanço do lateral são toques rápidos que, nem sempre são em direção ao gol, mas têm o objetivo claro de criar espaços.
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A jogada, que é analisada pela comissão técnica do Botafogo, durou 1min20s entre a cobrança de lateral no campo de defesa e o arremate de Tchê Tchê. Neste período, todos os jogadores em campo - com exceção de Matheus Nascimento, que participa arrastando marcação - tocaram na bola. Foram 24 passes no tempo em que a bola ficou sob posse do time de Luís Castro.
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Àquela altura, o Botafogo ganhava de 1 a 0. Durante o primeiro tempo, a equipe não teve a mesma calma - o que foi reconhecido por Castro na entrevista após o jogo - para alcançar o segundo gol. Com as mudanças no intervalo, essa dinâmica ficou mais natural: Diogo Gonçalves saiu para a entrada de Victor Sá, e Patrick de Paula deu lugar a Lucas Piazon.
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- Nós não podemos, em função daquilo que está a acontecer, de pior ou de bom, abandonar o nosso caminho. Nosso caminho é ser fiéis aos princípios ofensivos, defensivos e transições para a equipe em bolas paradas. Em determinados momentos do jogo, nós estávamos a levar o jogo para o caos por uma solução bem simples. Quando, na primeira parte, ultrapassávamos a primeira barreira de pressão do adversário, nós passávamos de forma desenfreada e com velocidade máxima para a baliza, e terminávamos a jogada em três, quatro segundos. É impossível ter um controle de jogo com atitudes destas perante o jogo, e elas acontecerem. Se o jogo pedir isso, de forma constante é impossível. Quero que a equipe tenha a intensidade que o jogo pede.
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O Botafogo volta a jogar no domingo (24), contra o Atlético-GO, pela terceira rodada do Brasileirão. O jogo está marcado para as 18h30min, no Estádio Antônio Accioly. Para a partida, Castro deve ter um problema para repetir a formação do segundo tempo contra o Ceilândia, que foi a que mais funcionou no jogo.
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Victor Sá é dúvida, pois se recupera de entorse no tornozelo. O último treino que definirá a escalação ocorre no sábado (23) pela manhã, antes da viagem à tarde para Goiânia.
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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro
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