Técnico fala em "mau momento" após classificação dramática contra o Sergipe com gol de Adryelson aos 54 do segundo tempo
O Botafogo se classificou de forma heroica na Copa do Brasil contra o Sergipe ao empatar o jogo aos 54 do segundo tempo, gol de Adryelson, no Batistão em Aracaju, mas Luís Castro não ficou satisfeito com a atuação da equipe e assumiu a responsabilidade.
Sergipe 1 x 1 Botafogo - Melhores momentos - 1ª fase da Copa do Brasil 2023
- O culpado sou eu, não são meus jogadores. Temos tentado colocar a equipe a jogar ao melhor nível e não temos conseguido. Quando não se consegue, só há uma forma, continuar a trabalhar e tentar melhorar a equipe através do treino. Assumo totais responsabilidades pelo time não jogar como eu gostaria que estivesse e como os torcedores queriam - afirmou o técnico.
Perguntado sobre a falta de reforços do Botafogo nesta janela de começo de temporada, o treinador português optou por não entrar no tema e falou em "não usar como refúgio" a falta de contratações para o mau momento da equipe.
- Não falo mais em reforços, já falei o que tinha para falar e não vou me refugiar em falta de reforços para justificar o mau momento que estamos vivendo. Vínhamos bem, há três jogos não estamos bem. Estávamos crescendo antes, mas nos últimos três jogos não estamos num bom momento. Houve um conjunto de incidências contra o Vasco que abaixou o nível da equipe, depois contra o Flamengo baixou mais um pouquinho e hoje tivemos uma atuação muito abaixo - afirmou o treinador.
Luís Castro — Foto: Reprodução
Classificado para a segunda fase, o Botafogo agora enfrenta o Brasiliense no Rio de Janeiro. Antes, a equipe volta a campo pelo Campeonato Carioca, neste domingo, às 16h, contra o Resende, no estádio Kléber Andrade, em Cariacica (ES). Na quinta colocação, o Glorioso precisa vencer os últimos dois jogos para avançar à segunda fase e torcer contra Volta Redonda, Vasco ou Fluminense. Confira outras respostas de Castro:
Atuação
- Sergipe foi melhor que nós ao longo de todo o jogo, a não ser a parte que realmente sufocamos. Em qualquer escanteio poderíamos ter feito o gol. Sergipe jogou melhor e merecia vencer o jogo. Quando perco, cumprimento todos, porque acho que o futebol é feito das relações que fazemos ao longo do caminho.
- Infelizmente aconteceram coisas lamentáveis, depois junto ao túnel houve a tentativa de agressão, dois dirigentes do Sergipe me insultaram, não entendi, só fiz o meu trabalho, não fui mal educado.
Modelo de jogo
- Sabíamos o que queríamos fazer, não conseguimos, mas sabíamos o que tínhamos que fazer. Tínhamos que ter a bola, levar a bola aos dois corredores, no movimento dos dois corredores ia abrir espaço no corredor central. Só que nós, em função do que foi a pressão do Sergipe, sempre que iniciávamos o jogo por um corredor, e alguns jogadores não conseguiram fazer a circulação rápida, o Sergipe fechou as zonas de pressão onde sempre conquistavam a bola e a partir disso iam rápido para o ataque, com grande desenvolvimento e grande velocidade.
- Nós não conseguimos controlar o Sergipe, que poderia ter arrumado a eliminatória. Não o fez no tempo próprio e permitiu que conseguíssemos correr atrás da eliminatória, empatássemos o jogo no fim. Claramente houve uma falta de adaptação ao que o Sergipe nos fez, foi uma equipe rápida, com muita mobilidade e que não conseguimos controlar.
- Foi um jogo horrível, porque quando conquistávamos bolas, o Sergipe voltava a nos pressionar. Jogo muito difícil, não conseguimos levar a bola pelos dois corredores, nunca conseguimos levar a bola para o corredor central, normalmente chegávamos à baliza por cruzamentos. Em determinado momento lançamos uma linha de três, com Marçal, Cuesta e Adryelson, e projetamos o Victor Sá pela direita, Luis Henrique pela esquerda e colocamos unidades por dentro.
- Foi através dessas muitas unidades das áreas que conseguimos escanteios, e antes disso já poderíamos ter chegado ao empate, mas não conseguimos. Nossa estratégia no fim foi essa, arriscar tudo, felizmente fomos premiados em um jogo que não merecíamos a qualificação.
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Fonte: GE/Por Sérgio Santana — Rio de Janeiro
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