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sábado, 14 de maio de 2022

Textor explica adesão do Botafogo à Libra e visão para a liga de clubes: "Devemos focar em uma briga não pelo presente, mas pelo futuro"



Em entrevista exclusiva ao ge, empresário americano discute distribuição do dinheiro dos direitos de transmissão, calendário e rivalidade fora de campo com Flamengo, Corinthians e demais clubes



O Botafogo assinou sua filiação à Liga do Futebol Brasileiro, a Libra, na tarde de sexta-feira, após reunião entre John Textor e presidentes do futebol paulista, como Leila Pereira e Julio Casares.


A opção do americano pelo bloco aumenta a força política e econômica dele, ao mesmo tempo em que ocorre disputa nos bastidores com dirigentes de clubes considerados emergentes.



Por que Textor preferiu se juntar a Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, entre outras entidades de grandes torcidas, na Libra? Quais foram suas contribuições iniciais a esse projeto de liga?


O empresário explicou seus motivos e sua visão para o futebol brasileiro em entrevista exclusiva ao ge, concedida na tarde deste sábado. Ele acaba de chegar ao Rio de Janeiro para acompanhar o Botafogo.


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Leila Pereira, John Textor e Julio Cesares em reunião da Libra — Foto: Divulgação



ge.globo: O futebol brasileiro precisa de uma liga de clubes?


John Textor: – Obviamente, é algo necessário. Existe o entendimento de que a Premier League... De que o futebol do Reino Unido é o melhor do mundo, e não é porque as crianças nascem com os melhores pés por lá. O sistema é muito bem-organizado do topo à base. Existe um sistema profissional muito bem desenvolvido, eles têm o capital para investir na base, então de baixo até em cima existe esse exemplo de organização que todos nós devemos seguir. Em termos específicos da Premier League, há 30 anos eles tomaram uma decisão similar. "Briguem no campo, colaborem na administração". Esse poder de barganha coletivo que a Premier League tem, quando faz acordos com a mídia, com a tecnologia, parcerias pelo mundo, patrocínios, é óbvio que é a coisa mais inteligente a se fazer.


O futebol brasileiro crescerá mais rapidamente com a liga?

– É possível conseguir oportunidades consideravelmente melhores ao negociar como grupo. No Brasil, cada um detém seus direitos de transmissão individualmente, cada um está negociando com a mídia individualmente, e alguns clubes podem se sair melhor do que outros. Isso favorece à mídia, favorece os parceiros, favorece os patrocinadores. Eles acabam tendo uma vantagem em relação à coletividade dos clubes. Se a liga estiver junta e se organizar com um escritório, com pessoas qualificadas, que entendem tudo sobre como administrar um negócio e como administrar uma marca global, que saibam lidar com a mídia e com a publicidade e que tragam oportunidades aos clubes, os clubes podem se concentrar no futebol. Funciona assim na Premier League. Existe um escritório muito competente, comitês de proprietários, comitês de finanças, de transmissão, e isso funciona muito bem. Antes de dizer se é melhor o Futebol Forte ou a Libra, claramente todo mundo reconhece que é tempo de o futebol ser organizado não por uma confederação, mas por um escritório comercial que promova o futebol brasileiro. Essa decisão é óbvia. Quem não acharia que essa é uma boa ideia?


Qual foi o racional por trás da sua escolha pela Libra?

– Acho que, da perspectiva do Botafogo, estamos sendo perguntados: você gostaria de sentar-se à mesa com os maiores clubes do Brasil, os que provavelmente continuarão a ser líderes, as grandes marcas do país, quando as pessoas pensam em futebol brasileiro? Quando a Premier League começou, imagina se o Crystal Palace fosse perguntado: você prefere ser o menor clube do Big Six ou o maior clube de um grupo de 14? A decisão é óbvia. Você quer se sentar na mesa em que há poder e influência. Não é o exemplo perfeito, porque o Botafogo em si é um clube grande e muito bem-sucedido, com grandes campeões, um clube que todo mundo sabe que é um gigante adormecido. É apropriado estar à mesa com os grandes clubes no Brasil.


Qual o sentimento em relação aos outros clubes?

– Só porque entramos neste grupo, não quer dizer que nós e os outros clubes não estamos pensando no bem-estar dos clubes menores. Todo mundo no grupo, que eu conheci ontem, todos eles estavam pensando nos próprios interesses, nos interesses dos clubes deles, mas todos sabemos que uma liga saudável é melhor para todo mundo. Nós fizemos uma escolha de fazer parte da liderança da Libra, acredito que é o lugar que o Botafogo pertence, somos um clube grande, com um enorme passado e um futuro brilhante, e acredito que seja a decisão correta.


O problema para parte da opinião pública é que o futebol brasileiro aumentou a diferença entre os clubes maiores e menores. Esses outros dirigentes, do Forte Futebol, têm o discurso de equilibrar a distribuição do dinheiro. Isso é algo que te preocupa? A diferença entre Flamengo e Botafogo?


– Estamos falando sobre 40 clubes, certo? O Botafogo está muito mais perto do topo do que da parte de baixo, em todas essas fórmulas. Não penso muito em "nós contra o Flamengo", eu penso mais em onde estaremos no quadro total, entre primeira e segunda divisões. Nós estaremos na parte de cima. Em relação ao poder econômico do Flamengo, ele existe desde antes da minha chegada. Eu não posso fazer nada em relação ao fato de que eles têm 40 milhões de torcedores e 200 milhões de dólares em faturamento. É o que é. Mas quando você forma uma liga nova, veja, o socialismo não funciona. Você não vai criar uma liga nova dizendo que os grandes têm que dar aos pequenos e que esta é a única maneira que isso vai funcionar. Nós temos que entender que a realidade é a realidade. Temos que trabalhar juntos para aumentar a torta. O Flamengo está muito mais para dividir o futuro do que para dividir o presente.




John Textor, acionista majoritário Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


– É irracional que em qualquer negócio, com qualquer pessoa, alguém vá tirar dinheiro do bolso e vá te dar 25% das receitas deles, porque eles também estão em uma organização com equilíbrio. Eles não podem perder dinheiro nos primeiros anos para que os pequenos se sintam bem. Isso é algo que aconteceu por muitos anos e não sem razão. Eles têm uma grande e bem-sucedida organização, eles têm sido maiores e melhores. Nós odiamos isso, como rivais, mas é a verdade. Então, agora, veja o valor do Flamengo e do Corinthians. Quando estamos juntos em uma liga e pensamos além dos nossos horizontes, e queremos crescer internacionalmente, nós devemos estar felizes de estar juntos nesses outros mercados para trazer receitas e atenção para o futebol brasileiro. Flamengo, Corinthians, Palmeiras, os grandes clubes, eles vão dividir muito mais do crescimento, quando crescermos a torta. É por isso que estamos fazendo isso. Acho honestamente que da maneira como foi montado está bem justo. Agora temos que trabalhar juntos para aumentar a torta.



Como reduzir essa diferença no longo prazo?


– Francamente, eu olho para o total de faturamento do futebol brasileiro e acho bem baixo. Não tem praticamente nada do exterior. Como pode ser assim? O Brasil é honestamente um dos berços do futebol, e tem 5 milhões de dólares pelos direitos internacionais, no total? Ninguém está assistindo ao futebol brasileiro em nenhum lugar no mundo! Acho que temos que tomar uma decisão rapidamente em relação ao que essa parte muito pequena, doméstica, da torta de receitas, e começar a pensar em crescer internacionalmente, onde as receitas têm potencial para ser muito maiores. Isso vai beneficiar os clubes menores, e aqui te digo por quê. Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Botafogo, nós vamos investir internacionalmente, enquanto os clubes menores não vão. Eles vão pegar um percentual de todo o trabalho que nós fizermos, que eu faço, quando promovermos a marca do Botafogo e do futebol brasileiro pelo mundo. Então, se todo mundo puder ser paciente e perceber que os grandes clubes desta Libra vão investir, gastar e trabalhar além das fronteiras do Brasil, e trazer esse dinheiro de volta para a liga. É assim que isso vai funcionar, se todo mundo tiver paciência.


Você fez alguma demanda em relação à fórmula, ao 40-30-30?

– Eu já vi na imprensa que eu fiz demandas, e isso não é verdade. A palavra “demanda” é muito forte. Fomos convidados para uma fraternidade de clubes, e todo mundo tem algo para trazer à mesa. Existe uma diversidade incrível no modelo de propriedade, alguns clubes são privados, como o Bragantino, alguns são associações civis. Entre os presidentes dessas associações, existe uma grande diversidade em relação às experiências deles, eles têm excelentes currículos. Então eu cheguei apenas como uma pessoa que se sentou à mesa.


Quem tem te assessorado nessa negociação?

– Eu trouxe o Tom Glick comigo. Ele foi por seis anos o chefe de operações do City Football Group, do Manchester City, também passou por franquias da NFL, como o Carolina Panthers, então nós dois juntos trouxemos muitas perspectivas sobre oportunidades para crescer. Tecnologias para a televisão, tecnologias para aplicativos direcionados a consumidores, distribuição digital de conteúdo, para que seja mais rentável e lucrativo, com a expansão internacional, e trouxemos exemplos de como ganhar dinheiro de maneiras que clubes brasileiros nunca tentaram antes. Trouxemos lições da Premier League.


Qual?

– Uma em particular. A Premier League gastou muito tempo brigando pelos direitos domésticos, porque não havia direito internacional lá atrás, quando eles fizeram o acordo. Eles estavam tão cansados que, no fim da negociação, olharam para direitos internacionais e disseram: quer saber, vamos dividir igualmente. Agora estamos 30 anos depois, e os grandes clubes acham que é maluco dividir isso igualmente, porque os clubes grandes estão fazendo o trabalho, estão construindo a marca da Premier League ao redor do mundo, e chegou ao ponto em que, na próxima vez em que os direitos de transmissão forem negociados, a parte internacional será maior do que a doméstica. Tentamos trazer essa perspectiva, de que não devemos focar em uma briga pelo presente, mas pelo futuro. Porque o dinheiro será realmente impressionante se conseguirmos mostrar às pessoas o Brasil como país, e o que é o futebol brasileiro.


Os critérios da fórmula 40-30-30, da Libra, te agradaram?

– Na fórmula, não tenho certeza sobre como ela está agora, mas do jeito que ela começou, com 40-30-30... 40% para dividir igualmente, 30% baseados em performance e 30% em engajamento dos fãs. A única coisa que tentei dizer é: agora, e com o tempo, porque essa fórmula será usada por tantos anos, será incrível se as regras forem colocadas para incentivar certos tipos de comportamentos, aqueles que ajudarem todo mundo. Sim, essa fórmula é muito pensada em relação ao passado, em quem traz valor. Sim, Flamengo, Corinthians e Palmeiras merecem isso. Mas também é muito sobre o futuro. Você quer as pessoas que estão agora, e os investidores que ainda vão entrar nessa equação, você quer que eles invistam de uma maneira que ajude todo mundo.





John Textor, em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/BFR



– Em vez de ter essas métricas difíceis de medir, fáceis de manipular, como seguidores em redes sociais, esse tipo de coisa, acho que isso pode gerar consequências ruins no futuro. O que interessa é quem traz atenção para o jogo. Torcedores importam, torcedores que torcem de verdade. Audiências de televisão importam, que são medidas de maneira muito precisas no mundo. Streaming importa. Quais clubes estão fazendo o melhor trabalho para trazer atenção ao todo da liga brasileira? Isso deve ser recompensado, porque é assim que temos de incentivar até os clubes pequenos a conseguir investidores. O mundo está mudando, o Brasil também. Queremos dizer: isso é o que todos devem buscar, e as regras de como distribuímos o dinheiro te dizem como se comportar. Eu só sugeri que não olhemos tanto para as fórmulas pensando em onde estamos agora, mas que incentivem onde queremos estar no futuro.


A crítica da oposição é que itens como tamanho de torcida foram colocados para beneficiar clubes de grande torcida.

– Se você trocar... E eu não vou dizer o que vai trocar ou não na fórmula... Mas se fosse mais voltado para as métricas da televisão, ainda beneficiaria os grandes clubes, porque são quem todo mundo quer assistir, mas dá um caminho para que os clubes menores trabalhem. Para que administrem melhor seus negócios, contratem melhores técnicos, sejam times melhores. O que é muito legal hoje, no Brasil, e é uma mensagem aos clubes menores, é que se eles quiserem ser um clube grande, usem esse momento e façam algo com ele. O mundo está olhando para o Brasil, o capital está chegando e existem vários negócios na mesa agora. Há 40 clubes nessa discussão, mas se um grande investidor chegar amanhã e perguntar “quem está disposto a pegar capital para crescer, a vender parte do clube, qual associação está disposta a se associar a um investidor”... Talvez haja só uma ou duas pessoas com a cabeça aberta.


Em que sentido?

– Há clubes menores que podem receber investimento e se tornar grandes da noite para o dia. Acho que é um pouco ingênuo dizer “ei, será sempre assim, os grandes vão tirar vantagem e não querem dividir conosco”. Peguem os clubes lindos, em lindas cidades, jogando futebol no Brasil, e abram a cabeça em relação ao tipo de capital e de investimento que quer vir para o Brasil. Eu achei chocante que, com apenas 65 ou 70 milhões de reais gastos na janela de transferências, o Botafogo é o maior gastador do ano. Eu só sou um cara! Mas vou te dizer: o capital que quer vir ao Brasil é muito, muito maior do que eu. E eles estão procurando parceiros. Então a alguns desses clubes pequenos, que estão reclamando dos grandes: montem um plano de negócios, procurem um assessor de investimentos, como esses dois caras inteligentes que vieram com o Botafogo , e procurem parceiros e capital. Tirem vantagem deste momento! É um tempo extraordinário no Brasil.


Você tem alguma outra preocupação sobre a liga? Fair play financeiro, calendário, a quantidade de partidas disputadas na temporada?

– Fair play financeiro não estava na discussão, quando eu estava na reunião. Eles foram muito legais, até porque chegamos atrasados na festa, eles foram muito pacientes. Nós colocamos na mesa coisas que nos preocupam, e uma delas é a quantidade de jogos que são jogados. O calendário é maluco. Nós temos não apenas que reduzir a quantidade de partidas, pelas saúde dos jogadores, temos que reduzir a quantidade de partidas de pouco valor, algumas que até nos custam dinheiro para disputar, e temos que achar um jeito de preencher o calendário com jogos de maior valor comercial, que sejam bons pra liga e para todo mundo, e temos que achar um jeito de exportar o futebol brasileiro.



Como?

– Nós trouxemos ideias, como disputar amistosos com clubes da Europa, clubes que não classificarem para a Liga dos Campeões ou a Liga Europa, que, combinados com clubes dos Estados Unidos, podem jogar um torneio que tenha o Reino Unido, o Brasil e os Estados Unidos. Acho que o Brasil se daria muito bem, competitivamente, e levaria a nossa marca para Nova York, Texas, Flórida, Califórnia, Chicago.


Como conciliar com os campeonatos estaduais?

– Quando eu falei sobre o campeonato estadual, como um torneio para jogadores mais jovens, para que eles sejam testados antes de chegar ao time principal... O campeonato do Rio de Janeiro e talvez de outros estados podem ser organizados para que o time principal tenha a flexibilidade de viajar, participar de outros eventos. Eu não preciso de jogos de exibição. Quero torneios com clubes estrangeiros, nos quais haja patrocinadores, dinheiro e reputação para o futebol brasileiro. Esse seria um jeito muito mais inteligente de usar o calendário, do que só encher de jogos, 70 ou 80, entre campeonatos estaduais, Copa do Brasil, Sul-Americana, Libertadores e Campeonato Brasileiro. Então, claro que algumas dessas coisas precisam ser feitas pela saúde dos jogadores, mas também pela saúde econômica do futebol brasileiro como um todo, para exportar a marca do futebol brasileiro para o mundo.


Mas ao mesmo tempo as federações estaduais têm poder político. E elas não querem mudar o calendário, porque os estaduais ainda são as suas galinhas dos ovos de ouro.

– Vamos falar sobre isso, vamos falar sobre isso. Acho que o que estou dizendo é amigável para as federações, porque quando os clubes viajam, jogam em Nova York, são televisionados e patrocinados, teremos que achar um jeito de trazer esse dinheiro de volta para o sistema. Quando viajamos, não pode ser apenas algo para o Botafogo. O dinheiro que nós fazemos nesse tipo de evento precisa voltar para a liga e para as federações. Para melhorar a saúde de todo o sistema. As federações, tirando questões políticas e pessoais, têm um papel crítico na organização do futebol e no desenvolvimento de jogadores. Elas são fundamentais. À medida que as ajudarmos com receitas, isso precisa descer e ajudar o desenvolvimento de talentos. Às vezes nem é só sobre achar talentos, mas treinamento, nutrição... Vejo isso assim.


De maneira geral, o que você tem achado das negociações?


– Todo mundo está brigando por uma torta e sobre como dividir os pedaços dela, e eu vejo muito pouca gente falando sobre como aumentar essa torta. Quando você a expande, você começa a trazer dinheiro para essas relações, a política começa a ser deixada de lado, porque as pessoas estarão recebendo dinheiro, serão financiadas e estaremos progredindo. Participar dessa reunião com uma visão de fora, de aumentar a torta, em relação aos mercados que viemos... Acho que o Josh Wander, da 777, tem a mesma perspectiva. Se for verdade que o Manchester City comprará um clube no Brasil, teremos muito mais disso. E te digo por que estou tão animado sobre essa reunião. Muitos dos nossos fãs disseram: "John, como você pode se aliar ao Flamengo?" Sabe, batalhar no campo e colaborar na direção é o que a Premier League faz muito bem.



Como foi a recepção dos dirigentes paulistas a você?

– Eu esperava chegar a essa reunião ontem como "o americano que chega tarde à festa e não sabe como o futebol brasileiro funciona", que eles não iriam querer me ouvir, porque são grandes e bem-sucedidos... Por que eles se importariam? Mas tenho que dizer, Rodrigo. Eu fui muito mais bem recebido do que imaginava. Eu sabia que encontraria pessoas legais, mas não imaginava que estariam tão prontos, que teriam a cabeça tão aberta, para ouvir uma perspectiva diferente. Nós verdadeiramente fomos abraçados. Eles nos receberam com a cabeça aberta em relação a ideias que eu achava que eram fixas, que não poderiam ser mexidas. Eles foram muito abertos a mudanças. Algumas no curto prazo vão ser difíceis, mas estamos falando da flexibilidade desse modelo nos anos dois, três, cinco. Acredito que este seja o grupo certo, e não é certo dizer que eles não se importam com os outros. Eles querem fazer a liga crescer e fazer com que todo mundo fique mais forte.



Fonte: GE/Por Rodrigo Capelo — Barcelona, Espanha/@rodrigocapelo

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