Alvinegro obtém 58% dos pontos quando lateral está em campo. Número cai para 38,6% em sua ausência
Cada vez mais, o lateral Marçal tem se consolidado no time e caído no gosto da torcida do Botafogo. E a boa fase do jogador pode ser demonstrada em números. Com ele, o aproveitamento em pontos da equipe cresce bastante. Além disso, um levantamento do Espião Estatístico aponta que Marçal ajudou a elevar o número de chances de gols alvinegros e reduzir o risco de sofrer atrás.
Pelo Botafogo, Marçal só jogou pelo Campeonato Brasileiro. Foram 12 jogos e todos como titular, com seis vitórias, três empates e três derrotas. Nos últimos seis, teve três participações diretas em gols: marcou um, e deu duas assistências.
Marçal, do Botafogo — Foto: Vitor Silva/BFR
Aproveitamento no Brasileirão
Geral (12v, 12d, 7e): 46%
Com Marçal (6v, 3d, 3e): 58%
Sem Marçal (6v, 9d, 4e): 38,6%
Nos jogos em que Marçal esteve em campo, a expectativa de gols (xG) do Botafogo ficou em 1,54, em média. Sem ele, a conta cai para 1,07. Na defesa, os números também melhoraram. Sem o lateral, os adversários ostentavam xG de 1,76. Com ele, o número cai para 1,19.
O indicador de expectativa de gol (xG) aprofunda a análise sobre as finalizações, porque faz distinção entre elas, já que nem sempre ocasionam o mesmo perigo para o adversário. Por exemplo: um chute do meio de campo e um de pênalti têm níveis de dificuldades diferentes, e isso é contabilizado pela ferramenta (veja metodologia no final do texto).
Além do rendimento técnico, o lateral já assumiu um papel importante de liderança da equipe. Inclusive, mesmo sem tanto tempo no clube, foi escolhido por Luís Castro como capitão em partidas em que Joel Carli e Gatito não estiveram presentes.
A expectativa é que Marçal volte a ajudar o Botafogo no próximo domingo, quando a equipe vai receber o Internacional no estádio Nilton Santos, às 18 horas, pelo Brasileiro.
Metodologia
O indicador de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG) é uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência mais de 89 mil finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em mais de 3,6 mil jogos de Brasileirões desde a edição de 2013.
As variáveis consideradas no modelo são: (1) a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol; (2) se a finalização foi feita cara a cara com o goleiro; (3) se foi feita sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a finalização foi feita de primeira, ajeitada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem do lance (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubada de bola, lateral etc); (7) se a assistência foi feita de dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força do chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt (como proxy de qualidade do elenco); (11) o tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas originadas de bolas aéreas; (14) a diferença no placar no momento de cada finalização.
Como exemplo, a cada cem finalizações da meia-lua, apenas sete viram gol. Então, considerando somente a distância do chute, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce, por outro exemplo, se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada finalização de cada equipe recebe um valor e é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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