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domingo, 11 de setembro de 2022

Luís Castro lamenta empate do Botafogo com América-MG: "Merecíamos ter vencido"



Técnico concede entrevista após o empate sem gols com o América-MG no Nilton Santos neste domingo


O empate em 0 a 0 no estádio Nilton Santos, mesmo com boa presença de público, não deixou a torcida do Botafogo satisfeita. Nem o técnico Luís Castro. Ele saiu de campo balançando a cabeça, descontente com as sonoras vaias da arquibancada logo após o apito final, mas destacou a dedicação dos jogadores na partida, apesar de o time ter perdido a oportunidade de ganhar posições na tabela do Campeonato Brasileiro.


Ele comentou o fato de o Botafogo ter terminado a partida sem gols apesar de um grande número de finalizações:


- É normal que os homens da frente tenham mais finalizações, mas tem de juntar a esses o Carlos Eduardo que também aparece muito. O Lucas Fernandes e o Tchê Tchê não tiveram tantas situações, um adversário competente, que não perde há jogos, e está na oitava colocação em um campeonato tão difícil como esse. Nos criaram muitas dificuldades. Há duas partes distintas no jogo, para traduzir com fatos, eles tiveram 10 escanteios no primeiro tempo, e só um no segundo.


- De finalizações, terminamos o jogo com o segundo tempo com o dobro das finalizações. Entendemos que merecíamos ter ganho pela qualidade que tivemos, especialmente no segundo tempo quando fomos uma equipe dominante. Fizemos um grande segundo tempo, só não foi traduzido em gols. O melhor em campo do América-MG claramente foi o goleiro - analisou o treinador.





Luís Castro passa instruções em Botafogo x América-MG — Foto: André Durão/ge


Apesar de ter demonstrado certa insatisfação no momento em que a torcida vaiou a equipe ao fim da partida, o treinador destacou que precisa aceitar a opinião do público e que é melhor ele próprio ser vaiado do que a equipe. Castro acrescentou que os torcedores foram ao estádio por fidelidade ao time e confiança no trabalho.


- Não faço qualquer sinal para a torcida. Fiz isso porque estava descontente com o resultado. Não tenho nada que concordar ou discordar da torcida. Eu tenho que aceitar. Se as vaias forem para mim, melhor do que for para a equipe. Os jogadores trabalharam muito e com muita qualidade. Eu entendo a torcida, que vêm à procura de uma vitória. Quando a vitória não vem, é claro que desagrada.


- Os 32 mil torcedores vieram porque reconhecem o nosso trabalho. São muito fiéis ao Glorioso, o que é motivo de satisfação. Trabalhamos para corresponder a essa dedicação deles. Jogar em casa ou em fora, a única diferença é ter mais ou menos torcedores. Mas, para quem vive no futebol, o decisivo é focar naquele retângulo do jogo.


- Todos acham que em casa é para ganhar, e fora pode perder. Eu acho que devemos ganhar em casa e fora. E até estamos vencendo mais em casa do que fora. Jogamos sempre com a possibilidade de ganhar, produzimos para isso - declarou.





Melhores momentos de Botafogo 0 x 0 América-MG pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro (<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YaXSQWnP0yw" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>)



Veja outras respostas:

A falta do gol

- Nesse jogo, o América também quis jogar. Mas, muitas vezes, as equipes não querem jogar tanto assim, não dão tantos espaços. Depende do que cada equipe quer para o jogo. Se uma das 20 bolas que tentamos tivesse entrado, seria outra a avaliação do jogo. Estivemos em um nível bom. Aos nossos 32 mil torcedores, ficamos tristes de não entregar o resultado, mas entregamos muito trabalho.


- Quando terminamos um jogo com 20 finalizações... O jogo não foi perfeito. Demos o controle ao América em parte do jogo, não percebemos muito bem o que estava acontecendo, tentamos muitos ataques rápidos. Não entramos muito bem no jogo e, mesmo assim, equilibramos a equipe dentro do campo e fazer uma ótima segunda etapa.





— Foto: Reprodução



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Adaptação

- Estamos todos adaptados à atmosfera do clube. O principal sinal de hoje e de outros dias que vivemos é que todos entendem o quão difícil é a tarefa. Queremos atingir os objetivos durante a época, e o mérito será de todos. É um campeonato muito difícil. Construímos três equipes ao longo da temporada. É um sinal claro, e acho que todos estão entendendo o que está se passando.


- Os jogadores estão bem física e tecnicamente, mas não estão juntos há muito tempo, o que pode dar alguns problemas na nossa estratégia. Depois, vem a parte da mentalidade, que vem melhorando ao ponto em que ganhamos confiança. Falta a sequência de vitórias que nos coloque em uma boa colocação na tabela, que nos coloque em paz, para alavancar ainda mais a qualidade de jogo da equipe. Sem isso, começa a ansiedade, falta paciência. Hoje, vi isso em alguns lances, os jogadores ficam ansiosos, a torcida fica ansiosa. E o lance de gol não sai como deveria. A confiança no que se faz em campo vêm com os resultados. Já estivemos a um ponto da linha do Z-4, hoje estamos mais afastados porque aguentamos a pressão.


Estilo definido

- Nós estabilizamos o que é o nosso jogar. Começamos a ter as coisas mais definidas. Por isso criamos mais, começamos a defender melhor. Hoje, tivemos capacidade de fazer muitos gols, mas não conseguimos. É algo que nós sentimos, que estamos evoluindo para sermos mais constantes. Não é a mesma situação de dois meses atrás, quando oscilava muito. Hoje, somos uma equipe com grande volume ofensivo, que pode entusiasmar a torcida. Estamos trabalhando para isso. Contra o América, é difícil ter esse equilíbrio. É uma equipe que cria dificuldades porque ataca com muitos jogadores rapidamente.


Posicionamento

- O que temos que ajeitar são os posicionamentos. Quero uma equipe muito ofensiva e equilibrada defensivamente. Os últimos jogos mostram esse caminho. O que falta mudar é meter a bola dentro da baliza adversária, o que validaria ainda mais a nossa boa atuação.


- Não há jogadores em campo sem missão defensiva. O jogador tem que ver o futebol como um todo, e não só o individual. Ele tem percebido o futebol pelo lado coletivo, evoluído e tem feito muito bem à equipe.



Fonte: Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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