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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Demitir ou bancar? Como times da Série A agiram em fases como a de Castro no Botafogo



ge levanta respostas e resultados de outros clubes que tiveram instabilidade nesse Brasileirão



Em 14º no Brasileirão, o Botafogo não vive seu melhor momento na temporada: nos últimos 12 jogos, soma apenas uma vitória. O aproveitamento de 39% faz pairar sobre parte da torcida uma certa desconfiança no processo prometido por John Textor, que colocou Luís Castro como responsável para conduzir o futebol do clube.


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Das arquibancadas do Nilton Santos, já surgiram vaias ao técnico português, que demonstrou desconforto com a situação. Em um clube estatutário - como o Botafogo era antes de virar SAF -, provavelmente a demissão de um treinador com 39% de aproveitamento já teria entrado em pauta. Agora, o time de General Severiano vive momento profissional que promete estabilidade ao treinador em toda a temporada.





Luis Castro, técnico do Botafogo — Foto: André Durão



Em outros 13 times da Série A, a demissão foi a solução encontrada para uma possível melhora na tabela. Mas será que é melhor mesmo demitir? As equipes que trocaram o comando técnico reagiram no Brasileirão? Quem bancou seu treinador se deu bem ou mal? Para tentar desvendar essa resposta (ou pelo menos oferecer mais um ponto de reflexão no assunto), o ge levantou como os times da Série A agiram em momentos instáveis na temporada, como é o do Botafogo atualmente.


O balanço começa a partir da quinta rodada do Brasileirão. O critério foi adotado levando em consideração dois elementos: 1) uma amostra de apenas quatro jogos é insuficiente para analisar o desempenho de um treinador no campeonato; 2) no início do torneio, algumas demissões ocorreram por insucessos nos Estaduais e em fases preliminares da Copa do Brasil e Sul-Americana (ou seja, a campanha no Brasileirão não foi o motivo principal).


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Apenas uma demissão teve reflexo positivo na tabela de classificação: a de Paulo Sousa, no Flamengo. O português deixou o time na 14ª posição (onde o Botafogo se encontra hoje). Agora, o Fla é o terceiro. Nas outras cinco trocas no comando técnico, os times ou não reagiram no Brasileirão ou então caíram ainda mais na tabela. Confira o levantamento completo:


Quem demitiu:

Cuiabá: demitiu Pintado depois da eliminação para o Atlético-GO na Copa do Brasil. No Brasileirão, sua última partida foi na quinta rodada, quando perdeu para o Santos por 4 a 0. Na ocasião, estava na 11ª colocação. Hoje, é o 16º e está um ponto acima do Z-4.

Juventude: demitiu Eduardo Baptista na 13ª rodada. Estava na lanterna, onde continua até hoje, sob o comando de Umberto Louzer.

Atlético-GO: demitiu Louzer após ser derrotado pelo Atlético-MG na sétima rodada. O time estava em 19º, mesma posição de hoje.

Flamengo: demitiu Paulo Sousa após derrota para o Bragantino, pela 10ª rodada. Estava em 14º na tabela, hoje é o terceiro.

Santos: demitiu Fabian Bustos após eliminação nos pênaltis nas oitavas da Sul-Americana para o Deportivo Táchira. O argentino deixou o time na 15ª rodada, na 9º posição. Hoje, o Santos é o 8º.

Atlético-MG: demitiu o turco Mohamed após empate em 1 a 1 com o Cuiabá, pela 18ª rodada, quando os mineiros ocupavam a terceira posição. Hoje, o Atlético-MG é o sétimo.

Coritiba: demitiu Gustavo Morínigo depois de perder para o Atlético-MG na 22ª rodada e entrar no Z-4, onde ainda está.

Ceará: depois da saída de Dorival Junior, que optou por comandar o Flamengo, os alvinegros foram atrás de Marquinhos Santos, que assumiu na 12ª rodada (na 15ª colocação) e foi demitido cinco rodadas depois na mesma posição em que encontrou o time.


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Quem bancou, mesmo no Z-4:

Avaí: contratou Eduardo Barroca em fevereiro. Ele ainda ocupa o cargo, mesmo na 17ª posição, com 32% de aproveitamento (em 23 jogos, são seis vitórias, cinco empates e 12 derrotas).

Fortaleza: não demitiu Vojvoda, mesmo depois de ter passado o primeiro turno inteiro dentro do Z-4, na lanterna. Hoje, o time é o 13º na tabela depois de emendar quatro vitórias seguidas no returno.

Goiás: contratou Jair Ventura na segunda rodada. Durante o primeiro turno, o time oscilou entre a zona de rebaixamento e as primeiras colocações fora da degola. Time manteve o técnico e hoje é o 11º no Brasileirão.


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Demissões no início do Brasileirão por ordem cronológica:

Athletico-PR: demitiu Alberto Valentim na primeira rodada e Fábio Carille três rodadas depois. Carille sofreu goleada por 5 a 0 do The Strongest, na Bolívia, pela Libertadores.

América-MG: demitiu Marquinhos Santos na primeira rodada, quando perdeu para o Avaí por 1 a 0.

Inter: demitiu Cacique Medina entre as duas primeiras rodadas do Brasileirão, quando empatou com o Guaireña no Beira-Rio pela Sul-Americana.

Fluminense: demitiu Abel Braga depois de empatar com o Santa Fe, da Argentina, no Maracanã, pela Sul-Americana. O Brasileirão estava na terceira rodada.





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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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