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terça-feira, 14 de junho de 2022

De promissor a "time sem vergonha", chega ao fim a lua de mel entre torcida e Botafogo



Botafoguenses que estiveram no Nilton Santos na derrota por 1 a 0 para o Avaí criticaram jogadores, chamaram Luís Castro de "burro" e gritaram "olé" na troca de passes adversária






Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Avaí, pela 11ª rodada do Brasileirão 2022 (https://youtu.be/5z0jj1XL3B0)



No jogo contra o Goiás, Pedro Dep, representante do Botafogo no projeto "A Voz da Torcida", sentenciara: "o Botafogo perdeu a torcida". A derrota por 1 a 0 para o Avaí, na partida seguinte ao 2 a 1 para a equipe goiana, mostra mais um capítulo do fim da lua de mel que se iniciou no desembarque de John Textor ao Rio de Janeiro pela primeira vez neste ano.


Por mais que uma parcela da torcida continue confiando no processo do Botafogo e que Luís Castro possa ser o homem certo - como Textor diz acreditar - a insatisfação cresce, juntos dos questionamentos. E ela tem razão de ser. O time não é consistente e se tem alguma regularidade, é voltada para o lado negativo de não conseguir fazer uma partida totalmente boa.


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Segundo tempo do Botafogo não ajudou a aliviar a pressão da torcida — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF


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No início do Campeonato Brasileiro, com o time ainda mais em construção do que após 13 partidas, a empolgação tomava conta. Apesar do oba-oba que havia na torcida, diretoria botava os pés no chão e continuava dizendo que o objetivo para 2022 era garantir a permanência na Série A. Mas a reclamação da torcida está na forma que o time tem dificuldade de controlar um jogo. E o duelo com o Avaí foi mais um exemplo disso.


Enquanto vencia no Brasileirão as coisas iam bem, mesmo decepcionando a torcida em casa - até agora foi apenas uma vitória, um empate e três derrotas. O Botafogo chegou a ter a possibilidade de assumir a liderança caso vencesse o América-MG fora de casa, mas não a ponto de convencer de que o desempenho era satisfatório.


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"Quem era pra estar aqui é o John Textor", protesta Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/quem-era-pra-estar-aqui-e-o-john-textor-protesta-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10665810.ghtml)


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Apesar de ter passado por boa fase, os primeiros sinais da insatisfação estavam presentes desde o início do Brasileirão. Na derrota por 3 a 1 para o Corinthians, quando teve o melhor público no Nilton Santos desde a campanha da Libertadores de 2017, a torcida vaiou ainda antes do intervalo o lateral-esquerdo Jonathan Silva.


Nos jogos seguintes, a presença do público foi esmorecendo. Diante Juventude e Fortaleza o número de pagantes diminuiu e só voltou a aumentar contra o Goiás, em jogo que havia promoção para sócio-torcedor que levava um acompanhante de graça. Na última segunda, contra o Avaí, novamente a promoção, mas dessa vez nem 12 mil ingressos foram comercializados.


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E foram essas cerca de 12 mil pessoas que antes mesmo do segundo tempo inexpressivo do Botafogo vaiavam o time. O gol de falta marcado por Kevin foi o que bastou para que gritos de "time sem vergonha" ecoassem no Engenho de Dentro. Com o passar do jogo, e vendo que o time que atuou tinha 11 dos 14 atletas que jogaram oriundos da Série B mesmo após a SAF, a torcida não perdoou. Xingamentos e gritos de "burro" foram direcionados a Luís Castro.


O técnico não se abalou. Em entrevista coletiva após a partida, disse considerar a insatisfação da torcida como normal pela má fase que o time passa e reconheceu que a pressão é grande. Para tentar aliviá-la, o Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira, quando recebe o São Paulo, às 16h (de Brasília), pela 12ª rodada do Brasileirão. O Bota é o 17º, com 12 pontos, enquanto o São Paulo é o terceiro com 18.


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