Decisão de Castro ocorreu por desfalques no meio de campo
Luís Castro ousou na escalação do Botafogo na última partida, a vitória sobre o Bragantino por 2 a 1. O time começou com quatro atacantes: Victor Sá, Jeffinho, Júnior Santos e Tiquinho Soares. Com a formação, a equipe conseguiu, além da vitória, uma boa atuação no Nilton Santos.
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Um dos motivos que explica a decisão de Castro é a ausência de Eduardo entre os relacionados. O meia, principal pilar do meio de campo alvinegro, teve uma lesão grave no músculo posterior da coxa esquerda e não joga mais nesta temporada.
Lucas Fernandes, outra peça importante para o setor, também estava no departamento médico. Segundo comunicado do clube, o jogador estava em fase final de recuperação.
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Apesar das ausências, a estratégia do técnico português funcionou com a nova configuração do time. Por isso, a reportagem de ge questionou comentaristas do Grupo Globo se a formação com quatro atacantes deve ser mantida no confronto com o Cuiabá, marcado para terça (1), no Nilton Santos, às 19h. Confira as respostas:
PVC: sim, mas...
- Patrick e o Tchê Tchê têm de jogar juntos. E aí Castro pode usar Junior Santos em uma ponta e Jeffinho na outra. E manteria o 4-4-2 com o Tiquinho na frente e alguém encostando. Não gosto da ideia de ter o Júnior Santos por dentro como foi no primeiro tempo contra o Bragantino. Prefiro chamar de 4-4-2 do que de 4-2-4. Eu acho que é uma opção em função de um problema. A grande questão é como substituir o Eduardo. E Castro vai testar situações até encontrar o sistema.
Camila Carelli: improvável
- Acho bem arriscado e improvável. Não pelo Botafogo, mas pelo adversário. Foi muito ousada a proposta do Luís Castro e funcionou muito bem. Ele sabia que conseguiria sufocar o Bragantino e tentar, de alguma forma, aproveitar a posse e essa superioridade numérica de jogadores que o Botafogo teria no campo de ataque. Mas, no segundo tempo, ficou extremamente cansativo para esses jogadores, principalmente para os pontas, Jeffinho e Vitor Sá. Castro precisou fazer alterações, que foram muito bem feitas.
- Por que não dá pra fazer o mesmo contra Cuiabá? Em geral, o Cuiabá joga no 3-5-2. É um esquema que povoa muito o meio-campo, que terá cinco jogadores do Cuiabá e só dois do Botafogo. Assim, o Botafogo vai estar sempre perdendo a segunda bola, sempre sofrendo contra-ataque. Seria muito mais arriscado do que já foi contra o Bragantino. Acho muito difícil que o Luís Castro deixe o meio de campo tão pouco povoado, mesmo que a linha da frente tenha bastante jogadores. Acho que ele vai voltar com, pelo menos, mais um jogador no meio-campo. Um 4-3-3 talvez. Mas eu não arriscaria um meio-campo com dois volantes e quatro jogadores na frente porque o Cuiabá certamente vai preencher esse buraco. E pode ser um risco pro Botafogo.
Henrique Fernandes: sim
- Em jogos recentes, Eduardo já tinha deixado de ser um terceiro homem de meio campo para formar uma "dupla de ataque" com Tiquinho Soares mais à frente. A entrada de Victor Sá contra o Bragantino só reforçou isso, centralizando Júnior Santos para fazer essa dupla com Tiquinho. Em casa ou fora, esse 4-4-2 do Botafogo já vinha sendo utilizado, e acredito que ele vá manter, principalmente porque, contra o Bragantino, o time conseguiu o que não vinha conseguindo no Brasileiro esse ano: vencer em casa e gerar volume de jogo, acumular chances e controlar muito bem o adversário. Tem que manter.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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