Em jogo marcado por polêmicas de arbitragem e revisões controversas no VAR, Botafogo arrancou vitória no último lance com gol de Hugo
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Teve de tudo: decisão polêmica, expulsão, confusão, gol, defesas milagrosas. Inter x Botafogo, pela 13ª rodada, foi um dos jogos mais movimentados do Brasileirão até aqui. Impossível analisar o que aconteceu na partida sem considerar todo o contexto agitado. Por estes motivos, ge dividiu a vitória alvinegra em sete atos. Confira:
1. Início turbulento 🥵
Nos primeiros dois minutos de jogo, o Botafogo foi envolvido pelo Inter: mal encostou na bola. Dominado, o time de Luís Castro viu a equipe de Mano Menezes chegar à área com troca de passes entre Edenilson, Bustos e Alan Patrick, que tentou encobrir Gatito Fernández. A bola bateu na barriga de Philipe Sampaio e, na sequência, no braço dele.
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O lance rendeu ao Inter um pênalti - convertido por Edenilson - e, ao Botafogo, duas expulsões: a do zagueiro alvinegro pelo toque e a do técnico por reclamação. Com desvantagem numérica dentro de campo e também no placar, os visitantes iniciavam a partida da pior maneira possível no Beira-Rio.
2. Reação imediata após mais um baque 🔥
Não demorou muito - mais especificamente cinco minutos, entre a cobrança do pênalti, aos oito, e o gol de Bustos, aos 13 - para a situação ficar ainda pior para o Botafogo. Ainda abalado e inconformado com o pênalti que originou o primeiro gol, o time alvinegro sofreu o segundo.
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A linda jogada colorada quebrou a zaga carioca. Na entrada da área, Bustos tocou para Alan Patrick, que, com um toque, conseguiu deixar Hugo, Klaus e Piazon batidos, assistindo Bustos recebendo a devolução e completando para o gol.
Luís Castro, sobre duelo do Botafogo com o Inter: "Um dos dias mais complexos da minha carreira" (https://ge.globo.com/video/luis-castro-sobre-duelo-do-botafogo-com-o-inter-um-dos-dias-mais-complexos-da-minha-carreira-10682546.ghtml)
Cinco minutos depois de ter sofrido o segundo gol com um jogador a menos, o Botafogo mostrou que estava vivo no jogo: Vinicius Lopes marcou pela primeira vez desde que chegou ao clube, no início do ano. O lance teve início em um escanteio, cobrado para a área colorada e rebatido por Moisés. Na sobra, Saravia dividiu com De Pena e devolveu a bola para a área, pegando a defesa do Inter desorganizada. Vinicius Lopes surgiu de trás e tocou para o gol.
3. Reorganização tática e entrega de Piazon 📋
Em meio ao turbilhão de emoções, o Botafogo precisou se reorganizar para sobreviver com um a menos até o fim da partida. Toda a estratégia inicial foi água abaixo após a expulsão de Sampaio. Antes de falar sobre os desdobramentos, cabe resgatar que Luís Castro resolveu dar sequência à formação com três zagueiros, que foi "estreada" na vitória sobre o São Paulo na quinta (16), após uma sequência de quatro derrotas.
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O problema para montar uma linha de três na zaga, no entanto, morava nas suspensões de Víctor Cuesta e Kanu. Da partida anterior, restava apenas Carli a Castro. O técnico decidiu manter a dinâmica ao escalar Philipe Sampaio, que retornou de lesão sofrida no início do mês passado, ao lado de William Klaus, que havia jogado apenas 45 minutos, contra o Ceilândia, pela Copa do Brasil. A ideia era garantir a mesma solidez defensiva obtida contra o São Paulo.
"É nossa obrigação lotar contra o Fluminense", diz Pedro | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/e-nossa-obrigacao-lotar-contra-o-fluminense-diz-pedro-a-voz-da-torcida-10682597.ghtml)
A expulsão de Sampaio, no entanto, obrigou que uma nova dinâmica fosse improvisada. Quando era atacado, o Botafogo se protegia com uma linha de cinco jogadores: os zagueiros Carli e Klaus, os laterais Saravia e Hugo e o meia Lucas Piazon. O meio-campista fez sua melhor partida com a camisa alvinegra em Porto Alegre. Foi participativo e impressionou pela entrega ao se juntar a Hugo para fechar o lado esquerdo de defesa.
4. Os milagres de Gatito 😼
Mesmo que a nova dinâmica na formação estivesse funcionando relativamente bem, o Botafogo ainda sofreu com o Inter até o fim do primeiro tempo. Não fosse Gatito, o time poderia ir para o vestiário no intervalo sem grandes chances de conseguir reagir no segundo tempo.
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O primeiro milagre operado pelo goleiro aconteceu aos 45. O lado esquerdo da defesa alvinegra foi completamente envolvido por troca de passes colorados, até que Edenilson, na entrada da pequena área, finalizou. Com o pé, o goleiro conseguiu tirar. No rebote, em cima do arqueiro, David também tentou a conclusão, mas o paraguaio se recuperou a tempo de fazer nova defesa.
No segundo tempo, ele fez milagre, quando viu Pedro Henrique entrar de carrinho pra completar e quando Alemão, cara a cara com o goleiro, chutou. Gatito conseguiu a defesa e contou com a sorte de a bola explodir no travessão.
5. É emoção que você quer, @? 🤯
O segundo tempo não começou tão frenético quanto foi o primeiro tempo, mas também guardou momentos de tensão. Logo aos 11 minutos, o Inter marcou em falhas de Joel Carli, na marcação de Alemão, e de Gatito Fernández, na conclusão. Por sorte, o gol foi anulado por toque de mão do atacante.
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Assim como aconteceu no primeiro tempo, a resposta veio de imediato: três minutos depois, o Botafogo empatou. Piazon cobrou escanteio e a bola pingou na área, até encontrar a cabeça de Erison, que, firme, testou para o fundo do gol.
6. A (dramática) virada 💪🏼
É claro que o último gol da partida não sairia de forma tranquila. Mesmo que os dois times estivessem desgastados fisicamente, o ritmo não baixava. Mano Menezes, até então invicto, mexeu no time, empurrando suas peças para o ataque, o que deixou o campo mais aberto e abriu ao Botafogo mais oportunidades de contra-ataque.
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A pressão surtiu efeito: o Beira-Rio explodiu aos 49 minutos do segundo tempo com gol de Mercado. Enquanto os colorados comemoravam em êxtase junto à torcida e os jogadores alvinegros assistiam à festa, incrédulos e decepcionados por deixar o empate escapar no último lance do jogo, o VAR checava o lance. Impedimento constatado. Gol colorado anulado.
A demora na avaliação do lance obrigou o árbitro a adicionar mais tempo aos acréscimos, que já estavam rolando no Beira-Rio. Foram mais cinco minutos de sufoco colorado, que tentava, a todo custo, pressionar o Botafogo contra seu próprio gol. E foi em uma dessas chances que Matheus Nascimento arrancou em contra-ataque, finalizou, parou no goleiro Daniel, mas viu seu colega Hugo completando para o fundo do gol, que estava com o caminho livre: 3 a 2.
7. Confusões 💥
O jogo, da maneira como foi conduzido, já aflorava por si só os ânimos dentro de campo. Com uma pitada de provocação, então... Tudo começou quando o gol da virada alvinegra saiu. Na comemoração, jogadores do Botafogo provocaram o banco do Inter. Houve correria, desentendimento e empurrões generalizados.
A situação piorou poucos instantes depois, quando a partida foi encerrada. Piazon, do Botafogo , tentou acertar soco em Cadorini, do Inter, e foi atingido pelo atacante colorado David. Na súmula, o árbitro registrou as expulsões do meia alvinegro e também de David.
Os dois serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, assim como Philipe Sampaio e Mercado. Em pronunciamento após o jogo, André Mazzuco, diretor esportivo do Botafogo, afirmou que o clube tomará medidas na CBF com relação aos acontecimentos.
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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Porto Alegre
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