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terça-feira, 3 de maio de 2022

Renegociação de dívidas faz Botafogo ter superávit de R$ 78,4 milhões nas contas de 2021

    
Última vez que as finanças alvinegras não tinham fechado no vermelho havia sido em 2017



O processo de reestruturação do Botafogo que começou antes de o clube virar uma SAF rendeu frutos. O êxito pôde ser mensurado a partir do balanço financeiro divulgado nesta semana. Segundo o documento, correspondente a 2021, houve um superávit de R$ 78,4 milhões.


Embora seja importante não fechar o ano no vermelho, o valor não indica que entrou mais dinheiro dos cofres alvinegros do que saiu - já que o resultado operacional do clube ainda é deficitário. A chave para o superávit está na renegociação do passivo.


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Dois mecanismos foram fundamentais para isso: o Regime Centralizado de Execuções (RCE) e o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). No primeiro, estão as dívidas cível e trabalhista que o clube acumulou ao longo de anos de má gestão. São ex-funcionários, atletas, técnicos e fornecedores que não foram pagos, além de empréstimos e outros contratos que não foram honrados.





— Foto: Infoesporte


Já o segundo possibilitou ao Botafogo parcelar suas dívidas tributárias em 12 anos, e as previdenciárias, em cinco. No acordo fechado em 29 de dezembro, o clube conseguiu baixar sua dívida histórica de R$ 418 milhões para R$ 190 milhões - o que equivale a uma redução de 58% do valor devido.


É a primeira vez desde 2017 que as finanças não fecham no vermelho - naquele ano, o Botafogo também renegociou suas dívidas. Em 2018, o resultado negativo foi de R$ 17 milhões; em 2019, de R$ 20 milhões e, em 2020, de R$ 139 milhões.


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Cortes

Com a queda das receitas devido ao rebaixamento para a Série B, o clube cortou 30% dos gastos no departamento de futebol em comparação com 2020: de R$ 121 milhões, passou para R$ 85 milhões. Parte da diminuição da despesa operacional aconteceu com a demissão de 77 funcionários em maio do ano passado.


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Como ficará com a SAF?

O próximo balanço já apresentará a nova realidade do Botafogo como clube-empresa. Em 2022 (divulgação em 2023), haverá dois demonstrativos: um da Associação (que ficou com 10% das ações do clube) e outro da SAF (cujo dono é John Textor, que detém 90% das ações).




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Ou seja, a partir de agora, a Associação terá de pagar suas contas basicamente com os repasses feitos pela SAF. A Lei 14.193, aprovada em 5 de agosto de 2021, prevê que a SAF envie 20% de toda sua receita para a Associação quitar suas dívidas constituídas antes de virar um clube-empresa. Além disso, metade dos lucros da SAF devem ser repassados ao clube.


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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro

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