Dirigente afirma que, a princípio, clube não busca jogadores livres no mercado
O Botafogo não deve ter mais movimentações no mercado para este Campeonato Brasileiro. Com o fechamento da janela de transferências, o clube só poderia contratar jogadores que estejam sem contrato, como é o caso de Lucas Perri, que está para chegar. Segundo André Mazzuco, diretor de futebol do clube, não há nenhuma negociação em andamento.
- Seriam só jogadores que estejam livres. Hoje temos um grupo consistente e não há movimentação específica. Olhamos o agora e procuramos também em médio prazo. Mas não há movimentação específica.
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André Mazzuco afirma que Botafogo não tem negociação com jogadores em andamento — Foto: Vitor Silva/Botafogo
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Após a apresentação do atacante Tiquinho Soares, Mazzuco, concedeu entrevista coletiva e comentou as dificuldades do time na janela de transferências. Com o clube vivendo um novo momento financeiro, o dirigente afirmou que a equipe agora vive uma "realidade nova de expectativas criadas".
- Cada vez mais a gente enfrenta uma realidade nova de expectativas criadas. Encaramos com naturalidade. Optamos por adotar um pouco mais de resiliência nessa janela, senão entramos num ciclo que se torna difícil de acompanhar, porque cada hora é um nome e uma tratativa diferente. Tem algumas negociações que saem e não são aquelas.
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Tiquinho Soares é apresentado no Botafogo por Mazzuco — Foto: Reprodução
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- Optamos por ser resilientes por ter muitas negociações em curso, algumas muito difíceis de ser concluídas. Sobre Ojeda e outras negociações, sempre tem o outro lado. Eu já tive relação com o Olympiakos e entendemos o direito que o clube tem de querer liberar. O primeiro momento você identifica o atleta, vê se o atleta quer vir e depois entra na negociação com o atleta.
- Com o Tiquinho houve essa exigência de ele atuar e aguardamos. No caso do Ojeda, o Godoy não optou em nenhum momento de ir nos termos que tínhamos acordados com o próprio clube. É um jogador interessante, como outros que trabalhamos, mas nesse momento eles não queriam liberar. Nós que quisemos negociar, mas o Godoy não tinha interesse. Para o futuro, quem sabe... Temos uma relação com o atleta, clube, agentes.
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- Não controlamos isso, quem tem o direito pode optar por sim ou não. Pessoal fala muito de multa, mas temos que ter muito cuidado. Nesse momento não concluímos a negociação com ele. Acho que fizemos boas negociações, qualificamos o elenco de maneira muito satisfatória. É uma pena acontecer agora com o Botafogo, porque todo mundo pegou o carro andando. Não tivemos pré-temporada, os jogadores chegam em momentos diferentes e posso dizer que temos um elenco de qualidade. Se tivermos o tempo necessário, acho que teremos muito sucesso.
O dirigente do Botafogo também falou sobre a necessidade de um jogador para atuar pelo lado direito ofensivo. Para parte da torcida, um ponta direita ficou faltando nessa janela de transferências, mas Mazzuco afirmou que essa não é a compreensão interna.
- Nosso entendimento é que não temos pontas específicos. Às vezes num sistema o jogador joga mais por um lado ou outro. O extremo tem vantagem dos dois lados. Temos opções hoje com qualidade. Talvez causou um pouco a dúvida maior porque o Ojeda viria e ele faz a direita.
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- Mas temos opções para trabalhar nas duas extremidades. Na nossa visão, inclusive do Luís, temos extremos. Depende de com mais quem você joga no meio, por exemplo. É relativo. O impacto maior foi o Ojeda por jogar pela direita. Estaremos atentos nas próximas oportunidades e vamos ver como se comportam.
O Botafogo soma nove contratações nesta segunda janela de transferências da temporada. Chegam para reforçar o time o zagueiro Adryelson, o lateral-esquerdo Marçal, os meio-campistas Danilo Barbosa, Eduardo, Gabriel Pires e Jacob Montes, e os atacantes Tiquinho Soares, Luis Henrique e Júnior Santos.
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André Mazzuco apresentou Tiquinho Soares na tarde desta quarta-feira — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Gabriel Pires
- Esbarramos numa negociação difícil com o Benfica. O Gabriel é outro bom exemplo, é botafoguense e tem o Botafogo como paixão. O desejo de vir ao clube faz toda diferença. O Tiquinho é um exemplo. Botafogo é gigante e estamos puxando isso para nós. O atleta começa a enxergar que vai ter uma oportunidade conosco. Passada a primeira janela, o Gabriel, por questões entre ele e Benfica, não houve consenso de ele vir jogar.
- É um atleta muito valorizado fora do Brasil. Desenvolvemos uma relação positiva e eles entenderam que ele jogar onde se sente em casa seria interessante para o Benfica também. No futuro podemos fazer uma renegociação e ter ele futuramente. Nesse momento teve consenso em todas as partes.
Meta para o Brasileirão
- Não tratamos a permanência na Série A como meta. É muito pouco para o Botafogo. É uma obrigação nossa ter esse objetivo e a partir disso termos voos maiores. Seja a meta que for, o que temos que fazer é ganhar. Então tentamos sempre ganhar jogos. Passamos por um momento de transição e oscilação por não termos o grupo desde o início e isso não é fácil.
- Sofremos com lesões com jogadores estando em diferentes momentos. Repetimos e falamos por ser uma realidade nossa, não é desculpa. Agora temos mais sustentação para esse momento. Queremos que dê tempo de o Luís desenvolver o grupo. Não tenha dúvida que nosso grande foco é que esse grupo seja o que iniciará o ano que vem. Mas para isso ainda temos algumas rodadas para fazer nossa vida acontecer.
Mudança de postura em relação a primeira janela
- Não houve mudança de postura, mas hoje os produtos de uma negociação são pagamento de luvas, comissão, transferência quando tem... Quando não tem transferência, alivia o processo todo. Acho que fomos mais assertivos sobre achar o timing certo de alguns atletas. É o processo natural. O John faz o aporte no clube e temos que ter coerência e direcionamento controlados. Com os investimentos que fizemos, acho que temos uma equipe sólida para nos próximos passos investir no clube. Não basta ter só um time qualificado. É o que estamos buscando, não é mudança de postura, mas oportunidades.
Pressão em Luís Castro
- A pressão por resultado acaba atingindo todos. Temos que vencer e ganhar. Por mais que façamos um trabalho bacana e que as coisas estejam acontecendo, temos um compromisso muito forte no Brasileiro. Pressão natural no treinador, hoje, no clube, não acontece. A análise é muito mais profunda do que está acontecendo do que mudar o treinador.
- É uma figura que alivia a pressão, muda e acerta por algum acaso. Enquanto o Luís for um cara importantíssimo para o projeto, como ele é, as correções serão feitas. Nós também temos uma grande responsabilidade de auxiliá-lo no entorno. Todos sabemos da pressão por resultado e sabemos que precisamos buscar estabilidade no campeonato.
Negociação com Matheus Pereira
- Ele foi comprado por 18 milhões de libras (R$ 112 milhões) pelo Al Hilal. Foi um desejo do atleta, que partiu dele, mas era uma negociação muito difícil e sabíamos que não teria chance. Porque eles falaram que ou a gente comprava ou não negociaram. Não demos um peso porque estava distante daquilo que a gente podia. É um jogador que nos ajudaria muito.
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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro
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