Páginas

sábado, 6 de agosto de 2022

Luis Castro diz que Botafogo quis vencer "com o coração" e se desorganizou no segundo tempo



Treinador lamentou semana conturbada com surto de virose e jogadores sem treinar



O técnico Luis Castro analisou o empate por 1 a 1 do Botafogo com o Ceará na tarde deste sábado, no Nilton Santos, pelo Brasileiro. O treinador reconheceu que o time se desorganizou no segundo tempo.






Melhores momentos: Botafogo 1 x 1 Ceará, pela 21ª rodada do Brasileirão 2022 (<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fENVMErphCk" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>)


O Botafogo foi para o intervalo vencendo por 1 a 0, mas levou o empate logo no começo da segunda etapa. Depois disso, ainda sofreu com contra-ataques perigosos do time visitante.


- Eu penso que houve duas partes distintas no jogo. Uma primeira parte bem jogada por ambas as equipes, e uma segunda parte em que quisemos muito ganhar o jogo com o coração e nos desorganizamos por completo. Isso foi fatal para o jogo ter ido mais para o lado do Ceará.


+ Leia mais notícias do Botafogo





Luís Castro, técnico do Botafogo — Foto: Renata de Medeiro


+ Quer transformar seu conhecimento sobre o futebol em prêmios em dinheiro a cada rodada do Brasileirão? Acesse o Cartola Express!


Luis Castro afirmou que o surto de virose, que afetou alguns jogadores durante a semana - Hugo e Eduardo foram hospitalizados, mas estão bem -, atrapalhou bastante o planejamento para a partida contra o Ceará.


- Isso aconteceu em uma semana difícil. Uma coisa é ter jogadores à disposição, outra coisa é ter jogadores à disposição toda a semana para preparar bem o jogo. Não foi o que aconteceu, isso foi público. Fomos afetados. Isso, aliado ao valor do Ceará, que é uma equipe boa, uma equipe competente, criou-nos muita dificuldade, fundamentalmente na segunda parte. Nós quisemos levar o jogo para um patamar naquele momento mais pro lado ofensivo, não conseguimos, e abrimos alguns espaços que poderiam ter sido fatais, mais fundamentalmente na parte final da partida.


Diante dos problemas, o Botafogo decepcionou mais uma vez como mandante no Brasileiro. Algo que incomoda Luis Carlos.





Luis Castro, técnico do Botafogo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF


- O que mais queremos é ganhar na frente da nossa torcida, claro. É uma responsabilidade que nós temos. Vencer é retribuir o apoio que nos dão em boa exibição. Não temos conseguido muito, graças aos fatores que todos vocês conhecem e não vale a pena repetir, que a equipe é mesmo uma equipe em construção. Há jogadores a chegar, outros que estão fora por lesão, uns que treinam por três dias e saem. Depois entram outros que voltam de lesão.


"Infelizmente, não posso falar da semana difícil que tivemos. Chegamos a um ponto que não sabíamos quais jogadores iríamos ter. Desde que começou a semana, a cada dia, aparecia um problema novo em jogador. Tivemos um conjunto de problemas, não é desculpa", disse Luis Castro.



Outros trechos da coletiva de Luis Castro:

Ansiedade por reforços?


- Eu sou um treinador igual a todos, que quer o máximo de qualidade do seu elenco para tirar o máximo das partidas, para aumentar a competitividade dentro do próprio elenco. Não que os que estão aqui não tenham qualidade, mas todos nós desejamos a chegada de bons jogadores para nossas equipes. Mas confiamos muito nos jogadores da nossa equipe. Gostaria muito de já ter o Piazon, o Victor Sá, o Marçal...


- Eu já queria que eles estivessem prontos para termos mais soluções ofensivas. Colocamos na equipe um jogador que esteve 40 dias parado e teve duas semanas de treinos conosco, que é o Luis Henrique. Isso claro que se manifesta em algum momento do jogo. Claro que gostaria de ter mais jogadores, mas isso está entregue à administração e eu acho que ela vai buscar um ou outro jogador que achamos importante para a nossa equipe. Temos que continuar a construir.




"A gente vai brigar realmente pra não cair? Sério?", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-gente-vai-brigar-realmente-pra-nao-cair-serio-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10827190.ghtml)



Gols de bola parada

- Muitos gols de bola parada. Algo que preocupa sempre os treinadores. Os treinadores preparam muito as bolas paradas. Em uma das bolas paradas conseguimos fazer o nosso gol e acabamos também por sofrer o gol de bola parada. No nosso ciclo normal de semana, trabalhamos muito, muito a bola parada. É um dos fatores de jogo que trabalhamos até por termos problemas. Temos feito alguns ajustes, temos tido marcações individuais a dois, com linha e losango à frente no primeiro poste. Já temos tido marcações a três com linha no primeiro poste.


- Temos variado. Temos tido grande atenção com isso. Cai também o mérito da equipe que é seu adversário naquele momento. Acho que tem razão quando diz que temos que resolver, mas é um problema que temos trabalhado muito. Mas somos uma equipe com sinal negativo fundamentalmente nos escanteios defensivos.





Bora de Brasileirão! A maior oferta de jogos por um preço que dá jogo. Assine o Premiere!


Desempenho fora de casa

- Temos tido melhor desempenho fora do que em casa neste momento. Estamos com 25 pontos, o que temos que continuar a fazer é lutarmos muito, trabalharmos muito, para conseguirmos estabilizarmos a equipe e podermos oferecer bons resultados à torcida, a administração e todos que gostam de nós. Os jogadores trabalharam muito, se dedicaram e ficaram esgotados no fim. Os dados do GPS são muito altos.


- Infelizmente, não foi um trabalho que não se traduziu em qualidade. Na segunda parte dividimos a equipe, não atacamos e defendemos juntos. Abrimos muitos buracos, principalmente no corredor central. Felizmente, conseguimos quatro pontos em cima deles, três pontos no Ceará e um aqui. Agora é pensar no próximo jogo e pensar que temos que fazer quatro pontos no próximo jogo. Para isso, temos que vencer o jogo.


Permanência de jogadores na equipe

- Meu pensamento, como tivemos uma semana instável, e o grupo se conectou pouco ao longo da semana, tentamos dar o máximo de estabilidade ao longo do jogo. Na primeira parte, teve uma parte estável. Então, quis dar o máximo de tempo para a equipe em campo, mexendo o mínimo possível para não dar instabilidade, já que não tinham estado muito juntos ao longo da semana. Houve um momento em que estava fazendo o Carlos Eduardo e o Lucas Fernandes em campo. São dois jogadores claramente de grande qualidade em campo, mas que em determinado momento anarquizaram um pouco o jogo, tiveram posicionamentos não os mais corretos.


- Chamamos atenção para isto e achamos que as coisas poderiam ficar mais coesas. Não conseguimos. Mas o Ceará tirou partido disso e mostrou que é uma equipe competente. Mostrou que não foi por acaso o que tem feito na Sul-Americana e fazendo um campeonato estável. Mas decidimos manter para dar estabilidade para a equipe.



Falta de clareza nos desfalques


- Nós vivemos em um mundo de redes sociais. Acho que vivemos mais virtualmente do que a realidade. Acho que as pessoas se habituaram a viver neste mundo do faz de contas do que realmente é. Muitas vezes a informação chega e ela não é tratada da melhor forma. Ou chega e corremos o risco dela não ser tratada da melhor forma. Ou não chega e vocês dizem o que quiserem. Eu estou de acordo que o mundo deve ser mais claro, mais cristalino. Mas para ele ser, tem que haver muito respeito. Muitas vezes existe falta de respeito do outro lado. Nós arranjamos uma forma de nos taparmos, nos cobrirmos, nos defendermos, não expondo nada que acontece na equipe.



- Às vezes para prejuízo da imprensa, para prejuízo da informação ao torcedor. Mas realmente há muita coisa que sai para fora errada. Victor Sá teve que ter um procedimento, que pode ser feito, mas que esperávamos que a CBF permitisse termos ele disponível para hoje, mas ela entendeu não disponibilizar, tivemos que aceitar. O Sauer teve um problema e uma intervenção cirúrgica, depois mais tarde por ter feito um jogo, infeccionou, então, teve que voltar para limpeza da cirurgia.


- Eu acho que deve haver um clima de confiança entre as partes. Quando sai que o jogador não está pronto, toda gente deve acreditar que ele não está pronto. Há quem interessa escrever mais que isso? É importante saber mais por nós? Vocês expõem tudo das suas vidas ou partes das suas vidas? Vocês colocam no Instagram quando estão chorando? Só quando estão rindo, né? Nós temos que expor tudo. A rede social diz muito o que é alegria, as coisas boas, os resultados bons, tem muita falta de respeito com quem não conhece um resultado bom.


- Hoje o futebol é analisado somente pela estatística, mais nada. As pessoas não comentam um jogo, não comentam onde estava o corredor, a profundidade... A estatística foi fantástica para quem comenta jogo. São dados, mas como conseguiram esses dados? Isso é importante. Não existe esse clima de confiança. Eu poderia chegar e dizer que foi estratégia nossa, que quis dar a bola ao adversário. Mas não, eu fui claro. Eu posso me defender assim. Não estivemos ao nosso nível, a equipe não andou junta.



🎧 Ouça o podcast ge Botafogo 🎧 



Fonte: Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!