Em entrevista ao ge, camisa 9 compartilha as motivações na primeira experiência na elite do Brasil
Aos 31 anos, Tiquinho Soares vive uma novidade na carreira. O paraibano tem pela primeira vez os holofotes no futebol do próprio país. Com uma carreira internacional consolidada, o camisa 9 escolheu o Botafogo para se apresentar ao Brasil.
Em conversa com o ge, ele compartilhou as motivações que levaram ao retorno, apesar do mercado ainda de portas abertas na Europa. O atacante revelou o papel importante dos pais antes de aceitar a proposta alvinegra.
Tiquinho Soares comemora gol pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
- Eu voltei porque nunca joguei em alto nível no futebol brasileiro. Eu não queria voltar mais tarde, em uma idade mais avançada. Quis estar perto de casa, ter a oportunidade de os meus familiares me verem em campo. Quando surgiu a proposta do Botafogo, meu pai e minha mãe gostaram muito, porque poderiam me ver jogando. Os jogos do Olympiacos não passam muito na TV daqui... Esse foi um dos grandes motivos para voltar depois de tanto tempo - disse.
Natural de Sousa, na Paraíba, Tiquinho só conseguiu fazer a carreira emplacar longe do Brasil. O atacante lembra da falta de oportunidades por aqui que o fizeram tentar a sorte em outro continente. Decisão que o fez alcançar sucesso, com o auge no Porto com direito a comparações com Hulk, hoje no Atlético-MG.
Veja as informações do Botafogo antes do jogo contra o Atlético-MG (https://ge.globo.com/video/veja-as-informacoes-do-botafogo-antes-do-jogo-contra-o-atletico-mg-11102036.ghtml)
- A comparação é mais por parte de torcedores, da imprensa. Joguei na mesma equipe em que ele fez muito sucesso, no Porto. Somos jogadores diferentes, mas fico feliz só pela comparação, porque é um jogador de altíssimo nível. Tenho carinho por ele. A gente não se fala tanto, mas conversamos quando temos oportunidade, já fui jantar na casa dele, batemos papo - contou.
No papo rápido com a reportagem, o centroavante do Botafogo dividiu as impressões sobre primeira experiência no Brasileirão, o trabalho do técnico Luís Castro e as chances de a equipe disputar a Copa Libertadores em 2023.
Estreia no Brasileirão
ge: Pouco mais de dois meses depois, como avalia a adaptação?
Tiquinho Soares: Muito feliz em estar vestindo a camisa do Botafogo. A adaptação, sabíamos que seria um pouco difícil, por nunca ter jogado a competição (Brasileirão). E o Brasil tem competições de alto nível. Mas eu estou curtindo. Os companheiros, a comissão, o estafe, todos têm me ajudado nesse processo. Estou satisfeito com essa volta ao Brasil.
Comentarista Henrique Fernandes analisa Atlético-MG x Botafogo (https://ge.globo.com/video/comentarista-henrique-fernandes-analisa-atletico-mg-x-botafogo-11097476.ghtml)
Luís Castro falou em uma entrevista recente que ficou revoltado quando percebeu que o público brasileiro não te conhecia. Como reage a isso?
Como eu saí do Brasil sem ter muitas oportunidades, fiz a carreira toda, praticamente, fora. Mas fico tranquilo quanto aos comentários. Sei do meu potencial, sei o que posso dar ao meu clube. Fiz uma carreira bacana fora.
Estou feliz em voltar ao meu país e com a oportunidade de mostrar o meu futebol para o pessoal e até para a minha própria família. Pude desfrutar do futebol fora do Brasil, e agora é a chance de jogar no meu país. Estou feliz em voltar.
Chances de Libertadores
As últimas três rodadas serão de duelos diretos de candidatos ao G-8. Estão preparados para as decisões?
Esses últimos jogos são essenciais. Sabemos o que queremos, qual é o nosso objetivo. O foco é total para a reta final do Campeonato Brasileiro. Todos os jogadores, comissão, todo mundo está focado nesse objetivo. Queremos dar alegria à torcida nessa reta final.
Tiquinho Soares em campo pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Nos últimos jogos você ganhou uma companhia mais próxima no ataque, Júnior Santos. Vocês estão se entendendo em campo?
Nas últimas duas partidas jogamos com dois pontas de lança, dois centroavantes. A minha carreira todinha fora do Brasil foi desse jeito, sempre com dois atacantes. É uma formação que eu conheço há bastante tempo, gosto de jogar.
Luís Castro já mudou o time diversas vezes nessa temporada. Não só os titulares, mas a formação tática. Isso ajuda ou dificulta a adaptação?
O professor Luís Castro já demonstrou que trabalha com diversas formações. Não tem uma só, a mais adequada. E isso é bom, porque tira o melhor de cada jogador. O objetivo é sempre melhorar, para dar alegria aos torcedores.
Independentemente de qualquer formação que o professor vá utilizar, ele pode contar comigo sempre. Para qualquer posição, qualquer momento da partida.
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Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Belo Horizonte
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